Exame Logo

Oposição reage à escolha de sucessor para comandar Venezuela

A oposição, liderada por Enrique Capriles, que perdeu as eleições para Chávez, movimenta-se para ganhar espaço e pressionar

Hugo Chávez:o presidente surpreendeu ao anunciar que fará nova cirurgia para a retirada de um tumor maligno e indicou que pode se ver obrigado a abandonar a Presidência (©AFP / Juan Barreto)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2012 às 07h48.

Buenos Aires – A escolha, pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez , do vice-presidente e chanceler Nicolás Maduro como seu sucessor é analisada por especialistas como a busca pela manutenção dos ideais e da coesão da sociedade venzuelana. A oposição, liderada por Enrique Capriles, que perdeu as eleições para Chávez, movimenta-se para ganhar espaço e pressionar.

O presidente da Datanalises, instituto de análise política e econômica na Argentina, Luis Vicente Leon, disse à Agência Brasil que Chávez “sabe” usar seu carisma para assegurar os planos políticos. “Chávez sabe que é melhor consolidar o poder em vida, quando ainda pode usar seu carisma para unir o povo em torno de seu candidato. Ele escolheu Maduro porque o acompanha há anos e tem uma posição moderada, entre os dois extremos do 'chavismo'”, acrescentou.

Pela primeira vez, desde que Chávez chegou ao poder, em 1999, a oposição se uniu em torno de um candidato: Enrique Capriles, que conquistou 44% dos votos. Após o anúncio de Chávez sobre a escolha de Maduro como sucessor, Capriles levantou dúvidas sobre a validade legal da decisão.

“Que fique bem claro: na Venezuela há sucessão. Isso não é Cuba, nem uma monarquia em que sobe ao trono aquele que foi designado pelo rei. Não. Aqui, na Venezuela, quando uma pessoa se afasta de um posto, a última palavra sempre será do nosso povo”, disse Capriles.

“Para a oposição, é fundamental que Capriles seja reeleito governador de Miranda porque vai se consolidar como alternativa política ao chavismo”, disse Leon. “Se ele perder, para a oposição vai ser mais difícil enfrentar Maduro, que é jovem, tem experiência de governo e representa a ala moderada do chavismo”.

Anteontem (8), Chávez surpreendeu ao anunciar, em cadeia nacional de televisão, que fará nova cirurgia para a retirada de um tumor maligno na mesma região em que já foi operado, a área pélvica. No discurso, ele indicou que pode se ver obrigado a abandonar a Presidência da República da Venezuela. Mas apelou para que apoiem Maduro, que considera a pessoa ideal para o cargo.

Reeleito, Chávez tem a posse marcada para o próximo dia 10. Mas se ele tiver que abandonar o cargo, mesmo após assumi-lo, novas eleições presidenciais terão que ser convocadas. Maduro só pode ser presidente se vencer nas urnas.

Ex-motorista de ônibus e líder sindical, Maduro, que desempenha dupla função no governo – vice-presidente, indicado por Chávez, e ministro das Relações Exteriores da Venezuela – acompanha o presidente há seis anos.

Veja também

Buenos Aires – A escolha, pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez , do vice-presidente e chanceler Nicolás Maduro como seu sucessor é analisada por especialistas como a busca pela manutenção dos ideais e da coesão da sociedade venzuelana. A oposição, liderada por Enrique Capriles, que perdeu as eleições para Chávez, movimenta-se para ganhar espaço e pressionar.

O presidente da Datanalises, instituto de análise política e econômica na Argentina, Luis Vicente Leon, disse à Agência Brasil que Chávez “sabe” usar seu carisma para assegurar os planos políticos. “Chávez sabe que é melhor consolidar o poder em vida, quando ainda pode usar seu carisma para unir o povo em torno de seu candidato. Ele escolheu Maduro porque o acompanha há anos e tem uma posição moderada, entre os dois extremos do 'chavismo'”, acrescentou.

Pela primeira vez, desde que Chávez chegou ao poder, em 1999, a oposição se uniu em torno de um candidato: Enrique Capriles, que conquistou 44% dos votos. Após o anúncio de Chávez sobre a escolha de Maduro como sucessor, Capriles levantou dúvidas sobre a validade legal da decisão.

“Que fique bem claro: na Venezuela há sucessão. Isso não é Cuba, nem uma monarquia em que sobe ao trono aquele que foi designado pelo rei. Não. Aqui, na Venezuela, quando uma pessoa se afasta de um posto, a última palavra sempre será do nosso povo”, disse Capriles.

“Para a oposição, é fundamental que Capriles seja reeleito governador de Miranda porque vai se consolidar como alternativa política ao chavismo”, disse Leon. “Se ele perder, para a oposição vai ser mais difícil enfrentar Maduro, que é jovem, tem experiência de governo e representa a ala moderada do chavismo”.

Anteontem (8), Chávez surpreendeu ao anunciar, em cadeia nacional de televisão, que fará nova cirurgia para a retirada de um tumor maligno na mesma região em que já foi operado, a área pélvica. No discurso, ele indicou que pode se ver obrigado a abandonar a Presidência da República da Venezuela. Mas apelou para que apoiem Maduro, que considera a pessoa ideal para o cargo.

Reeleito, Chávez tem a posse marcada para o próximo dia 10. Mas se ele tiver que abandonar o cargo, mesmo após assumi-lo, novas eleições presidenciais terão que ser convocadas. Maduro só pode ser presidente se vencer nas urnas.

Ex-motorista de ônibus e líder sindical, Maduro, que desempenha dupla função no governo – vice-presidente, indicado por Chávez, e ministro das Relações Exteriores da Venezuela – acompanha o presidente há seis anos.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaCâncerDoençasEleiçõesHugo ChávezPolíticosVenezuela

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame