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Oposição e ONG denunciam irregularidades em eleição na Rússia

A ONG Golos, especializada em monitoramento de eleições, informava às 11h00 GMT (8h00 de Brasília) 1.839 irregularidades

Eleição na Rússia: Membros de uma comissão local esvaziam urna antes de contar os votos em Vladivostok. 18 de março de 2018. Foto: REUTERS/Yuri Maltsev (Yuri Maltsev/Reuters)
A

AFP

Publicado em 18 de março de 2018 às 09h31.

A oposição russa e uma ONG denunciaram mais de mil irregularidades na eleição presidencial deste domingo (18) na Rússia, visando principalmente aumentar a participação na votação que deve dar um quarto mandato ao presidente Vladimir Putin .

A ONG Golos, especializada em monitoramento de eleições e que elabora um mapa das fraude em seu site, informava às 11h00 GMT (8h00 de Brasília) 1.839 irregularidades, como casos de votos múltiplos ou obstáculos ao trabalho dos observadores.

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Golos aponta particularmente informações sobre empregadores ou universidades obrigando os funcionários e estudantes a votar não em seu local de residência, mas em seu local de trabalho ou estudo, "onde se pode controlar seu voto".

O movimento do principal opositor ao Kremlin, Alexei Navalny, que afirma ter enviado mais de 33 mil observadores aos colégios eleitorais, também relata centenas de casos de fraudes, especialmente em Moscou e sua região, em São Petersburgo e Bashkortostan, nos Urais.

Navalny postou em sua conta no Twitter um vídeo que ele apresentou como mostrando uma urna sendo enchida de cédulas em um colégio eleitoral no Extremo Oriente do país, uma situação sobre a qual a Comissão Eleitoral prometeu investigar.

Seus partidários enviados como observadores também denunciaram obstáculos ao seu trabalho.

Navalny foi impedido de concorrer à presidência depois de ser declarado inelegível pela Comissão Eleitoral por causa de uma condenação judicial por desvio de fundos, que ele denuncia como orquestrada pelas autoridades.

Contando com uma base leal de partidários em todo o país, o opositor pediu um boicote à eleição.

Devido à falta de suspense e às chamadas de boicote, o Kremlin fez tudo para garantir que a participação, o único barômetro real dessa eleição, fosse tão alta quanto possível neste domingo.

Por exemplo, ativistas disseram neste domingo que eleitores foram levados de ônibus para os locais de voto pela polícia e cupons de desconto foram distribuídos aos russos.

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