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Oportunismo da Rússia na Síria

Menos de 24 horas depois da ligação telefônica entre o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, a cidade síria de Alepo voltou a ser fortemente bombardeada nesta terça-feira por caças russos e mísseis de longo alcance do tipo kaliber. Os analistas internacionais avaliam que o governo russo […]

VLADIMIR PUTIN: presidente russo realiza uma conferência com a imprensa e pode jogar luz nos assuntos mais importantes da atualidade / Adam Berry/ Getty Images (Adam Berry/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 15 de novembro de 2016 às 18h00.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h28.

Menos de 24 horas depois da ligação telefônica entre o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, a cidade síria de Alepo voltou a ser fortemente bombardeada nesta terça-feira por caças russos e mísseis de longo alcance do tipo kaliber.

Os analistas internacionais avaliam que o governo russo poderá aproveitar o momento da transição eleitoral americano para atacar pesadas os rebeldes contrários ao governo de Bashar Al-Assad. Esses grupos recebem apoio dos Estados Unidos e podem ficar desassistidos na batalha pela cidade— inclusive com munição — durante o momento da troca da política externa americana.

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Nem Donald Trump e nem o Kremlin confirmam se a questão Síria foi debatida no telefonema. Durante a campanha, Trump teceu diversos elogios ao presidente russo, chamando de “líder forte”.

Durante os ataques desta terça-feira, a Rússia utilizou mísseis do tipo mar-terra lançados da fragata Almirante Grigorevich, além de colocar em uso, pela primeira vez na história, o porta-aviões Almirante Kuznetsov como base para seus bombardeios. O uso das embarcações no Mediterrâneo é uma clara provocação ao Ocidente.

Sergei Shoigu, ministro da defesa russo, negou que a cidade de Alepo tenha sido alvo de ataques russos. Segundo ele, os bombardeios miraram as posições do ISIS, como locais de armazenagem de armamento e campos de treinamento de jihadistas nas províncias de Idlib e Homs. Apesar das críticas internacionais, os ataques estão previstos para continuar pelos próximos dias.

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