Operação na Colômbia mata um dos líderes do Clã do Golfo, diz presidente
Aristides Mesa foi morto em ação coordenada da polícia e do exército da Colômbia, segundo o presidente Juan Manuel Santos
EFE
Publicado em 28 de março de 2018 às 16h27.
Um dos líderes do grupo criminoso Clã do Golfo, Aristides Mesa, conhecido como "El Indio", foi morto nesta quarta-feira durante uma operação coordenada da polícia e do exército da Colômbia , informou o presidente Juan Manuel Santos.
Em sua conta do Twitter, o presidente colombiano informou que "El Indio" era "o terceiro em comando" do Clã do Golfo, o maior grupo criminoso da Colômbia de origem paramilitar, assim como "responsável pelo narcotráfico para a América central e a Europa".
Este golpe no Clã do Golfo se soma aos desferidos pelas autoridades em setembro do ano passado, quando foi abatido o então número dois do grupo, Roberto Vargas Gutiérrez, conhecido como "Gavilán", e o de novembro de 2017, quando morreu seu sucessor, Luis Orlando Padierna Peña, conhecido como "Inglaterra".
O Ministério da Defesa detalhou também no Twitter que a operação aconteceu em Tierradentro, que faz parte do município de Montelíbano, no departamento de Córdoba como parte do plano Agamenón II, lançado contra o Clã do Golfo.
A ação foi liderada pela Direção de Inteligência da polícia em conjunto com as forças especiais do exército, acrescentou a informação.
"El Indio" era considerado o responsável por vários grupos do Clã do Golfo com influência no litoral do Caribe e do Pacífico, especialmente nos departamentos de Córdoba, Sucre, Bolívar, Atlântico, Magdalena, na ilha de San Andrés, assim como em parte das regiões de Urabá e Bajo Cauca.
Esses grupos do litoral estão compostos por cerca de 2.000 integrantes, segundo o Ministério da Defesa, que acrescentou que "El Indio" era um dos líderes do Clã do Golfo que organizava ações armadas contra a polícia.
Também era o responsável de conduzir alianças com clãs narcotraficantes no Panamá, na Costa Rica, em Honduras, na Guatemala e no México, para o envio permanente de cargas de cocaína.
Sobre ele pesava uma ordem de detenção pelos crimes de terrorismo, ameaças, obstrução a vias públicas e homicídio.
Além disso, tinha uma notificação azul, usada pela Interpol para que as autoridades possam obter mais informação sobre a identidade de uma pessoa envolvida em um assunto penal.