Exame Logo

Opep espera redução na produção petrolífera

O secretário faz alusão à cota conjunta de produção pactuada em dezembro de 2011 e ratificada novamente em junho pelos ministros de Energia e Petróleo dos países-membros

Plataforma de petróleo: Há pouco tempo, o Irã era o segundo maior produtor (depois da Arábia Saudita) da organização (Kjetil Alsvik/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2012 às 21h00.

Viena - O secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), o líbio Abdullah El-Badri, espera que os 12 membros do grupo reduzam a produção para não ultrapassar o teto vigente, que é de 30 milhões de barris diários (mbd).

''Nos próximos meses, espero que possamos seguir nos movimentando em direção ao nível de 30 mbd'', disse Badri em entrevista à revista ''Gulf Oil Review''.

O secretário faz alusão à cota conjunta de produção pactuada em dezembro de 2011 e ratificada novamente em junho pelos ministros de Energia e Petróleo dos países-membros, em conferência realizada em Viena.

O grupo não aderiu ainda totalmente ao compromisso e, segundo o último relatório da Opep publicado no dia 9 de agosto, em julho foram bombeados 31,19 mbd, ou seja, quase 1,2 mbd acima do limite estabelecido.

A organização só chegou a esse número por conta da considerável redução das produções iranianas devido às sanções internacionais impostas ao regime de Teerã, incluindo o embargo da União Europeia (UE) às importações de petróleo do país, que entrou em vigor no dia 1º de julho.

Apesar das sanções impostas pelos Estados Unidos e pela UE para forçar o Irã a desistir do programa nuclear, o secretário-geral da Opep deixou clara sua rejeição às mesmas e mostrou confiança que, com o tempo, o Irã, um dos cinco fundadores da Opep, continuará sendo um importante exportador de petróleo.


Há pouco tempo, o Irã era o segundo maior produtor (depois da Arábia Saudita) da organização e quarto do mundo, mas nos últimos meses foi ultrapassado pelo Iraque, país que vem aumentando seu bombeamento e exportações.

Quanto aos preços dos barris, que voltaram a registrar alta nas últimas semanas, e que neste ano mantém uma média recorde superior aos US$ 100 (R$ 203), Badri assegurou que a Opep não persegue uma meta para o valor de seu barril referencial, mas procura a estabilidade do mercado.

No passado, a Opep reiterou que procurava uma cotação ''justa'' para consumidores e produtores, a fim de que o consumo não seja freado e permita ao mesmo tempo efetuar os necessários e numerosos investimentos no setor.

''Para o período quinquenal 2012-2016, os países-membros têm previstos 116 projetos no setor da extração. Se todos chegarem a realizá-los, isto poderia ser traduzido em investimentos de cerca de US$ 280 bilhões'', explicou o secretário-geral.

Desta maneira, a organização que controla 35% da produção mundial de petróleo e cerca de dois terços das exportações desta matéria-prima no planeta, aumentaria em 7 mbd sua capacidade de extração de petróleo durante o período mencionado.

Veja também

Viena - O secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), o líbio Abdullah El-Badri, espera que os 12 membros do grupo reduzam a produção para não ultrapassar o teto vigente, que é de 30 milhões de barris diários (mbd).

''Nos próximos meses, espero que possamos seguir nos movimentando em direção ao nível de 30 mbd'', disse Badri em entrevista à revista ''Gulf Oil Review''.

O secretário faz alusão à cota conjunta de produção pactuada em dezembro de 2011 e ratificada novamente em junho pelos ministros de Energia e Petróleo dos países-membros, em conferência realizada em Viena.

O grupo não aderiu ainda totalmente ao compromisso e, segundo o último relatório da Opep publicado no dia 9 de agosto, em julho foram bombeados 31,19 mbd, ou seja, quase 1,2 mbd acima do limite estabelecido.

A organização só chegou a esse número por conta da considerável redução das produções iranianas devido às sanções internacionais impostas ao regime de Teerã, incluindo o embargo da União Europeia (UE) às importações de petróleo do país, que entrou em vigor no dia 1º de julho.

Apesar das sanções impostas pelos Estados Unidos e pela UE para forçar o Irã a desistir do programa nuclear, o secretário-geral da Opep deixou clara sua rejeição às mesmas e mostrou confiança que, com o tempo, o Irã, um dos cinco fundadores da Opep, continuará sendo um importante exportador de petróleo.


Há pouco tempo, o Irã era o segundo maior produtor (depois da Arábia Saudita) da organização e quarto do mundo, mas nos últimos meses foi ultrapassado pelo Iraque, país que vem aumentando seu bombeamento e exportações.

Quanto aos preços dos barris, que voltaram a registrar alta nas últimas semanas, e que neste ano mantém uma média recorde superior aos US$ 100 (R$ 203), Badri assegurou que a Opep não persegue uma meta para o valor de seu barril referencial, mas procura a estabilidade do mercado.

No passado, a Opep reiterou que procurava uma cotação ''justa'' para consumidores e produtores, a fim de que o consumo não seja freado e permita ao mesmo tempo efetuar os necessários e numerosos investimentos no setor.

''Para o período quinquenal 2012-2016, os países-membros têm previstos 116 projetos no setor da extração. Se todos chegarem a realizá-los, isto poderia ser traduzido em investimentos de cerca de US$ 280 bilhões'', explicou o secretário-geral.

Desta maneira, a organização que controla 35% da produção mundial de petróleo e cerca de dois terços das exportações desta matéria-prima no planeta, aumentaria em 7 mbd sua capacidade de extração de petróleo durante o período mencionado.

Acompanhe tudo sobre:EnergiaIndústriaIndústria do petróleoOriente MédioPetróleo

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame