Mundo

Opaq desdobrará segunda equipe de inspetores na Síria

Organização para a Proibição das Armas Químicas informou que desdobrará outra equipe na Síria para aumentar atividades de verificação e destruição de arsenal

Foto de Bashar al-Assad, com carro da ONU ao fundo: acordo suplementar entre a Opaq e a ONU será assinado em breve, segundo comunicado (Khaled al-Hariri/Reuters)

Foto de Bashar al-Assad, com carro da ONU ao fundo: acordo suplementar entre a Opaq e a ONU será assinado em breve, segundo comunicado (Khaled al-Hariri/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de outubro de 2013 às 11h42.

Bruxelas - A Organização para a Proibição das Armas Químicas (Opaq) informou nesta terça-feira que desdobrará uma segunda equipe de inspetores na Síria para ampliar e aumentar as atividades de verificação e destruição do arsenal de armas químicas de regime sírio.

A Secretaria Técnica da Opaq tomou esta decisão para ampliar a equipe que já se encontra em Damasco desde o dia 1º de outubro para comprovar a verificação e destruição desse armamento, informou o órgão executor da Convenção sobre as Armas Químicas com sede em Haia.

O diretor-geral da Opaq, Ahmet Uzumcu, informou ao Comitê Executivo da organização sobre os progressos da missão de analistas na Síria, como a entrega de informação adicional e atualizada sobre o arsenal de armas químicas por parte do regime de Damasco, realizada no último dia 4.

Essa informação, que se soma a entregue pelas autoridades sírias no último dia 21 de setembro, foi elaborada em parte com a assistência técnica da equipe da Opaq, indicou a organização.

Esta nova documentação ajudará a Opaq "planejar suas futuras atividades", ressaltou a própria instituição.

Além disso, no último domingo, funcionários sírios começaram a destruir armas químicas de categoria 3 e a inutilizar um leque de peças para desmontar todas as instalações de produção até o dia 1º de novembro, explicou a Opaq em comunicado.

A Convenção agrupa em três listas as substâncias químicas tóxicas e os precursores que poderiam ser empregados como armas químicas ou bem usados em sua fabricação, a fim de facilitar os processos de destruição e de verificação.


As armas químicas se dividem formalmente em três categorias, das quais a 3 inclui munição e dispositivos sem carga, assim como equipamentos especialmente concebidos para facilitar o uso destas armas.

"Este desenvolvimento representa um começo construtivo para o que será - não em vão - um processo longo e difícil", assinalou o diretor-geral da organização.

Uzumcu também fez questão de afirmar que assinará em breve um acordo suplementar entre a Opaq e a ONU para facilitar as tarefas de segurança e de apoio logístico no terreno por parte das Nações Unidas na missão conjunta.

O diretor-geral da Opaq reforçou seu agradecimento aos Estados-membros por suas "generosas contribuições e ofertas de assistência", incluído o transporte das duas equipes de inspetores oferecido pelos governos da Alemanha e Itália.

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, propôs hoje lançar uma missão conjunta da ONU e a Organização para a Proibição das Armas Químicas, formada por cerca de 100 pessoas, para eliminar o arsenal químico sírio.

A Convenção sobre as Armas Químicas estabelece que seus Estados membros (a adesão da Síria será oficializada no próximo dia 14 de outubro) são responsáveis pela segurança dos investigadores da Opaq, assim como os custos da destruição do armamento.

Calcula-se que a Síria tenha cerca de mil toneladas de armas químicas e, por isso, seu controle, transporte e destruição se mostram tão "perigoso", levando em consideração que o processo total, segundo Ban, demorará pouco menos de um ano.

O grupo de analistas internacionais que já está na capital síria será o núcleo original da missão, na qual a Opaq se encarregará da parte mais técnica do trabalho. Já a ONU, de acordo com fontes diplomáticas, ficará responsável de coordenar o trabalho com o regime de Damasco e a oposição armada.

Acompanhe tudo sobre:Armas químicasONUSíria

Mais de Mundo

Grécia vai construir a maior 'cidade inteligente' da Europa, com casas de luxo e IA no controle

Seis mortos na Nova Caledônia, onde Exército tenta retomar controle do território

Guerra nas estrelas? EUA ampliam investimentos para conter ameaças em órbita

Reguladores e setor bancário dos EUA devem focar em riscos essenciais, diz diretora do Fed

Mais na Exame