ONU recomenda às grandes empresas divulgar impacto ambiental
Nova proposta da ONU recomenda às grandes empresas divulgar os balanços financeiros junto com os de impacto ambiental
Da Redação
Publicado em 30 de maio de 2013 às 15h21.
Oslo - Grandes empresas deveriam divulgar seus impactos ambientais junto com seus balanços financeiros, cumprindo um plano da Organização das Nações Unidas (ONU) para estimular o crescimento econômico e aliviar a pobreza até 2030, segundo recomendações apresentadas na quinta-feira por uma comissão de líderes mundiais.
O grupo de 27 integrantes --entre os quais David Cameron, primeiro-ministro britânico, e o presidente indonésio, Susilo Bambang Yudhoyono-- foi encarregado de fazer propostas de metas mundiais a serem atingidas até 2030, sucedendo às Metas de Desenvolvimento do Milênio, com foco na redução da fome e da pobreza, que expiram em 2015.
A Reuters teve acesso a uma versão preliminar do relatório, com cerca de cem páginas, a ser divulgado oficialmente ainda na quinta-feira, em Nova York.
O texto diz que "sem sustentabilidade ambiental não podemos acabar com a pobreza; os pobres são afetados demais por desastres naturais, e dependentes demais dos oceanos, florestas e solos que estão em deterioração".
Entre as recomendações estão a obrigatoriedade de que empresas com capitalização de mercado superior a 100 milhões de dólares divulguem balanços sociais e ambientais. Atualmente, cerca de um quarto das empresas fazem isso, segundo o relatório.
"O mesmo princípio deve se aplicar aos governos", acrescenta o texto. "Os balanços nacionais para efeitos sociais e ambientais devem ser tornados comuns até 2030." No ano passado, a Grã-Bretanha se tornou o primeiro país a obrigar as grandes empresas a publicarem suas emissões de gases do efeito estufa como parte dos seus balanços. A exigência atualmente se aplica a 1.800 empresas com ações na Bolsa de Londres.
Também para 2030, a comissão da ONU recomenda duplicar a participação das energias renováveis na matriz energética mundial, reduzindo o uso de combustíveis fósseis e duplicando o ritmo de melhoria da eficiência energética em edifícios e transportes.
Atualmente, cerca de 13 por cento da energia mundial vem de fontes renováveis, como a hidrelétrica, a eólica e a solar, segundo a Agência Internacional de Energia.
O texto diz que "as metas sugeridas são aquelas às quais a humanidade aspira". "Elas não seriam juridicamente vinculantes, mas podem ser monitoradas de perto." (Reportagem adicional de Nina Chestney em Londres)
Oslo - Grandes empresas deveriam divulgar seus impactos ambientais junto com seus balanços financeiros, cumprindo um plano da Organização das Nações Unidas (ONU) para estimular o crescimento econômico e aliviar a pobreza até 2030, segundo recomendações apresentadas na quinta-feira por uma comissão de líderes mundiais.
O grupo de 27 integrantes --entre os quais David Cameron, primeiro-ministro britânico, e o presidente indonésio, Susilo Bambang Yudhoyono-- foi encarregado de fazer propostas de metas mundiais a serem atingidas até 2030, sucedendo às Metas de Desenvolvimento do Milênio, com foco na redução da fome e da pobreza, que expiram em 2015.
A Reuters teve acesso a uma versão preliminar do relatório, com cerca de cem páginas, a ser divulgado oficialmente ainda na quinta-feira, em Nova York.
O texto diz que "sem sustentabilidade ambiental não podemos acabar com a pobreza; os pobres são afetados demais por desastres naturais, e dependentes demais dos oceanos, florestas e solos que estão em deterioração".
Entre as recomendações estão a obrigatoriedade de que empresas com capitalização de mercado superior a 100 milhões de dólares divulguem balanços sociais e ambientais. Atualmente, cerca de um quarto das empresas fazem isso, segundo o relatório.
"O mesmo princípio deve se aplicar aos governos", acrescenta o texto. "Os balanços nacionais para efeitos sociais e ambientais devem ser tornados comuns até 2030." No ano passado, a Grã-Bretanha se tornou o primeiro país a obrigar as grandes empresas a publicarem suas emissões de gases do efeito estufa como parte dos seus balanços. A exigência atualmente se aplica a 1.800 empresas com ações na Bolsa de Londres.
Também para 2030, a comissão da ONU recomenda duplicar a participação das energias renováveis na matriz energética mundial, reduzindo o uso de combustíveis fósseis e duplicando o ritmo de melhoria da eficiência energética em edifícios e transportes.
Atualmente, cerca de 13 por cento da energia mundial vem de fontes renováveis, como a hidrelétrica, a eólica e a solar, segundo a Agência Internacional de Energia.
O texto diz que "as metas sugeridas são aquelas às quais a humanidade aspira". "Elas não seriam juridicamente vinculantes, mas podem ser monitoradas de perto." (Reportagem adicional de Nina Chestney em Londres)