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ONU propõe economia verde nos ecossistemas marinhos

Os custos gerados pela poluição marinha poderiam ser bem menores se fosse feito o uso sustentável de fertilizantes e de outros nutrientes para agricultura

A quantidade de nitrogênio que hoje chega aos oceanos é três vezes maior em relação aos níveis pré-industriais (Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de janeiro de 2012 às 19h33.

São Paulo - O estudo “Green Economy in a Blue World” (Economia Verde em um Mundo Azul), da ONU , publicado na última terça-feira, divulgou algumas propostas para o desenvolvimento sustentável através da economia verde nos mares.

As sugestões foram apresentadas em um relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). De acordo com o estudo, a quantidade de nitrogênio que hoje chega aos oceanos é três vezes maior em relação aos níveis pré-industriais. Este número ainda pode crescer 2,7 vezes até 2050, caso perdure a economia atual de exploração.

Os custos gerados pela poluição marinha poderiam ser bem menores se fosse feito o uso sustentável de fertilizantes e de outros nutrientes para agricultura. Só na União Europeia, a economia seria de 80 bilhões de euros por ano.

De todos os estoques de peixes, estima-se que 30% são pescados em velocidade maior do que eles conseguem se reproduzir e o que é pior: a exploração de metade dos peixes já está esgotada. Segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura) e o Banco Mundial, se a população de peixes fosse restaurada e a pesca fosse reduzida a uma quantidade adequada a economia global poderia ser beneficiada em 50 bilhões de dólares por ano.

O impacto da atividade humana nos ecossistemas marinhos do mundo tem diminuído a produtividade de oceanos. Pelo que se tem conhecimento, ao menos 20% dos manguezais já foram destruídos e 60% dos recifes tropicais estão sob ameaças imediatas e diretas. A Pnuma defende que as agências regionais e nacionais de pesca, de associações comerciais de pesca e de cooperativas devem ser fortalecidas.

“A vasta gama de serviços do ecossistema, incluindo a segurança alimentar e a regulação do clima, fornecidos por ambientes marinhos e costeiros, estão hoje sob pressão sem precedentes”, disse o diretor executivo do Pnuma, Achim Steiner.

Na Rio+20 será discutida a exploração sustentável dos oceanos. Na ocasião, as propostas do relatório de uma economia verde do mar devem ser apresentadas.

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São Paulo - O estudo “Green Economy in a Blue World” (Economia Verde em um Mundo Azul), da ONU , publicado na última terça-feira, divulgou algumas propostas para o desenvolvimento sustentável através da economia verde nos mares.

As sugestões foram apresentadas em um relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). De acordo com o estudo, a quantidade de nitrogênio que hoje chega aos oceanos é três vezes maior em relação aos níveis pré-industriais. Este número ainda pode crescer 2,7 vezes até 2050, caso perdure a economia atual de exploração.

Os custos gerados pela poluição marinha poderiam ser bem menores se fosse feito o uso sustentável de fertilizantes e de outros nutrientes para agricultura. Só na União Europeia, a economia seria de 80 bilhões de euros por ano.

De todos os estoques de peixes, estima-se que 30% são pescados em velocidade maior do que eles conseguem se reproduzir e o que é pior: a exploração de metade dos peixes já está esgotada. Segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura) e o Banco Mundial, se a população de peixes fosse restaurada e a pesca fosse reduzida a uma quantidade adequada a economia global poderia ser beneficiada em 50 bilhões de dólares por ano.

O impacto da atividade humana nos ecossistemas marinhos do mundo tem diminuído a produtividade de oceanos. Pelo que se tem conhecimento, ao menos 20% dos manguezais já foram destruídos e 60% dos recifes tropicais estão sob ameaças imediatas e diretas. A Pnuma defende que as agências regionais e nacionais de pesca, de associações comerciais de pesca e de cooperativas devem ser fortalecidas.

“A vasta gama de serviços do ecossistema, incluindo a segurança alimentar e a regulação do clima, fornecidos por ambientes marinhos e costeiros, estão hoje sob pressão sem precedentes”, disse o diretor executivo do Pnuma, Achim Steiner.

Na Rio+20 será discutida a exploração sustentável dos oceanos. Na ocasião, as propostas do relatório de uma economia verde do mar devem ser apresentadas.

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