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ONU pede tratamento digno aos venezuelanos que fogem para outros países

Os ataques de brasileiros contra acampamentos de venezuelanos nos últimos dias levaram 1,2 mil a abandonar o país

O porta-voz da ONU lembrou que há leis e convenções internacionais sobre os refugiados e que elas devem ser respeitadas (Nacho Doce/Reuters)
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EFE

Publicado em 20 de agosto de 2018 às 15h17.

Nações Unidas - A ONU pediu nesta segunda-feira que sejam respeitados os direitos dos venezuelanos que fogem do país e que os mesmos sejam tratados com "dignidade" nas nações que os amparam.

"É importante que aqueles que escapam da violência e que aqueles que fogem para salvar suas vidas tenham seus direitos respeitados e sejam tratados com dignidade", disse o porta-voz Stéphane Dujarric durante a entrevista coletiva diária.

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Dujarric respondeu assim a perguntas sobre os incidentes vividos neste fim de semana no Brasil e a decisão do Equador e do Peru de exigir aos venezuelanos passaporte para atravessar a fronteira.

O porta-voz lembrou que há leis e convenções internacionais sobre os refugiados e disse que é "importante que as mesmas sejam respeitadas".

Ao mesmo tempo, Dujarric disse que as Nações Unidas entendem que os fluxos maciços de população "criam tensões" nas comunidades de amparo e consideram fundamental uma resposta a essas situações.

Por isso, as preocupações da população dos países receptores estão sempre entre as prioridades do trabalho das agências humanitárias da organização, afirmou a ONU.

Nos últimos dias, os ataques de brasileiros contra acampamentos de imigrantes venezuelanos na cidade fronteiriça de Pacaraima levaram 1,2 mil venezuelanos a abandonar o país.

O alto número de pessoas que estão deixando a Venezuela como consequência da crise também levou na semana passada os Governos do Equador e do Peru a começar a exigir passaporte para entrar em seus territórios.

As Nações Unidas e as agências estão dando apoio aos Estados mais afetados pelo fluxo de venezuelanos, entre os quais destacam-se Colômbia, Equador, Peru e Brasil.

Segundo dados da organização, cerca de 2,3 milhões de pessoas deixaram a Venezuela desde 2014. A maioria se dirigiu a um desses quatro países.

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