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ONU faz apelo à Síria para facilitar acesso à ajuda

Conselho de Segurança pediu ao governo que permita a distribuição de ajuda humanitária através da fronteira

Voluntária prepara comida para combatentes do Exército Livre da Síria em Alepo (Hamid Khatib/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2013 às 18h03.

Nações Unidas - Com base em uma frágil unidade, o Conselho de Segurança da ONU pediu, nesta quarta-feira, ao governo sírio que permita a distribuição de ajuda através da fronteira e apelou a todas as partes no conflito para que concordem em fazer uma pausa para a passagem de ajuda humanitária nas áreas de combates e em rotas estratégicas, para a chegada dos comboios.

Mais de 2 milhões de sírios, na maioria mulheres e crianças, fugiram durante a guerra civil de dois anos e meio, a qual já matou mais de 100.000 pessoas, segundo a ONU. Outros milhões dentro do território sírio precisam desesperadamente de ajuda, que foi reduzida a muito pouco por causa da violência e o excesso de burocracia.

Em uma tentativa de impulsionar o envio de auxílio, o Conselho de Segurança, de 15 membros, concordou com a aprovação de uma declaração não vinculante, elaborada pela Austrália e Luxemburgo, depois de superar um impasse diplomático na sexta-feira entre a Rússia e as potências ocidentais para aprovar uma resolução que livre a Síria de armas químicas.

A chefe do setor de assistência da ONU, Valerie Amos, disse que se os pedidos da declaração para acesso ao auxílio forem totalmente implementados, grupos humanitários poderiam ajudar cerca de 2 milhões de pessoas na Síria que há meses estão inacessíveis.

"Nossa tarefa agora é transformar essas palavras fortes em ação significativa para as crianças, as mulheres e os homens que continuam a ser as vítimas da brutalidade e violência", declarou Valerie aos repórteres.

O embaixador da Síria na ONU, Bashar Jaafari, disse que o governo sírio iria estudar a declaração do Conselho antes de responder.

A declaração insta o presidente sírio, Bashar al-Assad, a "tomar medidas imediatas para facilitar a expansão das operações de ajuda humanitária, e levantar entraves burocráticos e outros obstáculos." Isso inclui "facilitar prontamente o acesso humanitário seguro e sem obstáculos para as pessoas necessitadas, pelas formas mais eficazes, incluindo todas as linhas de conflito e, quando apropriado, através das fronteiras dos países vizinhos." O texto se baseou em uma lista de intenções que Valerie enviou ao Conselho no mês passado. Ela afirmou alguma ajuda transfronteiriça já está sendo entregue a partir do Líbano.

Apenas 12 grupos de ajuda internacional têm aprovação do governo sírio para trabalhar no país e os comboios de caminhões com ajuda lutam para atender à demanda, atrasada porque precisam negociar com dezenas de postos de controle do governo e da oposição, dizem as autoridades da ONU.

A declaração de comum acordo também exorta todas as partes a "desmilitarizar imediatamente instalações médicas, escolas e estações de água, abster-se de visar alvos civis, e concordar com as modalidades de implementação de pausas para a ajuda humanitária, bem como rotas principais para permitir prontamente a passagem segura e irrestrita dos comboios humanitários".

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Nações Unidas - Com base em uma frágil unidade, o Conselho de Segurança da ONU pediu, nesta quarta-feira, ao governo sírio que permita a distribuição de ajuda através da fronteira e apelou a todas as partes no conflito para que concordem em fazer uma pausa para a passagem de ajuda humanitária nas áreas de combates e em rotas estratégicas, para a chegada dos comboios.

Mais de 2 milhões de sírios, na maioria mulheres e crianças, fugiram durante a guerra civil de dois anos e meio, a qual já matou mais de 100.000 pessoas, segundo a ONU. Outros milhões dentro do território sírio precisam desesperadamente de ajuda, que foi reduzida a muito pouco por causa da violência e o excesso de burocracia.

Em uma tentativa de impulsionar o envio de auxílio, o Conselho de Segurança, de 15 membros, concordou com a aprovação de uma declaração não vinculante, elaborada pela Austrália e Luxemburgo, depois de superar um impasse diplomático na sexta-feira entre a Rússia e as potências ocidentais para aprovar uma resolução que livre a Síria de armas químicas.

A chefe do setor de assistência da ONU, Valerie Amos, disse que se os pedidos da declaração para acesso ao auxílio forem totalmente implementados, grupos humanitários poderiam ajudar cerca de 2 milhões de pessoas na Síria que há meses estão inacessíveis.

"Nossa tarefa agora é transformar essas palavras fortes em ação significativa para as crianças, as mulheres e os homens que continuam a ser as vítimas da brutalidade e violência", declarou Valerie aos repórteres.

O embaixador da Síria na ONU, Bashar Jaafari, disse que o governo sírio iria estudar a declaração do Conselho antes de responder.

A declaração insta o presidente sírio, Bashar al-Assad, a "tomar medidas imediatas para facilitar a expansão das operações de ajuda humanitária, e levantar entraves burocráticos e outros obstáculos." Isso inclui "facilitar prontamente o acesso humanitário seguro e sem obstáculos para as pessoas necessitadas, pelas formas mais eficazes, incluindo todas as linhas de conflito e, quando apropriado, através das fronteiras dos países vizinhos." O texto se baseou em uma lista de intenções que Valerie enviou ao Conselho no mês passado. Ela afirmou alguma ajuda transfronteiriça já está sendo entregue a partir do Líbano.

Apenas 12 grupos de ajuda internacional têm aprovação do governo sírio para trabalhar no país e os comboios de caminhões com ajuda lutam para atender à demanda, atrasada porque precisam negociar com dezenas de postos de controle do governo e da oposição, dizem as autoridades da ONU.

A declaração de comum acordo também exorta todas as partes a "desmilitarizar imediatamente instalações médicas, escolas e estações de água, abster-se de visar alvos civis, e concordar com as modalidades de implementação de pausas para a ajuda humanitária, bem como rotas principais para permitir prontamente a passagem segura e irrestrita dos comboios humanitários".

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