Mundo

ONU enviará 100 inspetores de armas químicas à Síria

Segundo Ban Ki-moon, especialistas deverão permanecer um ano no país para supervisionar a destruição de armas químicas

Inspetores da ONU deixam hotel em Damasco em 7 de outubro de 2013
 (AFP)

Inspetores da ONU deixam hotel em Damasco em 7 de outubro de 2013 (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de outubro de 2013 às 22h44.

Nova York - A ONU enviará cerca de 100 especialistas à Síria, que deverão permanecer um ano no país para supervisionar a destruição de armas químicas, em uma missão que representa um risco sem precedentes, anunciou nesta segunda-feira o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon.

A missão "buscará conduzir uma operação que por suas características, para dizer simplesmente, jamais foi empreendida", disse Ban em relatório entregue ao Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Uma equipe formada por especialistas das Nações Unidas e da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPCW) ficará encarregada de destruir o arsenal químico do regime de Bashar al Assad, cumprindo a resolução do Conselho de Segurança aprovada no dia 27 de setembro.

A decisão de enviar a equipe de especialistas à Síria foi possível após um acordo entre Estados Unidos e Rússia, que se seguiu ao ataque químico contra um subúrbio de Damasco, em agosto passado, que matou centenas de civis.

Um pequeno grupo de especialistas da OPCW já está na Síria para iniciar a destruição das instalações de produção de armas químicas.

Por recomendação de Ban, o grupo precursor será reforçado por dezenas de especialistas, que permanecerão na Síria por no máximo um ano. A missão terá seu quartel-general em Damasco e uma base em Chipre.

Com base no acordo russo-americano, aprovado pela OPCW e pelo Conselho de Segurança, as armas químicas na Síria deverão estar destruídas até meados de 2014.

Ban destacou a grande ameaça que representa para os especialistas e os civis as cerca de mil toneladas de gases sarin e mostarda, além de outros produtos químicos do arsenal sírio.

As armas são "perigosas de manipular, perigosas para o transporte e perigosas para serem destruídas".

"Minhas duas maiores prioridades são a eliminação do programa de armas químicas sírias e a segurança do pessoal da missão, que foi voluntário para realizar esta vital mas perigosa tarefa", destacou o secretário-geral.

Acompanhe tudo sobre:Armas químicasONUSíria

Mais de Mundo

Grécia vai construir a maior 'cidade inteligente' da Europa, com casas de luxo e IA no controle

Seis mortos na Nova Caledônia, onde Exército tenta retomar controle do território

Guerra nas estrelas? EUA ampliam investimentos para conter ameaças em órbita

Reguladores e setor bancário dos EUA devem focar em riscos essenciais, diz diretora do Fed

Mais na Exame