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ONU entrega alimentos a moradores de subúrbio de Damasco

UNRWA afirmou ter distribuído 1.000 pacotes com alimentos no campo de refugiados de Yarmouk, em sua maior entrega até agora

Moradores recebem alimentos da UNRWA, agência da ONU, no campo de Yarmouk, em um dos subúrbios de Damasco (SANA/Divulgação via Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de janeiro de 2014 às 20h42.

Beirute - Uma agência da Organização das Nações Unidas entregou alimentos em um distrito sob controle rebelde em Damasco nesta quinta-feira, aliviando o sofrimento de milhares de pessoas cercadas há meses pelo Exército sírio.

A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA) afirmou ter distribuído 1.000 pacotes com alimentos no campo de Yarmouk, em sua maior entrega até agora.

O porta-voz da UNRWA, Chris Gunness, disse que a ajuda foi a primeira a chegar a Yarmouk desde 21 de janeiro, quando 138 remessas foram distribuídas. Cada pacote pode alimentar uma família de até oito pessoas por cerca de dez dias, o que significa que as necessidades das pessoas superam em muito a ajuda enviada.

"Esperamos continuar e elevar substancialmente a quantidade de ajuda entregue", disse Gunness. "A cada hora que passa suas necessidades aumentam." A agência estatal síria de notícias, a Sana, confirmou que a ajuda foi entregue, dizendo que os moradores de Yarmouk "são mantidos reféns por grupos terroristas", sua descrição habitual das forças rebeldes.

A UNRWA vinha culpando as autoridades por impedir que seu comboio chegasse ao bairro no domingo, mas, duas semanas antes, comboios com ajuda tiveram de voltar depois que uma escola do governo foi alvo de tiros.

Há informações de que 15 jovens morreram de fome e desnutrição em Yarmouk, originalmente um campo de refugiados palestinos em situação de pobreza, que agora abriga 18.000 palestinos, bem como alguns sírios.

Ativistas da oposição dizem que o governo está usando a fome como arma de guerra. As autoridades em Damasco acusam os rebeldes de disparar contra os comboios que levam ajuda e dizem temer que a comida e os remédios fiquem com os grupos armados.

Segundo a TV estatal síria, a Frente Nusra, grupo ligado à Al Qaeda, disparou contra trabalhadores entregando ajuda e feriu várias pessoas durante a distribuição. O grupo oposicionista Observatório Sírio pelos Direitos Humanos disse que atacantes desconhecidos fizeram disparos.

Não ficou claro se isso impediu que parte da ajuda chegasse aos moradores de Yarmouk e a UNRWA não respondeu de imediato os pedidos de comentários sobre o incidente.

Nas conversações de paz entre as duas partes em Genebra, a ONU está tentando negociar uma passagem para um comboio de ajuda para 2.500 pessoas que também estão sob cerco na cidade velha de Homs.

Fazer com que grupos de ajuda humanitária tenham acesso a cerca de 250.000 pessoas, que podem estar presas em meio ao conflito em Yarmouk, Homs e outras áreas do país, é considerado um teste para as conversações de paz, que começaram na semana passada e ainda não produziram resultados substanciais.

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Beirute - Uma agência da Organização das Nações Unidas entregou alimentos em um distrito sob controle rebelde em Damasco nesta quinta-feira, aliviando o sofrimento de milhares de pessoas cercadas há meses pelo Exército sírio.

A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA) afirmou ter distribuído 1.000 pacotes com alimentos no campo de Yarmouk, em sua maior entrega até agora.

O porta-voz da UNRWA, Chris Gunness, disse que a ajuda foi a primeira a chegar a Yarmouk desde 21 de janeiro, quando 138 remessas foram distribuídas. Cada pacote pode alimentar uma família de até oito pessoas por cerca de dez dias, o que significa que as necessidades das pessoas superam em muito a ajuda enviada.

"Esperamos continuar e elevar substancialmente a quantidade de ajuda entregue", disse Gunness. "A cada hora que passa suas necessidades aumentam." A agência estatal síria de notícias, a Sana, confirmou que a ajuda foi entregue, dizendo que os moradores de Yarmouk "são mantidos reféns por grupos terroristas", sua descrição habitual das forças rebeldes.

A UNRWA vinha culpando as autoridades por impedir que seu comboio chegasse ao bairro no domingo, mas, duas semanas antes, comboios com ajuda tiveram de voltar depois que uma escola do governo foi alvo de tiros.

Há informações de que 15 jovens morreram de fome e desnutrição em Yarmouk, originalmente um campo de refugiados palestinos em situação de pobreza, que agora abriga 18.000 palestinos, bem como alguns sírios.

Ativistas da oposição dizem que o governo está usando a fome como arma de guerra. As autoridades em Damasco acusam os rebeldes de disparar contra os comboios que levam ajuda e dizem temer que a comida e os remédios fiquem com os grupos armados.

Segundo a TV estatal síria, a Frente Nusra, grupo ligado à Al Qaeda, disparou contra trabalhadores entregando ajuda e feriu várias pessoas durante a distribuição. O grupo oposicionista Observatório Sírio pelos Direitos Humanos disse que atacantes desconhecidos fizeram disparos.

Não ficou claro se isso impediu que parte da ajuda chegasse aos moradores de Yarmouk e a UNRWA não respondeu de imediato os pedidos de comentários sobre o incidente.

Nas conversações de paz entre as duas partes em Genebra, a ONU está tentando negociar uma passagem para um comboio de ajuda para 2.500 pessoas que também estão sob cerco na cidade velha de Homs.

Fazer com que grupos de ajuda humanitária tenham acesso a cerca de 250.000 pessoas, que podem estar presas em meio ao conflito em Yarmouk, Homs e outras áreas do país, é considerado um teste para as conversações de paz, que começaram na semana passada e ainda não produziram resultados substanciais.

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