ONU diz que mais de 30 mil civis estão presos em Raqqa, na Síria
A Organização estima que entre 30 mil e 50 mil civis estão bloqueados no principal reduto do Estado Islâmico no país
AFP
Publicado em 11 de julho de 2017 às 11h00.
Última atualização em 11 de julho de 2017 às 11h02.
Entre 30.000 e 50.000 civis continuam presos em Raqa, principal reduto do grupo Estado Islâmico (EI) na Síria , que as Forças Democráticas Sírias (FDS) tentam recuperar, informou nesta terça-feira a ONU.
"A ONU estima que entre 30.000 e 50.000 pessoas permanecem presas na cidade de Raqa" contra quase 100.000 no final de junho, informou o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur) em um comunicado.
Os números são incertos em razão das dificuldades de acesso.
Na cidade, as reservas de água, remédios e outros itens essenciais estão diminuindo, e a situação humanitária "se deteriora rapidamente", alerta o Acnur, que considera "imperativo que os civis bloqueados possam deixar a cidade com segurança".
A agência também anunciou o estabelecimento de uma nova rota para levar ajuda da cidade de Aleppo para Qamishli (nordeste de Raqa), a fim de fornecer assistência humanitária a cerca de 430.000 pessoas na província de Raqa.
"A abertura da rota de Aleppo a Qamishli e Menbij é um avanço", comemora o Acnur, que enfatiza que a estrada permaneceu fechada por dois anos.
Um primeiro comboio com três caminhões chegou em Qamishli em 29 de junho, seguido por outros dois comboios em 4 e 10 de julho. Um quarto comboio estava a caminho nesta terça-feira.
O EI assumiu o controle de Raqa em 2014, transformando a cidade na capital do seu auto-proclamado "califado". Cerca de 300.000 civis viviam em Raqa, incluindo 80.000 pessoas deslocadas de várias partes da Síria, quando o grupo islâmico assumiu o controle da cidade.