ONU critica China por não praticar o que prega em seus discursos
Escritório recebe denúncias urgentes relacionadas com detenções arbitrárias, desaparições forçadas, maus tratos e discriminação de diversas classes no país
EFE
Publicado em 7 de março de 2018 às 15h36.
Genebra - O alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos , Zeid Ra'ad al Hussein, criticou nesta quarta-feira a China , ao afirmar que o país asiático não faz o que prega e que seu nível de respeito às liberdades fundamentais é muito baixo.
Zeid apresentou hoje o seu relatório anual sobre a situação das liberdades fundamentais no mundo ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, no qual dedicou um trecho para denunciar a China por pregar uma coisa e fazer outra.
O presidente Xi fez uma convocação para "um desenvolvimento centrado nas pessoas, no qual todos ganhem como parte de uma humanidade compartilhada, o que é uma ambição elogiável. Tristemente, não parece que as ambições globais da China sobre direitos humanos se equiparem ao que ela faz em casa", disse Zeid.
O alto comissário argumentou que seu escritório continua recebendo denúncias urgentes relacionadas com detenções arbitrárias, desaparições forçadas, maus tratos e discriminação de defensores de direitos humanos, advogados, legisladores, editores, e membros das comunidades tibetana e uigur.
Zeid denunciou que muitos desses casos envolvem pessoas que lutam contra injustiças sociais, econômicas e culturais, como casos de corrupção, desalojamentos e evacuações forçadas; destruição de lugares protegidos; restrições à prática religiosa e ao uso de uma língua local.