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ONU autoriza intervenção na República Centro-Africana

O Conselho de Segurança da ONU autorizou uma intervenção militar africana e francesa para tentar proteger a população civil da República Centro-Africana

Soldados em Bangui, capital da República Centro-africana: Conselho apoiou resolução que autoriza o envio de uma força apoiada por tropas francesas (Emmanuel Braun/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 5 de dezembro de 2013 às 15h31.

Nações Unidas - O Conselho de Segurança da ONU autorizou nesta quinta-feira uma intervenção militar africana e francesa para tentar proteger a população civil da República Centro-Africana (RCA).

O Conselho apoiou por unanimidade uma resolução que autoriza o envio de uma força africana (Misca) apoiada por tropas francesas em defesa da população e da restauração da segurança no país, afetado por graves confrontos civis nos últimos meses.

O embaixador francês, Gérard Araud, cujo país já conta com um contingente de mais de 250 soldados no país africano, declarou após a votação que a intervenção poderia começar "muito em breve", em questão de "horas ou dias", e terá um efeito rápido.

O objetivo inicial da Misca "é restaurar a lei e a ordem em Bangui", e depois assegurar as principais cidades do país, acrescentou o embaixador da França, país que este mês preside o Conselho de Segurança.

Araud explicou que inicialmente se prevê o envio de uma força africana de quatro mil soldados, apoiados por mil militares franceses, números que poderiam aumentar em função da evolução da situação.

A autorização chega depois que na noite passada pelo menos oito civis morreram e outros 57 ficaram feridos em Bangui pelos enfrentamentos entre forças de segurança e as milícias partidárias do ex-presidente François Bozizé, segundo a organização não-governamental Médicos sem Fronteiras (MSF).

O embaixador francês assinalou perante a imprensa que estes incidentes "mostraram outra vez" o nível de deterioração da situação no país africano, onde se produzem "assassinatos, saques e violações" a cada dia.

"O Estado colapsou e já não pode garantir a proteção de sua população", ressaltou Araud, que denunciou que também está havendo ataques sectários entre cristãos e muçulmanos, e lembrou que "a história nos ensinou que o pior pode acontecer".

Araud destacou ainda que a resolução comprova que o Conselho de Segurança "saiu da indiferença" após meses de piora da situação nesse país.

A resolução estabelece a possibilidade de a Misca se transformar eventualmente em uma operação de manutenção da paz das Nações Unidas.

Também foi criado um fundo fiduciário para que doadores internacionais apresentem contribuições para financiar a logística da missão africana.

A decisão do Conselho de Segurança foi anunciada depois que o presidente da República Centro-Africana, Michel Djotodia, pediu hoje a seu colega francês, François Hollande, uma intervenção "urgente" para tentar devolver a calma à capital de seu país.

Atualização às 16h31 de 05/12/2013

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Nações Unidas - O Conselho de Segurança da ONU autorizou nesta quinta-feira uma intervenção militar africana e francesa para tentar proteger a população civil da República Centro-Africana (RCA).

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O embaixador francês, Gérard Araud, cujo país já conta com um contingente de mais de 250 soldados no país africano, declarou após a votação que a intervenção poderia começar "muito em breve", em questão de "horas ou dias", e terá um efeito rápido.

O objetivo inicial da Misca "é restaurar a lei e a ordem em Bangui", e depois assegurar as principais cidades do país, acrescentou o embaixador da França, país que este mês preside o Conselho de Segurança.

Araud explicou que inicialmente se prevê o envio de uma força africana de quatro mil soldados, apoiados por mil militares franceses, números que poderiam aumentar em função da evolução da situação.

A autorização chega depois que na noite passada pelo menos oito civis morreram e outros 57 ficaram feridos em Bangui pelos enfrentamentos entre forças de segurança e as milícias partidárias do ex-presidente François Bozizé, segundo a organização não-governamental Médicos sem Fronteiras (MSF).

O embaixador francês assinalou perante a imprensa que estes incidentes "mostraram outra vez" o nível de deterioração da situação no país africano, onde se produzem "assassinatos, saques e violações" a cada dia.

"O Estado colapsou e já não pode garantir a proteção de sua população", ressaltou Araud, que denunciou que também está havendo ataques sectários entre cristãos e muçulmanos, e lembrou que "a história nos ensinou que o pior pode acontecer".

Araud destacou ainda que a resolução comprova que o Conselho de Segurança "saiu da indiferença" após meses de piora da situação nesse país.

A resolução estabelece a possibilidade de a Misca se transformar eventualmente em uma operação de manutenção da paz das Nações Unidas.

Também foi criado um fundo fiduciário para que doadores internacionais apresentem contribuições para financiar a logística da missão africana.

A decisão do Conselho de Segurança foi anunciada depois que o presidente da República Centro-Africana, Michel Djotodia, pediu hoje a seu colega francês, François Hollande, uma intervenção "urgente" para tentar devolver a calma à capital de seu país.

Atualização às 16h31 de 05/12/2013

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