Exame Logo

ONU anuncia conferência sobre a Síria para 22 de janeiro

Negociadores do governo e da oposição na Síria se reunirão no dia 22 de janeiro em Genebra, anunciou a ONU

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon: conferência será "uma missão de esperança", segundo secretário-geral (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de novembro de 2013 às 10h31.

Nova York - Negociadores do governo e da oposição na Síria se reunirão, pela primeira vez desde o início da guerra civil há 32 meses, no dia 22 de janeiro em Genebra, anunciou a ONU nesta segunda-feira.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que a conferência será "uma missão de esperança", ressaltando que o objetivo do encontro será impulsionar a declaração adotada pelas principais potências em junho de 2012 exigindo um governo de transição.

"O secretário-geral espera que os representantes sírios participem da conferência em Genebra, compreendendo que este é o objetivo, e com a intenção real de acabar com uma guerra que já deixou mais de 100.000 mortos, obrigou mais de 9 milhões a abandonar suas casas, que deixou incontáveis desaparecidos e detidos, fazendo a região tremer", declarou o porta-voz da ONU, Martin Nesirky.

"O conflito na Síria tem durado tempo demais. Seria imperdoável não aproveitar esta oportunidade para acabar com o sofrimento e a destruição que causou", disse Ban, por meio de seu porta-voz.

O chefe da ONU elogiou os esforços da Rússia, Estados Unidos e do emissário das Nações Unidas e da Liga Árabe, Lahkdar Brahimi, em favor da conferência, que foi adiada várias vezes.

As divisões entre a oposição síria, as dúvidas sobre o compromisso do governo com a conferência e as discussões acerca de se países como o Irã e a Arábia Saudita devem participar, frustraram os esforços para reunir as partes em conflito.


A conferência será o resultado de uma reunião realizada em Genebra em junho de 2012, quando os Estados Unidos, Rússia, China, Grã-Bretanha e França - os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU - e outros Estados concordaram em lançar um governo de transição na Síria.

"Iremos a Genebra com uma missão de esperança. A conferência de Genebra é o veículo para uma transição pacífica que satisfaça as legítimas aspirações de todo o povo sírio de liberdade e dignidade, e que garanta a segurança e a proteção de todas as comunidades na Síria", ressaltou Ban.

"Seu objetivo é a completa implementação do comunicado de Genebra de 30 de junho de 2012, incluindo o estabelecimento, baseado no consentimento mútuo, de um governo de transição com plenos poderes executivos, incluindo sobre as entidades militares e de segurança", acrescentou.

O Conselho de Segurança votou uma resolução de apoio a esta declaração.

Ban indicou ainda que "espera que todos os sócios internacionais e regionais demonstrem significativo apoio a negociações construtivas".

"Todos devem mostrar visão e liderança. Todos podem começar a trabalhar para ajudar a conferência de Genebra (...) o fim da violência, o acesso da ajuda humanitária, a libertação dos detidos e o regresso dos refugiados e deslocados", afirmou Ban.

Veja também

Nova York - Negociadores do governo e da oposição na Síria se reunirão, pela primeira vez desde o início da guerra civil há 32 meses, no dia 22 de janeiro em Genebra, anunciou a ONU nesta segunda-feira.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que a conferência será "uma missão de esperança", ressaltando que o objetivo do encontro será impulsionar a declaração adotada pelas principais potências em junho de 2012 exigindo um governo de transição.

"O secretário-geral espera que os representantes sírios participem da conferência em Genebra, compreendendo que este é o objetivo, e com a intenção real de acabar com uma guerra que já deixou mais de 100.000 mortos, obrigou mais de 9 milhões a abandonar suas casas, que deixou incontáveis desaparecidos e detidos, fazendo a região tremer", declarou o porta-voz da ONU, Martin Nesirky.

"O conflito na Síria tem durado tempo demais. Seria imperdoável não aproveitar esta oportunidade para acabar com o sofrimento e a destruição que causou", disse Ban, por meio de seu porta-voz.

O chefe da ONU elogiou os esforços da Rússia, Estados Unidos e do emissário das Nações Unidas e da Liga Árabe, Lahkdar Brahimi, em favor da conferência, que foi adiada várias vezes.

As divisões entre a oposição síria, as dúvidas sobre o compromisso do governo com a conferência e as discussões acerca de se países como o Irã e a Arábia Saudita devem participar, frustraram os esforços para reunir as partes em conflito.


A conferência será o resultado de uma reunião realizada em Genebra em junho de 2012, quando os Estados Unidos, Rússia, China, Grã-Bretanha e França - os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU - e outros Estados concordaram em lançar um governo de transição na Síria.

"Iremos a Genebra com uma missão de esperança. A conferência de Genebra é o veículo para uma transição pacífica que satisfaça as legítimas aspirações de todo o povo sírio de liberdade e dignidade, e que garanta a segurança e a proteção de todas as comunidades na Síria", ressaltou Ban.

"Seu objetivo é a completa implementação do comunicado de Genebra de 30 de junho de 2012, incluindo o estabelecimento, baseado no consentimento mútuo, de um governo de transição com plenos poderes executivos, incluindo sobre as entidades militares e de segurança", acrescentou.

O Conselho de Segurança votou uma resolução de apoio a esta declaração.

Ban indicou ainda que "espera que todos os sócios internacionais e regionais demonstrem significativo apoio a negociações construtivas".

"Todos devem mostrar visão e liderança. Todos podem começar a trabalhar para ajudar a conferência de Genebra (...) o fim da violência, o acesso da ajuda humanitária, a libertação dos detidos e o regresso dos refugiados e deslocados", afirmou Ban.

Acompanhe tudo sobre:ONUOposição políticaSíria

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame