Alta dos preços dos alimentos deve afetar ajuda às populações pobres
No total, cerca de 100 milhões de pessoas no mundo dependem da ajuda agência das Nações Unidas para a distribuição de alimentos
Da Redação
Publicado em 17 de fevereiro de 2011 às 05h55.
Brasília - A principal agência das Nações Unidas para a distribuição de alimentos no mundo, o Programa Alimentar Mundial (PAM), advertiu que a alta dos preços dos alimentos vai prejudicar o trabalho da instituição. No total, cerca de 100 milhões de pessoas no mundo dependem da agência. A direção do órgão informou que foi acesa a “luz de alerta vermelho” sobre eventuais ameaças aos programas de distribuição de alimentos para populações em risco.
Para a direção do PAM, as consequências a longo prazo são o aumento dos níveis de desnutrição, a redução da renda disponível para a escola, o acesso aos serviços de saúde e a instabilidade social.
Atualmente, segundo o Banco Mundial, os preços estão apenas 3% abaixo do percentual de aumento mais elevado já registrado pela instituição, que foi o do ano de 2008. De acordo com os números do PAM, 44 milhões de pessoas vivem na faixa de pobreza extrema.
"O aumento dos preços dos alimentos são uma realidade para todo o mundo, mas tem o maior impacto sobre as populações mais pobres e mais vulneráveis", afirmou a diretora executiva do PAM, Josette Sheeran. "Estamos em alerta vermelho e avaliando e reavaliando as necessidades e planos. Estamos prontos para ajudar."
As informações são da agência de informações da Organização das Nações Unidas. Sheeran alertou ainda que se os preços dos alimentos forem mantidos em alta devido às mais diversas condições, como inundações, secas e incêndios, o PAM poderá ser obrigado a rever certos projetos. Ela não detalhou quais projetos poderão ser cortados.
De acordo com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), houve um aumento médio de 3,4% dos preços dos alimentos, comparando os meses de janeiro de 2011 e dezembro de 2010. Dados do Banco Mundial mostram que os preços dos alimentos subiram 15% entre outubro de 2010 e janeiro de 2011.