Mundo

ONU acusa tropas do Chade de atirar contra multidão na RCA

Soldados do Exército chadiano dispararam contra multidão no fim de semana passado, na capital da República Centro-Africana, diz ONU


	Tropas do Chade escoltam civis na República Centro-Africana: este é o incidente mais grave envolvendo tropas estrangeiras no país desde 2013
 (Eric Feferberg/AFP)

Tropas do Chade escoltam civis na República Centro-Africana: este é o incidente mais grave envolvendo tropas estrangeiras no país desde 2013 (Eric Feferberg/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2014 às 10h39.

Genebra - Soldados do Exército chadiano dispararam contra a multidão sem terem sido provocados no fim de semana passado, na capital da República Centro-Africana, Bangui, causando ao menos 30 mortes e 300 feridos, denunciou a ONU nesta sexta-feira.

"Os soldados dispararam contra a multidão de maneira indiscriminada", declarou em Genebra um porta-voz do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, Rupert Colville, ao apresentar os resultados preliminares da investigação.

A investigação determinou que os soldados envolvidos são membros do exército chadiano e não da Força Africana na República Centro-africana (Misca).

Este é o incidente mais grave envolvendo tropas estrangeiras na República Centro-africana desde a queda, em março de 2013, do presidente François Bozizé por Seleka, uma coalizão majoritariamente muçulmana e apoiada pelo Chade.

Há um ano, a República Centro-Africana está mergulhada na violência entre as comunidades muçulmana e cristã, que leva a ONU a temer um genocídio e uma limpeza étnica.

Com mais de seis mil homens e subordinada à União Africana, a Misca está presente no país, além dos cerca de dois mil soldados franceses. As forças europeias também se comprometeram a enviar pelo menos mil homens.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaONUViolência política

Mais de Mundo

Israel e Hezbollah estão a poucos dias de distância de um cessar-fogo, diz embaixador israelense

Exportações da China devem bater recorde antes de guerra comercial com EUA

Yamandú Orsi, da coalizão de esquerda, é eleito presidente do Uruguai

Mercosul precisa de "injeção de dinamismo", diz opositor Orsi após votar no Uruguai