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ONG diz que 453 já morreram por protestos na Síria

Governo sírio aumentou a repressão contra os protestos nas cidades de Deraa e Damasco

Bashar al-Assad, presidente da Síria: aumento da repressão (Arquivo/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de abril de 2011 às 10h08.

Cairo - Pelo menos 453 pessoas morreram desde o início dos protestos contra o regime de Bashar al-Assad na Síria, segundo um novo balanço de vítimas publicado nesta quarta-feira pelo Observatório Sírio para os Direitos Humanos.

"O número de mártires da revolução subiu para 453", anunciou a ONG em uma nota urgente, na qual afirmou que tem documentados os nomes de todas as vítimas.

Os protestos na Síria começaram em meados de março e estão sendo duramente reprimidos pelas autoridades, que desdobraram o Exército em diferentes pontos do país.

Os militares intensificaram nesta quarta-feira sua presença ao redor de Damasco e em Deraa, no sul do país, onde chegaram dezenas de tanques, segundo relataram testemunhas citadas pela rede opositora "Sham" e pelo canal de televisão "Al Jazeera".

Vários moradores de Deraa explicaram à "Sham" que mais de 40 tanques entraram nas últimas horas na cidade e há temores de um ataque.

Além disso, ainda são escutados intensos disparos de artilharia pesada e há corpos nas ruas, relatou a "Sham", que acrescentou que "a situação humanitária é muito grave".

Em seu site, a rede fez um apelo a todos os países para que tomem alguma medida para cessar "o massacre planejado por Bashar (al-Assad)".

Alguns moradores de Deraa acusam as forças de segurança de terem roubado remédios e sequestrado médicos e enfermeiros dos hospitais.

O ativista e ex-preso político sírio Yassin Hajj Saleh disse à Agência Efe em uma conversa telefônica que a cidade de Deraa está totalmente desligada do mundo, devido ao corte das linhas e da eletricidade.

"Há pessoas sendo presas, mortas e há corpos nas ruas que os habitantes de Deraa não conseguiram retirar", relatou Saleh, que se encontra em Damasco.

O ativista também comentou que no centro da capital a situação se mantém estável, embora as medidas de segurança tenham se intensificado.

"Está claro que o regime optou por uma solução militar com o ataque das cidades com tanques", opinou o ativista, que acredita que na próxima sexta-feira pode ser um dia importante porque segundo ele serão realizadas mais manifestações da oposição.

Na sexta-feira passada, a Síria viveu o dia de protestos contra o regime do presidente Bashar al-Assad mais violento, que acabou com 112 mortos, segundo números de ativistas da oposição.

Estas manifestações aconteceram um dia depois que o presidente sírio assinou um decreto para pôr fim ao estado de emergência vigente desde 1963.

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Cairo - Pelo menos 453 pessoas morreram desde o início dos protestos contra o regime de Bashar al-Assad na Síria, segundo um novo balanço de vítimas publicado nesta quarta-feira pelo Observatório Sírio para os Direitos Humanos.

"O número de mártires da revolução subiu para 453", anunciou a ONG em uma nota urgente, na qual afirmou que tem documentados os nomes de todas as vítimas.

Os protestos na Síria começaram em meados de março e estão sendo duramente reprimidos pelas autoridades, que desdobraram o Exército em diferentes pontos do país.

Os militares intensificaram nesta quarta-feira sua presença ao redor de Damasco e em Deraa, no sul do país, onde chegaram dezenas de tanques, segundo relataram testemunhas citadas pela rede opositora "Sham" e pelo canal de televisão "Al Jazeera".

Vários moradores de Deraa explicaram à "Sham" que mais de 40 tanques entraram nas últimas horas na cidade e há temores de um ataque.

Além disso, ainda são escutados intensos disparos de artilharia pesada e há corpos nas ruas, relatou a "Sham", que acrescentou que "a situação humanitária é muito grave".

Em seu site, a rede fez um apelo a todos os países para que tomem alguma medida para cessar "o massacre planejado por Bashar (al-Assad)".

Alguns moradores de Deraa acusam as forças de segurança de terem roubado remédios e sequestrado médicos e enfermeiros dos hospitais.

O ativista e ex-preso político sírio Yassin Hajj Saleh disse à Agência Efe em uma conversa telefônica que a cidade de Deraa está totalmente desligada do mundo, devido ao corte das linhas e da eletricidade.

"Há pessoas sendo presas, mortas e há corpos nas ruas que os habitantes de Deraa não conseguiram retirar", relatou Saleh, que se encontra em Damasco.

O ativista também comentou que no centro da capital a situação se mantém estável, embora as medidas de segurança tenham se intensificado.

"Está claro que o regime optou por uma solução militar com o ataque das cidades com tanques", opinou o ativista, que acredita que na próxima sexta-feira pode ser um dia importante porque segundo ele serão realizadas mais manifestações da oposição.

Na sexta-feira passada, a Síria viveu o dia de protestos contra o regime do presidente Bashar al-Assad mais violento, que acabou com 112 mortos, segundo números de ativistas da oposição.

Estas manifestações aconteceram um dia depois que o presidente sírio assinou um decreto para pôr fim ao estado de emergência vigente desde 1963.

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