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OMS diz que propagação de ebola na África Ocidental é grave

Guiné registrou os primeiros novos casos de ebola em mais de um mês, enquanto outras áreas anteriormente não afetadas também tiveram casos

Médico: propagação do surto pode complicar ainda mais a luta contra o vírus (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de maio de 2014 às 10h57.

Genebra/Conacri - A capital da Guiné , Conacri, registrou os primeiros novos casos de ebola em mais de um mês, enquanto outras áreas anteriormente não afetadas também tiveram casos confirmados na semana passada, de acordo com a Organização Mundial de Saúde .

A propagação do surto, que teve início há dois meses, e que as autoridades da Guiné haviam dito estar sob controle, pode complicar ainda mais a luta contra o vírus em uma área que já sofre com a precariedade os sistemas de saúde e fronteiras porosas.

"A situação é grave. Você não pode dizer que está sob controle quando os casos continuam e estão se espalhando geograficamente", disse Pierre Formenty, especialista da OMS, que retornou recentemente da Guiné, em entrevista coletiva em Genebra nesta quarta-feira.

"Não houve declínio. Na verdade, é porque não estamos conseguindo detectar todo o surto, que estamos com a impressão de que houve uma queda", disse ele.

A OMS informou sobre dois novos casos, incluindo uma morte, entre 25 e 27 de maio em Conacri. Eles foram os primeiros a serem detectados desde 26 de abril. Um surto na capital representa a maior ameaça de uma epidemia, porque a cidade é o centro das viagens internacionais na Guiné.

Télimélé e Boffa - dois distritos ao norte de Conacri tiveram casos confirmados por testes de laboratório, disse a OMS. Doze casos, incluindo quatro mortes, foram relatadas entre 23 e 26 de maio, enquanto casos suspeitos de ebola foram detectados nos distritos adjacentes de Boke e Dubreka.

Aboubacar Sidiki Diakité, que comanda os esforços do governo para conter a disseminação do vírus, disse que as origens de todos os novos focos foram rastreadas até os casos em Conacri.

"O problema é que existem famílias que se recusam a dar informações aos profissionais de saúde. Elas escondem seus doentes para tentar tratá-los através de métodos tradicionais", disse ele à Reuters.

O surto inicial- a primeira aparição da febre hemorrágica fatal na África Ocidental - se espalhou a partir de uma região remota da Guiné para a capital e para a Libéria.

A Serra Leoa reportou o primeiro caso confirmado da doença no início desta semana.

A OMS documentou um total de 281 casos clínicos de ebola, incluindo 185 mortes na Guiné desde que o primeiro foco do vírus foi identificado em março.

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Genebra/Conacri - A capital da Guiné , Conacri, registrou os primeiros novos casos de ebola em mais de um mês, enquanto outras áreas anteriormente não afetadas também tiveram casos confirmados na semana passada, de acordo com a Organização Mundial de Saúde .

A propagação do surto, que teve início há dois meses, e que as autoridades da Guiné haviam dito estar sob controle, pode complicar ainda mais a luta contra o vírus em uma área que já sofre com a precariedade os sistemas de saúde e fronteiras porosas.

"A situação é grave. Você não pode dizer que está sob controle quando os casos continuam e estão se espalhando geograficamente", disse Pierre Formenty, especialista da OMS, que retornou recentemente da Guiné, em entrevista coletiva em Genebra nesta quarta-feira.

"Não houve declínio. Na verdade, é porque não estamos conseguindo detectar todo o surto, que estamos com a impressão de que houve uma queda", disse ele.

A OMS informou sobre dois novos casos, incluindo uma morte, entre 25 e 27 de maio em Conacri. Eles foram os primeiros a serem detectados desde 26 de abril. Um surto na capital representa a maior ameaça de uma epidemia, porque a cidade é o centro das viagens internacionais na Guiné.

Télimélé e Boffa - dois distritos ao norte de Conacri tiveram casos confirmados por testes de laboratório, disse a OMS. Doze casos, incluindo quatro mortes, foram relatadas entre 23 e 26 de maio, enquanto casos suspeitos de ebola foram detectados nos distritos adjacentes de Boke e Dubreka.

Aboubacar Sidiki Diakité, que comanda os esforços do governo para conter a disseminação do vírus, disse que as origens de todos os novos focos foram rastreadas até os casos em Conacri.

"O problema é que existem famílias que se recusam a dar informações aos profissionais de saúde. Elas escondem seus doentes para tentar tratá-los através de métodos tradicionais", disse ele à Reuters.

O surto inicial- a primeira aparição da febre hemorrágica fatal na África Ocidental - se espalhou a partir de uma região remota da Guiné para a capital e para a Libéria.

A Serra Leoa reportou o primeiro caso confirmado da doença no início desta semana.

A OMS documentou um total de 281 casos clínicos de ebola, incluindo 185 mortes na Guiné desde que o primeiro foco do vírus foi identificado em março.

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