Oleodutos de Trump; Derrota de May…
Os oleodutos de Trump Mesmo diante da pressão de ambientalistas, o presidente americano Donald Trump aprovou a construção de dois oleodutos: um deles atravessará terras indígenas em Dakota do Norte e outro, o Keystone XL, trará petróleo do Canadá. Anteriormente, os projetos haviam sido vetados por Obama em razão dos impactos ambientais. Trump afirma que […]
Da Redação
Publicado em 24 de janeiro de 2017 às 17h45.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h10.
Os oleodutos de Trump
Mesmo diante da pressão de ambientalistas, o presidente americano Donald Trump aprovou a construção de dois oleodutos: um deles atravessará terras indígenas em Dakota do Norte e outro, o Keystone XL, trará petróleo do Canadá. Anteriormente, os projetos haviam sido vetados por Obama em razão dos impactos ambientais. Trump afirma que a construção dos oleodutos gerará mais de 20.000 empregos e que o material usado na obra será fabricado nos Estados Unidos para incentivar a indústria local. “Como nos bons tempos”, disse.
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Conversa com as montadoras
Reforçando seu desejo de ver mais carros sendo fabricados nos Estados Unidos, Trump reuniu-se com representantes das três maiores montadoras do país: Marry Barra, da General Motors, Mark Fields, da Ford, e Sergio Marchionne, da Fiat. Em conversa com a imprensa, os executivos disseram que Trump prometeu cortes de impostos e de regulações, embora não tenha especificado quando nem como isso será feito. No passado, o presidente chegou a ameaçar aumentar 35% os impostos de veículos produzidos fora do país. Outra montadora, a Toyota, anunciou nesta terça-feira que vai abrir 400 novas vagas de emprego e investir 600 milhões de dólares em sua fábrica em Indiana.
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Comey fica?
O diretor do FBI, James Comey, disse a colegas que Trump pediu a ele que continuasse no cargo. Se decidir permanecer, Comey não precisará passar por uma audiência de confirmação no Senado, como está acontecendo com os outros nomeados de Trump. O oficial virou manchete depois de enviar, às vésperas das eleições, um relatório ao Senado divulgando que retomaria as investigações dos e-mails expedidos por Hillary Clinton de seu servidor privado. Aliados de Clinton afirmam que o caso pode ter prejudicado a democrata, e a atuação de Comey no episódio está sendo investigada pela Justiça.
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Derrota para May
A Suprema Corte do Reino Unido confirmou uma decisão anterior da corte de Londres e decretou que a premiê Theresa May precisa de aprovação do Parlamento antes de disparar o artigo 50, que dá início ao Brexit, processo de saída da União Europeia. A decisão é uma derrota para May, que desejava que o processo começasse em março. David Davis, secretário do Brexit, afirmou que vai apresentar um texto ao Parlamento “dentro de alguns dias” — o que deve acontecer na quinta-feira 26, segundo fontes próximas ao governo.
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Cessar-fogo na Síria
Mediados por Rússia, Turquia e Irã, representantes do governo de Bashar al-Assad chegaram a um acordo para um novo cessar-fogo na Síria, no segundo dia de uma reunião em Astana, no Casaquistão. Os países afirmaram que haverá um mecanismo para “garantir a completa aplicação do cessar-fogo”, visto que acordos desse tipo já falharam no passado. Os rebeldes, que não participaram ativamente das conversas, pedem o fim dos ataques militares do governo sírio. Uma nova reunião — dessa vez com a presença dos rebeldes — deve ocorrer em fevereiro, em Genebra, com a mediação da ONU.
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Netanyahu: mais presença na Cisjordânia
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, aprovou a construção de mais 2.500 casas em assentamentos na Cisjordânia, território ocupado pelos palestinos. Com a decisão, o governo israelense ignora uma resolução de dezembro da ONU que afirma que os assentamentos são uma “violação” e prejudicam as negociações de paz. Na ocasião, a administração de Obama se absteve da votação, o que irritou Israel, que desejava que os americanos a vetassem. Analistas acreditam que a postura ofensiva de Netanyahu leva em consideração as mudanças na Casa Branca, uma vez que Trump é menos pró-Palestina do que o antecessor — o magnata vem discutindo, por exemplo, a mudança da embaixada americana de Tel-Aviv para Jerusalém, outra medida que irritaria os palestinos.
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O petróleo é dos iraquianos
Em resposta a uma fala de Trump no fim de semana — quando afirmou que os Estados Unidos deveriam ter tomado as reservas de petróleo do Iraque como reembolso pela invasão que retirou Saddam Hussein do poder em 2003 —, o primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, respondeu que “o petróleo do Iraque é constitucionalmente propriedade de todos os iraquianos”. Al-Abadi disse que “não está claro” o que Trump quis dizer, mas afirmou ter recebido garantias do presidente de que os Estados Unidos continuarão ajudando os iraquianos nas ofensivas contra o Estado Islâmico em Mossul.
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O rival de Merkel
O presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, será um dos oponentes de Angela Merkel na disputa pelo cargo de chanceler da Alemanha. Schulz vai representar o Partido Social Democrata, que, nos últimos anos, fez parte da coalizão que apoia o Partido Cristão-Democrata, de Merkel. A escolha por Schulz veio após o atual vice-chanceler e presidente dos sociais-democratas, Sigmar Gabriel, desistir da candidatura. As eleições ocorrerão em 24 de setembro, e outro oponente de Merkel será o partido ultraconservador Alternativa para Alemanha.
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Queda na Verizon
O faturamento da empresa de telecomunicações Verizon caiu 6% no último trimestre de 2016, fechando em 32,34 bilhões. A companhia acrescentou 591.000 novos clientes, quase 200.000 a menos do que o esperado. Embora seja líder em serviços sem fio nos Estados Unidos, a empresa vem sofrendo com a concorrência no setor. No ano passado, a Verizon anunciou a compra da empresa de serviços de internet Yahoo por 4,8 bilhões de dólares, e o Yahoo anunciou na segunda-feira que o acordo deverá ser concluído no segundo trimestre deste ano. Os resultados fizeram as ações da Verizon caírem 4,4% nesta terça-feira.
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Alta na Alibaba
A empresa de e-commerce Alibaba superou as expectativas ao anunciar um crescimento de 54% no faturamento no último trimestre de 2016. O montante chegou a 7,76 bilhões de dólares, colhendo os frutos dos recordes do Single’s Day, principal feriado chinês, quando, em 24 horas, a empresa vendeu 17,5 bilhões de dólares em produtos. Além do varejo, a Alibaba vem tentando diversificar os negócios e fortalecendo os serviços de entretenimento e de armazenamento em nuvem, mas o varejo ainda dá as cartas, tendo representado 87% do faturamento no trimestre. As ações subiram mais de 3% com o anúncio.