OIM pede 18,5 milhões de dólares para conter surto de mpox na África
Somente na República Democrática do Congo, são 15 mil casos suspeitos
Agência de Notícias
Publicado em 22 de agosto de 2024 às 08h14.
Última atualização em 22 de agosto de 2024 às 08h16.
A Organização Internacional para as Migrações (OIM) das Nações Unidas solicitou, nesta quarta-feira, US$ 18,5 milhões para investir na assistência médica na África oriental e meridional, e assim tentar conter o surto de mpox.
“Os fundos seriam destinados para serviços sanitários essenciais para migrantes, pessoas deslocadas internamente e comunidades de acolhimento em situação de risco de contágio na África oriental e na parte sul do continente”, afirmou o porta-voz do secretário-geral da ONU, Stéphen Dujarric, em entrevista coletiva em Nova York.
Anteriormente, a diretora-geral da OIM, Amy Pope, havia expressado em um comunicado sua “grande preocupação” com a situação.
“A OIM apelou a uma ação rápida para proteger os que estão em maior risco e mitigar o impacto do surto, especialmente nas passagens de fronteira”, acrescentou Pope.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), existem mais de 15 mil casos suspeitos de infecção somente na República Democrática do Congo, e outros foram confirmados em Burundi, Quênia, Uganda e África do Sul.
O número total de mortes por mpox equivale atualmente a 537 pessoas, segundo a OMS.
A doença tem afetado pessoas na África oriental há mais de uma década, mas foi a rápida propagação da nova variante que levou a OMS a declará-la uma emergência de saúde pública de preocupação internacional no último dia 14.
“A doença é transmitida de animais para humanos e se propaga através do contato próximo com pessoas ou animais infectados, através de gotículas respiratórias, sangue, fluidos corporais ou lesões”, lembra a OIM em seu comunicado.
Os sintomas incluem febre, erupção cutânea, dores de cabeça, dor de garganta, dores musculares e inflamação dos gânglios linfáticos.