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OEA se reúne em Lima com Nicarágua e guerra na Ucrânia na agenda

Também haverá debates sobre a migração venezuelana, além da situação de segurança no Haiti

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Preparativos no centro de convenções que recebe a 52ª Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) em Lima, em 3 de outubro de 2022 (AFP/AFP Photo)

Preparativos no centro de convenções que recebe a 52ª Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) em Lima, em 3 de outubro de 2022 (AFP/AFP Photo)

A
AFP

Publicado em 4 de outubro de 2022 às, 12h55.

A assembleia anual da OEA começa nesta quarta-feira, 5, em Lima com os olhos voltados para a Nicarágua e a guerra na Ucrânia, enquanto grupos ultraconservadores organizam protestos.

O chefe da diplomacia americana, Anthony Blinken, e seus colegas americanos debaterão vários projetos de resolução e de declaração, principalmente sobre a crise política e de direitos humanos na Nicarágua, além da situação de segurança no Haiti.

Também haverá debates sobre a migração venezuelana e a invasão russa à Ucrânia, que ameaça a segurança alimentar na América Latina.

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Em 25 de março, a Organização de Estados Americanos (OEA) pediu o fim de possíveis "crimes de guerra" na Ucrânia, em uma resolução apoiada por 28 dos 34 membros ativos do bloco regional, e em 21 de abril suspendeu a Rússia como observador permanente.

Outro tema que pode rondar os debates em Lima é o processo de eleição do novo presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), aberto na semana passada após a destituição do americano Mauricio Claver-Carone por questões éticas.

Sua designação em 2020, por impulso do então presidente americano Donald Trump, rompeu a tradição de que o BID deve ser dirigido por um latino-americano.

A OEA é o principal fórum político do continente e tem mais de 50% de seu orçamento anual financiado por Washington.

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Protesto conservador

A 52ª Assembleia Geral da OEA "é realizada em um momento difícil", disse à AFP Manuel Orozco, do Diálogo Interamericano, um centro de estudos em Washington.

"A situação nicaraguense é um grande desafio devido ao auto-isolamento do regime de Daniel Ortega, que evita respeitar os acordos internacionais, ser parte do sistema interamericano e administrar relações multilaterais ou bilaterais", afirmou.

Manágua, que em novembro de 2021 anunciou sua saída da OEA, recentemente expulsou a embaixadora da União Europeia, rompeu laços com a Holanda e rechaçou a chegada do novo embaixador dos Estados Unidos.

A OEA também deve examinar uma declaração sobre a situação dos direitos humanos na Venezuela, afirmou o encarregado da diplomacia dos EUA nas Américas, Brian Nichols.
Outros temas da agenda foram propostos pelo Peru, como a luta contra a discriminação, que agita Lima.

Na segunda-feira, um veículo estacionou em frente ao Parlamento exibindo um cartaz que dizia: "OEA: a mulher define a biologia, não a ideologia", uma crítica à abordagem dos direitos das minorias sexuais pela assembleia.

O parlamentar ultraconservador peruano Alejandro Muñante, do partido do novo prefeito de Lima, Rafael López Aliaga, convocou um protesto contra a "agenda progressista da OEA" na quinta-feira na capital.

O chanceler anfitrião, César Landa, que presidirá a reunião de três dias, disse que a pauta inclui ainda "a segurança alimentar e nutricional", ameaçada pela guerra na Ucrânia.

Em paralelo à assembleia da OEA, Blinken participará de uma reunião sobre migração, um grande problema para seu país na fronteira com o México.

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