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Observadores árabes iniciam missão na Síria em dia de protesto

Cerca de 70 mil pessoas foram às ruas da cidade de Homs para criticar o governo sírio

Segundo o OSDH, 11 tanques das forças de segurança foram retirados das ruas de em Homs
DR

Da Redação

Publicado em 27 de dezembro de 2011 às 16h06.

Damasco - Os observadores da Liga Árabe iniciaram sua missão na Síria nesta terça-feira ao chegar a Homs, reduto da revolta contra o regime e onde cerca de 70.000 pessoas protestavam após a morte de mais de 30 civis, assassinados na véspera pelas forças governamentais, segundo militantes.

Dezenas de milhares de pessoas protestaram nesta terça-feira no bairro de Jalidiyé, em Homs, para "denunciar os crimes do regime" do presidente Bashar al-Assad, anunciou o Observatório de Direitos Humanos (OSDH), que registrou outras manifestações nos bairros de Bab-Dreib e Jas al-Jandali.

Segundo a OSDH, com sede no Reino Unido, "mais de 70 mil manifestantes tentavam entrar na praça Al Saa, no centro da cdiade de Homs, quando os agentes de segurança fizeram uso de gases lacrimogêneos para dispersá-los".

As forças de ordem fizeram disparos em uma rua que leva à praça, deixando quatro feridos, um deles em estado grave, acrescentou o OSDH.

Quarenta e quatro civis foram mortos na segunda-feira por forças do governo, 34 delas na província de Homs.

Observadores da Liga Árabe se reuniram esta terça-feira com o governador de Homs, Ghassane Abdel Al, noticiou um canal de televisão particular, enquanto o exército decidiu se retirar parcialmente deste local de revolta contra o regime, segundo fontes da oposição.

"A delegação de observadores da Liga Árabe iniciou sua reunião com o governador de Homs, Ghasan Abdel Al", noticiou a emissora Dunia, ligada ao poder, acrescentando que a delegação também tinha previsto viajar a Hama (norte) e Idleb (noroeste), sem informar a data destas viagens.

Pouco depois deste anúncio, também na terça-feira, o OSDH informou que o exército sírio retirou tanques do bairro de Baba Amro, em Homs.


Onze tanques saíram de Baba Amro por volta das 07h00 (03h00), informou à AFP Rami Abdel Rahman, que lidera o OSDH.

Abdel Rahman disse ignorar se ainda restavam veículos de transporte de tropas neste bairro. Os últimos disparos foram ouvidos às 03h45 de Brasília, acrescentou, afirmando que os militantes opositores tinham dado estas informações da Síria.


Um gasoduto foi sabotado ao amanhecer desta terça-feira por um "grupo terrorista" na província de Homs no centro da Síria, noticiou a agência oficial Sana.

Cinquenta observadores da Liga Árabe chegaram na noite de segunda-feira à Síria para controlar a situação no local.

A missão faz parte de um plano da Liga Árabe para acabar com a crise e que prevê o fim da violência, a libertação de prisioneiros, a retirada do exército das cidades e a livre circulação no país de observadores e imprensa.

Segundo a ONU, mais de 5.000 pessoas morreram na repressão desde o início da revolta contra o regime de Bashar al-Assad, em meados de março.

As autoridades afirmam que a violência na Síria é provocada por grupos "terroristas armados", que buscam semear o caos no país, e que os confrontos já teriam deixado dois mil soldados mortos.

O CNS pediu na segunda-feira ao Conselho de Segurança da ONU que adote o plano da Liga Árabe para a Síria, afirmando que o grupo "não tem meios para aplicá-lo."

* Matéria atualizada às 17h09

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Damasco - Os observadores da Liga Árabe iniciaram sua missão na Síria nesta terça-feira ao chegar a Homs, reduto da revolta contra o regime e onde cerca de 70.000 pessoas protestavam após a morte de mais de 30 civis, assassinados na véspera pelas forças governamentais, segundo militantes.

Dezenas de milhares de pessoas protestaram nesta terça-feira no bairro de Jalidiyé, em Homs, para "denunciar os crimes do regime" do presidente Bashar al-Assad, anunciou o Observatório de Direitos Humanos (OSDH), que registrou outras manifestações nos bairros de Bab-Dreib e Jas al-Jandali.

Segundo a OSDH, com sede no Reino Unido, "mais de 70 mil manifestantes tentavam entrar na praça Al Saa, no centro da cdiade de Homs, quando os agentes de segurança fizeram uso de gases lacrimogêneos para dispersá-los".

As forças de ordem fizeram disparos em uma rua que leva à praça, deixando quatro feridos, um deles em estado grave, acrescentou o OSDH.

Quarenta e quatro civis foram mortos na segunda-feira por forças do governo, 34 delas na província de Homs.

Observadores da Liga Árabe se reuniram esta terça-feira com o governador de Homs, Ghassane Abdel Al, noticiou um canal de televisão particular, enquanto o exército decidiu se retirar parcialmente deste local de revolta contra o regime, segundo fontes da oposição.

"A delegação de observadores da Liga Árabe iniciou sua reunião com o governador de Homs, Ghasan Abdel Al", noticiou a emissora Dunia, ligada ao poder, acrescentando que a delegação também tinha previsto viajar a Hama (norte) e Idleb (noroeste), sem informar a data destas viagens.

Pouco depois deste anúncio, também na terça-feira, o OSDH informou que o exército sírio retirou tanques do bairro de Baba Amro, em Homs.


Onze tanques saíram de Baba Amro por volta das 07h00 (03h00), informou à AFP Rami Abdel Rahman, que lidera o OSDH.

Abdel Rahman disse ignorar se ainda restavam veículos de transporte de tropas neste bairro. Os últimos disparos foram ouvidos às 03h45 de Brasília, acrescentou, afirmando que os militantes opositores tinham dado estas informações da Síria.


Um gasoduto foi sabotado ao amanhecer desta terça-feira por um "grupo terrorista" na província de Homs no centro da Síria, noticiou a agência oficial Sana.

Cinquenta observadores da Liga Árabe chegaram na noite de segunda-feira à Síria para controlar a situação no local.

A missão faz parte de um plano da Liga Árabe para acabar com a crise e que prevê o fim da violência, a libertação de prisioneiros, a retirada do exército das cidades e a livre circulação no país de observadores e imprensa.

Segundo a ONU, mais de 5.000 pessoas morreram na repressão desde o início da revolta contra o regime de Bashar al-Assad, em meados de março.

As autoridades afirmam que a violência na Síria é provocada por grupos "terroristas armados", que buscam semear o caos no país, e que os confrontos já teriam deixado dois mil soldados mortos.

O CNS pediu na segunda-feira ao Conselho de Segurança da ONU que adote o plano da Liga Árabe para a Síria, afirmando que o grupo "não tem meios para aplicá-lo."

* Matéria atualizada às 17h09

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