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Obama viaja a Newtown dois dias depois do massacre em escola

Barack Obama "se reunirá com as famílias das vítimas e agradecerá aos serviços de emergência" por seu trabalho, informou o porta-voz da presidência, Jay Carney

Barack Obama não contém a emoção ao comentar o massacre, em 14 de dezembro, na sala de imprensa da Casa Branca (©afp.com / Mandel Ngan)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de dezembro de 2012 às 11h43.

Newtown - O presidente Barack Obama viajará neste domingo a Newtown (Connecticut), onde a polícia prossegue com a investigação para tentar compreender como e qual o motivo de um jovem de 20 anos ter matado 20 crianças com idades entre seis e sete anos, assim como seis adultos, na escola de Sandy Hook, um crime que traumatizou o país.

Dois dias depois do massacre, Barack Obama "se reunirá com as famílias das vítimas e agradecerá aos serviços de emergência" por seu trabalho, informou o porta-voz da presidência, Jay Carney, em um comunicado.

O presidente tomará a palavra durante uma cerimônia religiosa às 19H00 locais (22H00 de Brasília).

A polícia revelou no sábado a identidade das 26 vítimas da escola de Newtown, ao norte de Nova York.

Entre as vítimas há 12 meninas e oito meninos. Dezesseis crianças tinham seis anos e quatro tinham sete anos. O mais jovem, Noah Pozner, completara seis anos no dia 20 de novembro. O mais velho, Daniel Barden, havia completado sete anos em 25 de setembro. A maioria das crianças estava no primeiro ano, segundo as autoridades.

Seis mulheres adultas, funcionárias da escola, também morreram no massacre, incluindo a diretora, duas professoras e a psicóloga da escola.

O médico legista Wayne Carver afirmou que as crianças e as mulheres assassinadas por Adam Lanza, 20 anos, que depois cometeu suicídio, receberam vários disparos.


"De três a 11 nos sete corpos que examinei pessoalmente", disse em uma entrevista coletiva.

"Foi provavelmente a pior cena criminal que presenciei em 30 anos de carreira", completou.

Adam Lanza entrou à força na escola depois que a diretora fechou a porta após a entrada de todos os alunos. Tinha três armas que pertenciam a sua mãe, duas pistolas automáticas e um fuzil.

A investigação, que acontece tanto na escola como na casa do assassino, que morava com a mãe - morta antes do massacre - permitiu encontrar "ótimos elementos" que "esperamos permitam dar uma ideia completa de como e, sobretudo, porque tudo aconteceu", disse o porta-voz da polícia de Connecticut, Paul Vance.

No sábado várias cerimônias fúnebres foram celebradas na pequena cidade de 27.000 habitantes. Um memorial improvisado na escola recebeu balões brancos, cartas, bichos de pelúcia e flores.


A professora Victoria Soto, 27 anos, foi assassinada depois que escondeu os alunos em um armário. A diretora, Dawn Hochsprung, 47 anos, e a psicóloga, Mary Sherlach, 56 anos, foram atingidas pelos tiros quando corriam para proteger as crianças depois que ouviram o som das detonações, segundo a funcionária da escola Janet Robinson.

Mary Ann Jacob, funcionária da biblioteca, contou que se trancou com três adultos e 18 crianças em uma sala de computadores e instrumentos de desenho. Ela contou aos alunos que estavam em um exercício.

A aluna Lenie Urbina, 9 anos, contou aos pais que ouviu alguém dizer "mãos para o alto" e depois o som dos tiros.

A personalidade de Adam Lanza continua sendo um enigma. Ex-colegas de classe o descreveram como alguém tímido, solitário e muito inteligente.

O assassino não deu sinais de estar preparando um massacre. Alguns citaram a síndrome de Asperger, um transtorno de espectro autista, caracterizado pelas dificuldades para as relações sociais. Mas isto não foi confirmado.

De todas os massacres em universidades e escolas nos Estados Unidos, o número de vítimas deste episódio é superado apenas pelo massacre da Universidade Virginia Tech em 2007, quando 32 pessoas foram assassinadas.

No programa semanal de rádio, no sábado, o presidente Obama pediu solidariedade aos compatriotas com os familiares das vítimas e pediu "medidas decisivas" para evitar estas "tragédias".

O massacre provocou muitos pedidos para que Obama aborde o controle de armas, um tema sensível que evitou durante o primeiro mandato.

O uso de armas de fogo provoca 31.000 mortes nos Estados Unidos a cada ano, incluindo 18.000 suicídios. Mais de 300 milhões de armas de fogo estão em circulação.

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Dois dias depois do massacre, Barack Obama "se reunirá com as famílias das vítimas e agradecerá aos serviços de emergência" por seu trabalho, informou o porta-voz da presidência, Jay Carney, em um comunicado.

O presidente tomará a palavra durante uma cerimônia religiosa às 19H00 locais (22H00 de Brasília).

A polícia revelou no sábado a identidade das 26 vítimas da escola de Newtown, ao norte de Nova York.

Entre as vítimas há 12 meninas e oito meninos. Dezesseis crianças tinham seis anos e quatro tinham sete anos. O mais jovem, Noah Pozner, completara seis anos no dia 20 de novembro. O mais velho, Daniel Barden, havia completado sete anos em 25 de setembro. A maioria das crianças estava no primeiro ano, segundo as autoridades.

Seis mulheres adultas, funcionárias da escola, também morreram no massacre, incluindo a diretora, duas professoras e a psicóloga da escola.

O médico legista Wayne Carver afirmou que as crianças e as mulheres assassinadas por Adam Lanza, 20 anos, que depois cometeu suicídio, receberam vários disparos.


"De três a 11 nos sete corpos que examinei pessoalmente", disse em uma entrevista coletiva.

"Foi provavelmente a pior cena criminal que presenciei em 30 anos de carreira", completou.

Adam Lanza entrou à força na escola depois que a diretora fechou a porta após a entrada de todos os alunos. Tinha três armas que pertenciam a sua mãe, duas pistolas automáticas e um fuzil.

A investigação, que acontece tanto na escola como na casa do assassino, que morava com a mãe - morta antes do massacre - permitiu encontrar "ótimos elementos" que "esperamos permitam dar uma ideia completa de como e, sobretudo, porque tudo aconteceu", disse o porta-voz da polícia de Connecticut, Paul Vance.

No sábado várias cerimônias fúnebres foram celebradas na pequena cidade de 27.000 habitantes. Um memorial improvisado na escola recebeu balões brancos, cartas, bichos de pelúcia e flores.


A professora Victoria Soto, 27 anos, foi assassinada depois que escondeu os alunos em um armário. A diretora, Dawn Hochsprung, 47 anos, e a psicóloga, Mary Sherlach, 56 anos, foram atingidas pelos tiros quando corriam para proteger as crianças depois que ouviram o som das detonações, segundo a funcionária da escola Janet Robinson.

Mary Ann Jacob, funcionária da biblioteca, contou que se trancou com três adultos e 18 crianças em uma sala de computadores e instrumentos de desenho. Ela contou aos alunos que estavam em um exercício.

A aluna Lenie Urbina, 9 anos, contou aos pais que ouviu alguém dizer "mãos para o alto" e depois o som dos tiros.

A personalidade de Adam Lanza continua sendo um enigma. Ex-colegas de classe o descreveram como alguém tímido, solitário e muito inteligente.

O assassino não deu sinais de estar preparando um massacre. Alguns citaram a síndrome de Asperger, um transtorno de espectro autista, caracterizado pelas dificuldades para as relações sociais. Mas isto não foi confirmado.

De todas os massacres em universidades e escolas nos Estados Unidos, o número de vítimas deste episódio é superado apenas pelo massacre da Universidade Virginia Tech em 2007, quando 32 pessoas foram assassinadas.

No programa semanal de rádio, no sábado, o presidente Obama pediu solidariedade aos compatriotas com os familiares das vítimas e pediu "medidas decisivas" para evitar estas "tragédias".

O massacre provocou muitos pedidos para que Obama aborde o controle de armas, um tema sensível que evitou durante o primeiro mandato.

O uso de armas de fogo provoca 31.000 mortes nos Estados Unidos a cada ano, incluindo 18.000 suicídios. Mais de 300 milhões de armas de fogo estão em circulação.

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