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Obama vetará lei que tenta aumentar escrutínio sobre sírios

O presidente dos EUA vetará projeto que deve ser votado que propõe revisão de segurança adicionais antes de permitir a entrada de sírios

Barack Obama: "a legislação introduziria requerimentos desnecessários e impraticáveis que obstaculizariam de forma inaceitável nossos esforços para auxiliar às pessoas mais vulneráveis no mundo" (Jim Watson/AFP)
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Da Redação

Publicado em 18 de novembro de 2015 às 22h44.

Washington - O presidente dos Estados Unidos , Barack Obama , vetará um projeto de lei que deve ser votado amanhã na Câmara dos Representantes e que propõe revisões de segurança adicionais antes de permitir o acesso de refugiados sírios ao país, informou nesta quarta-feira a Casa Branca.

"A legislação introduziria requerimentos desnecessários e impraticáveis que obstaculizariam de forma inaceitável nossos esforços para auxiliar às pessoas mais vulneráveis no mundo, muitas das quais são vítimas do terrorismo", afirmou a Casa Branca em comunicado.

A oposição republicana, que controla a Câmara e o Senado, sustenta que deveria se fazer uma "pausa" no plano de Obama para receber durante o próximo ano 10.000 refugiados que escapam da guerra na Síria.

Os republicanos não aceitam a amparada de refugiados por causa das informações que asseguram que um dos terroristas implicados nos ataques de Paris, que deixaram 129 mortes e mais de 350 feridos, entrou na Europa como parte da onda de sírios que fogem de seu país.

O projeto de lei, proposto pelos congressistas republicanos Mike McCaul e Richard Hudson, bloquearia a entrada nos EUA de refugiados da Síria ou do Iraque a menos que o FBI, o Departamento de Segurança Nacional e o Diretor de Inteligência Nacional certifiquem o Congresso que essas pessoas não representam uma ameaça.

No entanto, a Casa Branca considera que o projeto legislativo "é insustentável e não apresentaria uma segurança adicional significativa para o povo americano, além de servir somente para criar atrasos e obstáculos significativos" para os refugiados.

Tudo indica que o projeto será aprovado na Câmara, embora os democratas possam impedir no Senado que termine na mesa do presidente, pendente de sua assinatura, de modo que este não tenha que impor finalmente seu poder de veto.

A Casa Branca divulgou o comunicado depois que Obama reiterou hoje que mantém seu plano de receber 10.000 refugiados sírios, apesar das reservas de 30 governadores - a maioria republicanos - a receber essas pessoas em seus estados após os recentes ataques terroristas em Paris.

"Aqui, nosso foco está em dar refúgio aos sírios mais vulneráveis: mulheres, crianças e sobreviventes de tortura", ressaltou o presidente americano em sua conta no Twitter.

"Dar as boas-vindas aos mais vulneráveis do mundo que buscam a segurança da América não é algo novo para nós. Recebemos de maneira segura três milhões de refugiados desde 1975", acrescentou Obama.

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Washington - O presidente dos Estados Unidos , Barack Obama , vetará um projeto de lei que deve ser votado amanhã na Câmara dos Representantes e que propõe revisões de segurança adicionais antes de permitir o acesso de refugiados sírios ao país, informou nesta quarta-feira a Casa Branca.

"A legislação introduziria requerimentos desnecessários e impraticáveis que obstaculizariam de forma inaceitável nossos esforços para auxiliar às pessoas mais vulneráveis no mundo, muitas das quais são vítimas do terrorismo", afirmou a Casa Branca em comunicado.

A oposição republicana, que controla a Câmara e o Senado, sustenta que deveria se fazer uma "pausa" no plano de Obama para receber durante o próximo ano 10.000 refugiados que escapam da guerra na Síria.

Os republicanos não aceitam a amparada de refugiados por causa das informações que asseguram que um dos terroristas implicados nos ataques de Paris, que deixaram 129 mortes e mais de 350 feridos, entrou na Europa como parte da onda de sírios que fogem de seu país.

O projeto de lei, proposto pelos congressistas republicanos Mike McCaul e Richard Hudson, bloquearia a entrada nos EUA de refugiados da Síria ou do Iraque a menos que o FBI, o Departamento de Segurança Nacional e o Diretor de Inteligência Nacional certifiquem o Congresso que essas pessoas não representam uma ameaça.

No entanto, a Casa Branca considera que o projeto legislativo "é insustentável e não apresentaria uma segurança adicional significativa para o povo americano, além de servir somente para criar atrasos e obstáculos significativos" para os refugiados.

Tudo indica que o projeto será aprovado na Câmara, embora os democratas possam impedir no Senado que termine na mesa do presidente, pendente de sua assinatura, de modo que este não tenha que impor finalmente seu poder de veto.

A Casa Branca divulgou o comunicado depois que Obama reiterou hoje que mantém seu plano de receber 10.000 refugiados sírios, apesar das reservas de 30 governadores - a maioria republicanos - a receber essas pessoas em seus estados após os recentes ataques terroristas em Paris.

"Aqui, nosso foco está em dar refúgio aos sírios mais vulneráveis: mulheres, crianças e sobreviventes de tortura", ressaltou o presidente americano em sua conta no Twitter.

"Dar as boas-vindas aos mais vulneráveis do mundo que buscam a segurança da América não é algo novo para nós. Recebemos de maneira segura três milhões de refugiados desde 1975", acrescentou Obama.

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