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Obama se reúne com rei saudita e avalia ajuda à Síria

Obama se esforçou para reafirmar à Arábia Saudita que os EUA não estão tomando uma posição suave demais na Síria e em outros conflitos no Oriente Médio

Barack Obama: a Arábia Saudita aprovaria decisão da parte de Obama de possibilitar entrada sistemas portáteis de defesa aérea na Síria (Mandel Ngan/AFP)
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Da Redação

Publicado em 28 de março de 2014 às 17h34.

Riad - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama , avalia permitir embarques de novos sistemas portáteis de defesa aérea para a oposição síria, disse uma fonte do governo norte-americano.

A mudança de posicionamento teria ocorrido com a reunião entre o líder dos EUA e o rei saudita Abdullah, na qual Obama se esforçou para reafirmar à Arábia Saudita que os EUA não estão tomando uma posição suave demais na Síria e em outros conflitos no Oriente Médio.

Importante aliado dos EUA, a Arábia Saudita aprovaria uma decisão da parte de Obama de possibilitar a entrada desse tipo de equipamento na Síria.

Autoridades sauditas ficaram consternadas quando Obama descartou no ano passado planos de lançar um ataque contra o governo do presidente sírio, Bashar Assad, e têm pressionado a Casa Branca sobre a questão. Os sauditas podem desempenhar um papel direto no envio dos sistemas, conhecidos como "manpads" aos rebeldes que combatem as forças de Assad.

Os manpads são lançadores de mísseis compactos com alcance e poder explosivo para atacar aviões e helicópteros voando baixo. Autoridades dos EUA estimam que o governo sírio tem milhares de equipamentos do tipo.

A indicação da mudança de posição de Obama ocorreu quando visitava o oásis do rei saudita Abdullah no deserto, perto da capital Riad, na conclusão de uma viagem a quatro países. O monarca acompanha com nervosismo as negociações de Washington com o Irã e outras políticas norte-americanas no Oriente Médio.

Durante o encontro de Obama com o rei, a tarefa do presidente dos EUA era reafirmar à Arábia Saudita que os EUA não estão abandonando interesses árabes, apesar da retirada de tropas do Iraque e do Afeganistão, da maior independência energética norte-americana e de discussão nuclear com o Irã.


O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, também participou da visita, o terceiro encontro oficial de Obama com o rei em seis anos. Eles ficaram reunidos por cerca de duas horas. Obama e seus assessores deixaram o complexo do monarca após o anoitecer.

Até fevereiro, o governo norte-americano insistia que Obama se opunha a qualquer envio de manpads para a oposição síria. Os EUA temiam que os armamentos pudessem cair nas mãos erradas e ser usados para derrubar um avião comercial.

Entre os motivos de uma possível mudança de pensamento de Obama, está um maior entendimento dos EUA sobre a composição dos rebeldes sírios, conforme um representante do governo norte-americano, que falou sob condição de anonimato por não estar autorizado a discutir o assunto com a mídia.

Ainda assim, acrescentou o oficial, Obama continua preocupado com um aumento de poder de fogo na Síria, país dividido pela guerra civil há mais de três anos. Apesar das discussões de hoje, a expectativa é de que uma eventual decisão sobre o assunto não será anunciada ainda durante a visita à Arábia Saudita. Fonte: Associated Press.

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Riad - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama , avalia permitir embarques de novos sistemas portáteis de defesa aérea para a oposição síria, disse uma fonte do governo norte-americano.

A mudança de posicionamento teria ocorrido com a reunião entre o líder dos EUA e o rei saudita Abdullah, na qual Obama se esforçou para reafirmar à Arábia Saudita que os EUA não estão tomando uma posição suave demais na Síria e em outros conflitos no Oriente Médio.

Importante aliado dos EUA, a Arábia Saudita aprovaria uma decisão da parte de Obama de possibilitar a entrada desse tipo de equipamento na Síria.

Autoridades sauditas ficaram consternadas quando Obama descartou no ano passado planos de lançar um ataque contra o governo do presidente sírio, Bashar Assad, e têm pressionado a Casa Branca sobre a questão. Os sauditas podem desempenhar um papel direto no envio dos sistemas, conhecidos como "manpads" aos rebeldes que combatem as forças de Assad.

Os manpads são lançadores de mísseis compactos com alcance e poder explosivo para atacar aviões e helicópteros voando baixo. Autoridades dos EUA estimam que o governo sírio tem milhares de equipamentos do tipo.

A indicação da mudança de posição de Obama ocorreu quando visitava o oásis do rei saudita Abdullah no deserto, perto da capital Riad, na conclusão de uma viagem a quatro países. O monarca acompanha com nervosismo as negociações de Washington com o Irã e outras políticas norte-americanas no Oriente Médio.

Durante o encontro de Obama com o rei, a tarefa do presidente dos EUA era reafirmar à Arábia Saudita que os EUA não estão abandonando interesses árabes, apesar da retirada de tropas do Iraque e do Afeganistão, da maior independência energética norte-americana e de discussão nuclear com o Irã.


O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, também participou da visita, o terceiro encontro oficial de Obama com o rei em seis anos. Eles ficaram reunidos por cerca de duas horas. Obama e seus assessores deixaram o complexo do monarca após o anoitecer.

Até fevereiro, o governo norte-americano insistia que Obama se opunha a qualquer envio de manpads para a oposição síria. Os EUA temiam que os armamentos pudessem cair nas mãos erradas e ser usados para derrubar um avião comercial.

Entre os motivos de uma possível mudança de pensamento de Obama, está um maior entendimento dos EUA sobre a composição dos rebeldes sírios, conforme um representante do governo norte-americano, que falou sob condição de anonimato por não estar autorizado a discutir o assunto com a mídia.

Ainda assim, acrescentou o oficial, Obama continua preocupado com um aumento de poder de fogo na Síria, país dividido pela guerra civil há mais de três anos. Apesar das discussões de hoje, a expectativa é de que uma eventual decisão sobre o assunto não será anunciada ainda durante a visita à Arábia Saudita. Fonte: Associated Press.

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