Obama quer ir a Cuba em 2016 reunião com dissidentes
Obama insistiu que está "muito interessado" em visitar Cuba e detalhou que tomará uma decisão a respeito "nos próximos meses"
Da Redação
Publicado em 14 de dezembro de 2015 às 13h18.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama , espera poder visitar Cuba em 2016, seu último ano de mandato, mas afirmou que só fará essa viagem se forem dadas as condições para se reunir com dissidentes na ilha, durante uma entrevista ao Yahoo! divulgada nesta segunda-feira.
"Se for visitar (Cuba), parte do trato é que vou poder falar com todo mundo", explicou Obama na entrevista, realizada às vésperas do primeiro aniversário do anúncio do início do processo para normalizar as relações bilaterais entre os dois países.
"Deixei muito claro em minhas conversas, diretamente com o presidente (Raúl) Castro, que continuaríamos a contatar aqueles que querem ampliar o alcance da liberdade de expressão dentro de Cuba", afirmou.
Obama insistiu que está "muito interessado" em visitar Cuba e detalhou que tomará uma decisão a respeito "nos próximos meses".
"Se, de fato, e posso dizer com confiança, estamos vendo progressos na liberdade e possibilidades para os cubanos, eu gostaria de usar uma visita como uma forma de enfatizar esse progresso", indicou o presidente.
Mas "se estamos andando para trás, não há motivos para que eu esteja ali. Não estou interessado em validar o status quo", argumentou.
Obama e Raúl Castro anunciaram em 17 de dezembro o início de um processo de normalização das relações bilaterais que desembocou, em julho, na abertura das embaixadas em Havana e em Washington após mais de 50 anos de rompimento.
Na semana passada, os dois países deram mais um passo rumo à normalização completa com o anúncio de um acordo para restabelecer o serviço postal direto através de um plano piloto de transporte de correio.
Também estão sendo negociados acordos para estabelecer voos comerciais regulares entre EUA e Cuba e, no final de novembro, representantes dos dois governos tiveram em Washington uma reunião centrada na migração e outra sobre o combate ao narcotráfico.
No meio da crise dos milhares de cubanos que estão parados na América Central, Cuba está cobrando dos Estados Unidos que ponha fim à lei de Ajuste Cubano, vigente desde 1966 e que, junto com a política de "pés secos/pés molhados", privilegia os cubanos que alcançam chegar a território americano.
No entanto, os EUA se recusam a fazer mudanças nessa política, mesmo depois do restabelecimento de relações com Cuba.
Outro dos temas que continua a ser um obstáculo à normalização plena é o embargo econômico sobre Cuba, cujo levantamento completo depende do Congresso americano, embora Obama já tenha tomado medidas executivas para flexibilizar as viagens e algumas transações comerciais com a ilha.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama , espera poder visitar Cuba em 2016, seu último ano de mandato, mas afirmou que só fará essa viagem se forem dadas as condições para se reunir com dissidentes na ilha, durante uma entrevista ao Yahoo! divulgada nesta segunda-feira.
"Se for visitar (Cuba), parte do trato é que vou poder falar com todo mundo", explicou Obama na entrevista, realizada às vésperas do primeiro aniversário do anúncio do início do processo para normalizar as relações bilaterais entre os dois países.
"Deixei muito claro em minhas conversas, diretamente com o presidente (Raúl) Castro, que continuaríamos a contatar aqueles que querem ampliar o alcance da liberdade de expressão dentro de Cuba", afirmou.
Obama insistiu que está "muito interessado" em visitar Cuba e detalhou que tomará uma decisão a respeito "nos próximos meses".
"Se, de fato, e posso dizer com confiança, estamos vendo progressos na liberdade e possibilidades para os cubanos, eu gostaria de usar uma visita como uma forma de enfatizar esse progresso", indicou o presidente.
Mas "se estamos andando para trás, não há motivos para que eu esteja ali. Não estou interessado em validar o status quo", argumentou.
Obama e Raúl Castro anunciaram em 17 de dezembro o início de um processo de normalização das relações bilaterais que desembocou, em julho, na abertura das embaixadas em Havana e em Washington após mais de 50 anos de rompimento.
Na semana passada, os dois países deram mais um passo rumo à normalização completa com o anúncio de um acordo para restabelecer o serviço postal direto através de um plano piloto de transporte de correio.
Também estão sendo negociados acordos para estabelecer voos comerciais regulares entre EUA e Cuba e, no final de novembro, representantes dos dois governos tiveram em Washington uma reunião centrada na migração e outra sobre o combate ao narcotráfico.
No meio da crise dos milhares de cubanos que estão parados na América Central, Cuba está cobrando dos Estados Unidos que ponha fim à lei de Ajuste Cubano, vigente desde 1966 e que, junto com a política de "pés secos/pés molhados", privilegia os cubanos que alcançam chegar a território americano.
No entanto, os EUA se recusam a fazer mudanças nessa política, mesmo depois do restabelecimento de relações com Cuba.
Outro dos temas que continua a ser um obstáculo à normalização plena é o embargo econômico sobre Cuba, cujo levantamento completo depende do Congresso americano, embora Obama já tenha tomado medidas executivas para flexibilizar as viagens e algumas transações comerciais com a ilha.