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Obama pede que republicanos e democratas preservem solvência

Adversários políticos são contrários às propostas de Obama, porque envolvem aumentos na arrecadação de impostos

Barack Obama: republicanos querem saber como elevar teto da dívida reduzindo o déficit (Brendan Smialowski/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 11 de julho de 2011 às 18h45.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, desafiou nesta segunda-feira republicanos e democratas a pagarem o preço político por um acordo que impeça que o país suspenda em breve os pagamentos de suas dívidas e inicie a redução de seus deficit fiscais.

"Os Estados Unidos sempre pagaram suas dívidas, e não deixarão de pagá-las", prometeu Obama em entrevista coletiva na qual assegurou que será fechado um acordo que aumente o empréstimo nacional antes que o país ultrapasse seu limite atual fixado em US$ 14,29 trilhões.

Por sua vez, o presidente da Câmara de Representantes, o republicano John Boehner, disse pouco antes do início de outra reunião com Obama na Casa Branca que as propostas feitas pelo governante seguem sendo "inaceitáveis, porque incluem aumentos de impostos".

Boehner concordou com Obama que é necessário aumentar o limite de empréstimo autorizado pelo Congresso, mas sustentou que isso deve refletir "um entendimento bipartidário sobre a necessidade de reduzir a despesa do Governo".

Obama disse que está "pronto para aguentar muitas críticas" de seu próprio Partido Democrata, e acrescentou que espera que "os republicanos também estejam dispostos, se é que realmente querem o que dizem que querem".

Os EUA são um dos poucos países onde o nível de endividamento nacional requer a aprovação do Legislativo. Tradicionalmente, o Congresso revisou com tempo o teto da dívida, mas neste ano pré-eleitoral e de baixo crescimento econômico, a questão se transformou em refém das lutas partidárias.


O que está em disputa é quais mecanismos adotará o governo para reduzir seu déficit, que neste ano chegará a cerca de US$ 1,2 trilhão. De acordo com suas posições tradicionais, os republicanos querem mais cortes nas despesas sem que haja mais impostos, e os democratas querem preservar os programas sociais e cobrar mais impostos aos ricos.

Mas esta controvérsia anual se combinou agora com a proximidade do limite do endividamento, que será atingido em 2 de agosto. A possibilidade de ver a primeira economia do mundo em moratória, mesmo que por poucos dias ou semanas, é inimaginável em todos os círculos financeiros.

Os republicanos, com apoio do movimento Tea Party, que forma sua ala mais militante na Câmara de Representantes, se opõem a aprovar um aumento do empréstimo autorizado, se não conseguirem o que querem em cortes do gasto público.

Como lembrou hoje Obama, os EUA nunca deixaram de pagar suas dívidas, e por enquanto, embora restem apenas três semanas para que vença o prazo, os mercados financeiros não mostram muita apreensão por uma eventual moratória, mas o tempo joga contra.

A respeito do limite de endividamento, o presidente americano afirmou que não aceitará acordos provisórios que adiem o prazo por 30, 90 ou 180 dias, e sustentou: "seria irresponsável que sigamos postergando o aumento".

"Temos um imperativo moral de lidar com a dívida e com o déficit, e escutamos isso várias vezes dos republicanos", disse Obama.

"Se não for agora, quando?", questionou-se várias vezes o presidente americano, pensando que dentro de seis meses começará a campanha para as eleições presidenciais e gerais de 2012.

"Um acordo requereria que tanto democratas como republicanos cedam um pouco no que foram seus princípios intocáveis, desde os impostos aos programas sociais", explicou Obama.

"Mas o que eu não posso aceitar e não aceitarei é um acordo no qual cedamos tudo e não obtenhamos nada", acrescentou.

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Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, desafiou nesta segunda-feira republicanos e democratas a pagarem o preço político por um acordo que impeça que o país suspenda em breve os pagamentos de suas dívidas e inicie a redução de seus deficit fiscais.

"Os Estados Unidos sempre pagaram suas dívidas, e não deixarão de pagá-las", prometeu Obama em entrevista coletiva na qual assegurou que será fechado um acordo que aumente o empréstimo nacional antes que o país ultrapasse seu limite atual fixado em US$ 14,29 trilhões.

Por sua vez, o presidente da Câmara de Representantes, o republicano John Boehner, disse pouco antes do início de outra reunião com Obama na Casa Branca que as propostas feitas pelo governante seguem sendo "inaceitáveis, porque incluem aumentos de impostos".

Boehner concordou com Obama que é necessário aumentar o limite de empréstimo autorizado pelo Congresso, mas sustentou que isso deve refletir "um entendimento bipartidário sobre a necessidade de reduzir a despesa do Governo".

Obama disse que está "pronto para aguentar muitas críticas" de seu próprio Partido Democrata, e acrescentou que espera que "os republicanos também estejam dispostos, se é que realmente querem o que dizem que querem".

Os EUA são um dos poucos países onde o nível de endividamento nacional requer a aprovação do Legislativo. Tradicionalmente, o Congresso revisou com tempo o teto da dívida, mas neste ano pré-eleitoral e de baixo crescimento econômico, a questão se transformou em refém das lutas partidárias.


O que está em disputa é quais mecanismos adotará o governo para reduzir seu déficit, que neste ano chegará a cerca de US$ 1,2 trilhão. De acordo com suas posições tradicionais, os republicanos querem mais cortes nas despesas sem que haja mais impostos, e os democratas querem preservar os programas sociais e cobrar mais impostos aos ricos.

Mas esta controvérsia anual se combinou agora com a proximidade do limite do endividamento, que será atingido em 2 de agosto. A possibilidade de ver a primeira economia do mundo em moratória, mesmo que por poucos dias ou semanas, é inimaginável em todos os círculos financeiros.

Os republicanos, com apoio do movimento Tea Party, que forma sua ala mais militante na Câmara de Representantes, se opõem a aprovar um aumento do empréstimo autorizado, se não conseguirem o que querem em cortes do gasto público.

Como lembrou hoje Obama, os EUA nunca deixaram de pagar suas dívidas, e por enquanto, embora restem apenas três semanas para que vença o prazo, os mercados financeiros não mostram muita apreensão por uma eventual moratória, mas o tempo joga contra.

A respeito do limite de endividamento, o presidente americano afirmou que não aceitará acordos provisórios que adiem o prazo por 30, 90 ou 180 dias, e sustentou: "seria irresponsável que sigamos postergando o aumento".

"Temos um imperativo moral de lidar com a dívida e com o déficit, e escutamos isso várias vezes dos republicanos", disse Obama.

"Se não for agora, quando?", questionou-se várias vezes o presidente americano, pensando que dentro de seis meses começará a campanha para as eleições presidenciais e gerais de 2012.

"Um acordo requereria que tanto democratas como republicanos cedam um pouco no que foram seus princípios intocáveis, desde os impostos aos programas sociais", explicou Obama.

"Mas o que eu não posso aceitar e não aceitarei é um acordo no qual cedamos tudo e não obtenhamos nada", acrescentou.

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