Obama pede apoio para reduzir estrutura do governo
Presidente dos EUA quer autoridade para diminuir agências federais, uma medida destinada à redução do déficit público, mas também para ganhar pontos eleitorais
Da Redação
Publicado em 13 de janeiro de 2012 às 18h10.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama , desafiou a oposição republicana nesta sexta-feira com um pedido para que o Congresso lhe restitua a autoridade necessária com o objetivo de diminuir várias agências federais, uma medida destinada à redução do déficit público, mas também para ganhar pontos eleitorais.
'Fazer com que nosso governo seja mais ágil, estratégico e receptivo não deveria ser um tema partidário', afirmou Obama em discurso na Casa Branca.
Ele classificou a burocracia do governo federal como 'redundante e ineficiente'. 'Nenhum empresário permitiria este tipo de redundâncias ou complexidades desnecessárias em suas operações'.
Ao criticar a estrutura do governo, Obama citou aquele que considera seu 'exemplo preferido' de absurdo burocrático: enquanto o Departamento de Comércio se encarrega do salmão de água salgada, o de Interior se ocupa do salmão de água doce - tudo por uma decisão do ex-presidente Richard Nixon, que quis retirar competências de um alto funcionário que o criticava pela Guerra do Vietnã.
'O governo que temos não é o que precisamos. Vivemos em uma economia do século XXI, e ainda temos um governo organizado para o século XX', destacou o presidente.
Obama lembrou que a autoridade que está solicitando ao Legislativo esteve vigente durante mais de meio século nos EUA até ser suprimida pela Administração de Ronald Reagan em 1984, permitiria economizar US$ 3 bilhões na próxima década.
O presidente americano prometeu que só utilizará esta autoridade para reformas governamentais que tenham como resultado 'maior eficiência e melhor serviço'.
Ele já anunciou a fusão e reorganização das seis agências federais que se encarregam dos negócios e do comércio dos Estados Unidos, com o objetivo de facilitar a tarefa aos empresários e investidores.
Com seu pedido, Obama volta à batalha com o Congresso, acusando-o de não cumprir sua função por seus contínuos bloqueios a suas propostas. Dessa vez, ele oferece ao Congresso uma medida que concorda com as reivindicações dos republicanos, que controlam a Câmara de Representantes (câmara baixa) e acusam o presidente de aumentar as dimensões do governo federal sem justificativa.
No entanto, os republicanos já reagiram, contestando o plano de simplificação do governo federal. 'Após ter presidido uma das maiores expansões do governo na história (...), é interessante ver como o presidente finalmente reconhece que Washington está fora de controle', afirmou em comunicado Don Stewart, porta-voz do líder da minoria republicana no Senado, Mitch McConnell.
Darrell Issa, congressista pela Califórnia e presidente do Comitê da Câmara para a Supervisão e Reforma do Governo, se mostrou mais receptivo e afirmou que espera que o anúncio 'represente o início de um sincero e dedicado esforço para aplicar reformas significativas'.
Há meses, republicanos e democratas se enfrentam no Congresso sobre como reduzir o avultado déficit dos EUA, e se mostraram incapazes de conseguir um acordo.
Enquanto os republicanos rejeitam frontalmente qualquer proposta que inclua uma alta dos impostos, os democratas consideram impossível obter um significativo corte de gastos públicos que não seja acompanhado de 'sacrifícios compartilhados' por parte dos que mais ganham.
A luta entre os dois partidos levou a agência de classificação de risco Standard & Poor's a rebaixar pela primeira vez na história a nota de crédito dos EUA em agosto do ano passado, diante da incerteza sobre as contas fiscais do país.
Ante este bloqueio, Obama lançou no final do ano passado uma campanha sob o lema 'We can't wait' (Não podemos esperar), fazendo uso de seus poderes executivos de forma unilateral para aprovar medidas de estímulo da economia que não tenham de passar previamente pelo Congresso.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama , desafiou a oposição republicana nesta sexta-feira com um pedido para que o Congresso lhe restitua a autoridade necessária com o objetivo de diminuir várias agências federais, uma medida destinada à redução do déficit público, mas também para ganhar pontos eleitorais.
'Fazer com que nosso governo seja mais ágil, estratégico e receptivo não deveria ser um tema partidário', afirmou Obama em discurso na Casa Branca.
Ele classificou a burocracia do governo federal como 'redundante e ineficiente'. 'Nenhum empresário permitiria este tipo de redundâncias ou complexidades desnecessárias em suas operações'.
Ao criticar a estrutura do governo, Obama citou aquele que considera seu 'exemplo preferido' de absurdo burocrático: enquanto o Departamento de Comércio se encarrega do salmão de água salgada, o de Interior se ocupa do salmão de água doce - tudo por uma decisão do ex-presidente Richard Nixon, que quis retirar competências de um alto funcionário que o criticava pela Guerra do Vietnã.
'O governo que temos não é o que precisamos. Vivemos em uma economia do século XXI, e ainda temos um governo organizado para o século XX', destacou o presidente.
Obama lembrou que a autoridade que está solicitando ao Legislativo esteve vigente durante mais de meio século nos EUA até ser suprimida pela Administração de Ronald Reagan em 1984, permitiria economizar US$ 3 bilhões na próxima década.
O presidente americano prometeu que só utilizará esta autoridade para reformas governamentais que tenham como resultado 'maior eficiência e melhor serviço'.
Ele já anunciou a fusão e reorganização das seis agências federais que se encarregam dos negócios e do comércio dos Estados Unidos, com o objetivo de facilitar a tarefa aos empresários e investidores.
Com seu pedido, Obama volta à batalha com o Congresso, acusando-o de não cumprir sua função por seus contínuos bloqueios a suas propostas. Dessa vez, ele oferece ao Congresso uma medida que concorda com as reivindicações dos republicanos, que controlam a Câmara de Representantes (câmara baixa) e acusam o presidente de aumentar as dimensões do governo federal sem justificativa.
No entanto, os republicanos já reagiram, contestando o plano de simplificação do governo federal. 'Após ter presidido uma das maiores expansões do governo na história (...), é interessante ver como o presidente finalmente reconhece que Washington está fora de controle', afirmou em comunicado Don Stewart, porta-voz do líder da minoria republicana no Senado, Mitch McConnell.
Darrell Issa, congressista pela Califórnia e presidente do Comitê da Câmara para a Supervisão e Reforma do Governo, se mostrou mais receptivo e afirmou que espera que o anúncio 'represente o início de um sincero e dedicado esforço para aplicar reformas significativas'.
Há meses, republicanos e democratas se enfrentam no Congresso sobre como reduzir o avultado déficit dos EUA, e se mostraram incapazes de conseguir um acordo.
Enquanto os republicanos rejeitam frontalmente qualquer proposta que inclua uma alta dos impostos, os democratas consideram impossível obter um significativo corte de gastos públicos que não seja acompanhado de 'sacrifícios compartilhados' por parte dos que mais ganham.
A luta entre os dois partidos levou a agência de classificação de risco Standard & Poor's a rebaixar pela primeira vez na história a nota de crédito dos EUA em agosto do ano passado, diante da incerteza sobre as contas fiscais do país.
Ante este bloqueio, Obama lançou no final do ano passado uma campanha sob o lema 'We can't wait' (Não podemos esperar), fazendo uso de seus poderes executivos de forma unilateral para aprovar medidas de estímulo da economia que não tenham de passar previamente pelo Congresso.