Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fará nesta sexta-feira um discurso em Chicago para destacar o progresso econômico conseguido durante seus quase seis anos de mandato e dar assim impulso a seu partido, o democrata, a apenas um mês das eleições legislativas.
"Seis anos após a Grande Recessão, graças ao trabalho duro do povo americano e às políticas que o presidente promoveu, nossa economia se recuperou e mais rápido que a de nenhuma outra nação", ressaltou em comunicado o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest.
Obama falará hoje desse "progresso" em discurso na Northwestern University de Chicago, mas destacará também que ainda há "muitos" americanos que não estão se beneficiando o suficiente da recuperação econômica, segundo Earnest.
O porta-voz detalhou que o presidente irá expor as medidas "de bom senso" que devem ser adotadas para aumentar os salários dos trabalhadores, continuar criando empregos e fazer com que a economia cresça.
Obama procura com este pronunciamento voltar a centrar a atenção pública na economia, após várias semanas marcadas pelo protagonismo da campanha de ataques aéreos contra o Estado Islâmico (EI) no Iraque e Síria.
Além disso, o presidente espera que seu legado em matéria econômica ajude a dar um impulso aos democratas na reta final da campanha para as eleições legislativas de 4 de novembro, quando será renovado um terço do Senado e toda a Câmara dos Representantes. Os democratas têm muito poucas opções de recuperar o controle da Câmara baixa (dos deputados), agora nas mãos republicanas, mas também temem perder sua maioria no Senado nesse pleito.
Obama chegou ontem à noite a Chicago, onde jantou com alguns amigos e assessores. Hoje, antes de seu discurso, participará de um ato de campanha fechado à imprensa em apoio ao governador do estado de Illinois, o democrata Pat Quinn.
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1. O fim dos Estados Unidos como o conhecemos?
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1/10 (Getty Images)
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2. Cidadania americana
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2/10 (Ali al-Saadi/AFP)
Em 2013, 2999 cidadãos americanos renunciaram a sua cidadania, o maior número da história e um aumento de 753% em relação a 1998
Entre 2012 e 2013, o salto foi gigantesco: de 932 para 2999. Fonte:
Treasury Department/PolicyMic
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3. Mais idas que vindas
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3/10 (Getty Images)
Em 2012, 8 países receberam mais americanos que mandaram seus cidadãos para os EUA, entre eles Brasil, China, Austrália e Chile.
Em 2011, esse “déficit” só tinha ocorrido com 4 países. Fonte:
UniGroup Relocation/Business Insider
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4. Sem religião
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4/10 (REUTERS/Lucas Jackson)
Em 1990, 7,7% diziam não ter nenhuma afiliação religiosa. Em 2012, essa porcentagem chegou a 19,7%. Entre jovens de 18 a 24 anos, 1 entre 3 se diz sem religião. Entre os que se dizem liberais, essa porcentagem chega a 40%. Em 1972, apenas
1 entre 20 não tinha religião. Em 2013,
1 entre 5. Fonte:
General Social Survey
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5. O melhor país do mundo
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5/10 (AFP)
50% dos americanos de 65 anos ou mais acreditam que nenhum país é melhor que os EUA.
Entre os jovens de 18 a 29 anos, essa porcentagem cai para 27%. 12% deles acreditam que há outras nações melhores. Fonte:
Pew Research Center (2011)
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6. Orgulho da América
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6/10 (Stock.xchng)
2 entre 3 idosos nos EUA dizem ter “extremos orgulho da América”. Apenas 2 entre 5 jovens dizem o mesmo. Americanos acima de 50 anos são mais propensos que os europeus (superando-os em 15 pontos percentuais) a falar que “a cultura americana” é superior. Entre os jovens americanos, é ao contrário: são menos propensos que os europeus em afirmar isso. Fonte:
Public Religion Research Institute
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7. Determinismo americano
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7/10 (Jewel Samad/AFP)
Os americanos sempre alimentaram a noção de que, não importando o meio, você poderia vencer e ser rico. Os jovens não pensam assim: eles são mais propensos que os adultos (14 pontos mais) a dizer que, nos EUA, a riqueza se deve mais ao “berço e aos contatos certos” que “ao trabalho, ambição e educação”. Fonte:
Pew Research
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8. Capitalismo x Socialismo
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8/10 (Joe Raedle/Getty Images)
Os adultos dizem preferir o capitalismo ao socialismo com uma vantagem de 27 pontos percentuais. Já os jovens por pouco não preferiram o socialismo em sua maioria. Em 2003, os americanos concordavam mais com a afirmação “o livre-mercado é o melhor sistema” que italianos, alemães ou britânicos. Em 2010,
a situação se inverteu. Fonte: Pew Research e GlobeScan
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9. Senhores das armas
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9/10 (Chung Sung-Jun/Getty Images)
Os adultos americanos acreditam muito mais que os adultos britânicos que o seu país não precisa de aprovação da ONU para ir à guerra (29 pontos percentuais acima). Entre os jovens essa diferença é de apenas 8 pontos percentuais. Jovens americanos
concordam mais com a afirmação "os EUA devem levar os interesses de seus aliados em conta, mesmo que isso comprometa o interesse americano" que os americanos mais velhos (23 pontos percentuais acima). Eles também são muito mais favoráveis à ONU que os mais velhos (24 pontos percentuais acima).
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10. Entenda mais sobre as mudanças nos EUA
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10/10 (Alex Wong/Getty Images)