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Obama e Raúl Castro falaram por telefone sobre relações

Funcionários do governo americano afirmaram que decisão de Obama representará mudança mais significativa na política americana para com Cuba em mais de 50 anos

Obama: ele e Raúl Castro dialogaram durante aproximadamente uma hora, dizem funcionários (Doug Mills/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 17 de dezembro de 2014 às 14h59.

Washington - Os presidentes de Estados Unidos e Cuba , Barack Obama e Raúl Castro, conversaram na segunda-feira por telefone para fechar o acordo pelo qual os dois países se comprometeram a iniciar um diálogo para restabelecer suas relações diplomáticas, disseram hoje funcionários de alto gabarito da Casa Branca.

Em uma conferência por telefone, os funcionários disseram que Obama e Raúl Castro dialogaram durante aproximadamente uma hora.

Este foi o primeiro contato entre os líderes dos dois países em mais de meio século.

Os funcionários revelaram também que as conversas secretas entre as delegações governamentais dos dois países para debater a normalização das relações começaram há meses e que o Canadá sediou a maioria das reuniões.

O ex-presidente cubano Fidel Castro "não participou das discussões" de forma direta, mas autorizou sua equipe a negociar.

O Vaticano também facilitou os contatos, recebendo delegações dos dois países, e o papa Francisco se envolveu pessoalmente nas negociações com o envio de cartas a Obama e a Raúl Castro, nas quais defendia a libertação do americano Alan Gross e dos três espiões cubanos presos nos EUA

Graças a esse processo, os dois países se comprometeram a iniciar um diálogo sobre o restabelecimento de suas relações diplomáticas que incluirá a abertura, dentro de alguns meses, de embaixadas em Havana e Washington.

Funcionários do governo americano afirmaram que a decisão de Obama representará a mudança mais significativa na política americana para com Cuba "em mais de 50 anos", pois o presidente dos Estados Unidos acredita que as medidas de aproximação com Cuba são "uma ferramenta melhor que o isolamento" ao qual a ilha foi submetida nas últimas décadas.

As medidas incluem a flexibilização das restrições às viagens e o comércio entre EUA e Cuba, assim como das remessas que os cubanos recebem a partir do território americano, segundo as fontes.

Os EUA decretaram em 1961 um embargo econômico unilateral sobre Cuba que se mantém até hoje e cuja suspensão depende da aprovação do Congresso americano, algo improvável neste momento.

Além disso, Obama pediu a seu secretário de Estado, John Kerry, que revise a inclusão de Cuba na lista de países que os Estados Unidos consideram patrocinadores do terrorismo.

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Washington - Os presidentes de Estados Unidos e Cuba , Barack Obama e Raúl Castro, conversaram na segunda-feira por telefone para fechar o acordo pelo qual os dois países se comprometeram a iniciar um diálogo para restabelecer suas relações diplomáticas, disseram hoje funcionários de alto gabarito da Casa Branca.

Em uma conferência por telefone, os funcionários disseram que Obama e Raúl Castro dialogaram durante aproximadamente uma hora.

Este foi o primeiro contato entre os líderes dos dois países em mais de meio século.

Os funcionários revelaram também que as conversas secretas entre as delegações governamentais dos dois países para debater a normalização das relações começaram há meses e que o Canadá sediou a maioria das reuniões.

O ex-presidente cubano Fidel Castro "não participou das discussões" de forma direta, mas autorizou sua equipe a negociar.

O Vaticano também facilitou os contatos, recebendo delegações dos dois países, e o papa Francisco se envolveu pessoalmente nas negociações com o envio de cartas a Obama e a Raúl Castro, nas quais defendia a libertação do americano Alan Gross e dos três espiões cubanos presos nos EUA

Graças a esse processo, os dois países se comprometeram a iniciar um diálogo sobre o restabelecimento de suas relações diplomáticas que incluirá a abertura, dentro de alguns meses, de embaixadas em Havana e Washington.

Funcionários do governo americano afirmaram que a decisão de Obama representará a mudança mais significativa na política americana para com Cuba "em mais de 50 anos", pois o presidente dos Estados Unidos acredita que as medidas de aproximação com Cuba são "uma ferramenta melhor que o isolamento" ao qual a ilha foi submetida nas últimas décadas.

As medidas incluem a flexibilização das restrições às viagens e o comércio entre EUA e Cuba, assim como das remessas que os cubanos recebem a partir do território americano, segundo as fontes.

Os EUA decretaram em 1961 um embargo econômico unilateral sobre Cuba que se mantém até hoje e cuja suspensão depende da aprovação do Congresso americano, algo improvável neste momento.

Além disso, Obama pediu a seu secretário de Estado, John Kerry, que revise a inclusão de Cuba na lista de países que os Estados Unidos consideram patrocinadores do terrorismo.

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