Mundo

Obama e Merkel alertam sobre mais sanções à Rússia

O presidente dos Estados Unidos e a chanceler alemã mostraram sua unidade em relação às ações da Rússia na crise ucraniana

Barack Obama e Angela Merkel: "se a Rússia perturbar as eleições deste mês, coordenaremos rapidamente passos adicionais, incluindo mais sanções", disse Obama (Larry Downing/Reuters)

Barack Obama e Angela Merkel: "se a Rússia perturbar as eleições deste mês, coordenaremos rapidamente passos adicionais, incluindo mais sanções", disse Obama (Larry Downing/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de maio de 2014 às 14h44.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, mostraram nesta sexta-feira sua unidade em relação às ações da Rússia na crise ucraniana e advertiram que será "inevitável" ampliar as sanções ocidentais à Rússia se "perturbar" a realização de eleições na Ucrânia no dia 25 de maio.

"Se a Rússia perturbar as eleições deste mês, coordenaremos rapidamente passos adicionais, incluindo mais sanções à liderança russa", disse Obama em entrevista coletiva conjunta no Jardim da Casa Branca, após uma reunião de duas horas no Salão Oval.

"O próximo passo vai ser um regime mais amplo de sanções setoriais", detalhou Obama.

Merkel, por sua vez, ressaltou que a União Europeia (UE) e os EUA ajudarão na realização das eleições presidenciais do dia 25, que considerou "cruciais", mas disse que se a Rússia o impedir, "será inevitável impor mais sanções".

Até agora, EUA e UE impuseram unicamente sanções a indivíduos próximos ao Kremlin, e Obama reconheceu hoje que sua "preferência seria não ter" que recorrer a sanções setoriais, mas o fará "se for necessário".

Obama também assegurou que EUA e Alemanha estão "unidos em sua indignação pelo horrível tratamento dado aos observadores da OSCE" (Organização de Cooperação e Segurança na Europa) sequestrados no leste da Ucrânia por milícias pró-russas, entre os quais há quatro alemães.

Merkel, que na quinta-feira conversou com o presidente russo, Vladimir Putin, para pedir ajuda com a libertação dos observadores, afirmou que esse é "um passo crucial que tem que ocorrer imediatamente".

Em relação à convulsa situação no leste da Ucrânia, Obama assegurou que "as forças de segurança estão atuando para restaurar a ordem" nessa região.

"O governo ucraniano tem o direito e a responsabilidade de aplicar a lei e manter a ordem dentro de seu território", disse.

O governo interino da Ucrânia mantém uma ofensiva para retomar o controle da cidade de Slaviansk, no sudeste do país, na qual hoje morreram dois militares ucranianos e houve "baixas significativas" na parte dos sublevados pró-russos, segundo disse o presidente interino da Ucrânia, Alexandr Turchinov.

*Atualizada às 14h44 do dia 02/05/2014

Acompanhe tudo sobre:Angela MerkelÁsiaBarack ObamaEuropaPersonalidadesPolíticosRússiaUcrânia

Mais de Mundo

Republicanos exigem renúncia de Biden, e democratas celebram legado

Apesar de Kamala ter melhor desempenho que Biden, pesquisas mostram vantagem de Trump após ataque

A estratégia dos republicanos para lidar com a saída de Biden

Se eleita, Kamala será primeira mulher a presidir os EUA

Mais na Exame