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Obama diz que Rússia enfrentará custos de intervenção

Presidente americano alertou Rússia que Ocidente será forçado a aplicar o custo a Moscou caso o país não mude o curso em sua disputa com a Ucrânia

Homem segura uma bandeira da Crimeia enquanto membros de uma unidade pró-Rússia de autodefesa ficam em formação antes de dar um juramento ao governo da Crimeia, em Simferopol (Vasily Fedosenko/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de março de 2014 às 20h59.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama , alertou a Rússia nesta quarta-feira que o Ocidente será forçado a aplicar o custo a Moscou caso o país não mude o curso em sua disputa com a Ucrânia.

Obama manteve conversações diretas com o novo primeiro-ministro ucraniano, Arseny Yatseniuk, no Salão Oval da Casa Branca, em busca de um impulso diplomático que force o presidente russo, Vladimir Putin, a afrouxar seu controle militar na região da Crimeia, no sul da Ucrânia.

Falando a jornalistas, Obama renovou sua promessa de punir a Rússia com sanções se Putin não recuar e ridicularizou o plano organizado às pressas pelo Parlamento pró-russo da Crimeia de realizar um referendo no domingo sobre se a região deve ser anexada à Rússia.

"A questão agora é saber se a Rússia é capaz de dominar militarmente uma região que faz parte de um outro país, engendrar um referendo apressado e ignorar não só a Constituição ucraniana, mas um governo ucraniano que inclui grupos historicamente em oposição uns com os outros", disse Obama.

Ele afirmou que o processo democrático normal na Ucrânia pode dar à Rússia uma voz maior na Ucrânia ao longo do tempo.

"Há um processo constitucional no local e um conjunto de eleições para avançarem, o que poderia, de fato, resultar em arranjos diferentes ao longo do tempo com a região da Crimeia. Mas isso não é algo que possa ser feito com o cano de uma arma apontado para você", disse Obama.

Yatseniuk declarou que seu governo está ávido e disposto a manter conversações com a Rússia, mas deixou claro que a Ucrânia "é e será parte do mundo ocidental".

"Lutamos pela nossa liberdade, lutamos pela nossa independência, lutamos por nossa soberania, e nós nunca nos renderemos", afirmou.

"Putin, derrube esse muro, o muro de mais intimidação e agressão militar", disse Yatseniuk a jornalistas ao deixar a Casa Branca, referindo-se ao desafio do presidente norte-americano Ronald Reagan à União Soviética em um discurso de 1987 no Muro de Berlim.

Obama assinou uma ordem executiva que permite aos Estados Unidos impor proibições de vistos e congelar quaisquer bens nos Estados Unidos de russos ou ucranianos que provocaram a crise depois da destituição do presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovich, que se alinhava com Moscou.

"Vamos continuar a dizer ao governo russo que se prosseguir no caminho que está seguindo, então, não só nós, mas a comunidade internacional, a União Europeia e os outros vão ser obrigados a impor um custo à Rússia pela violação do direito internacional e suas invasões na Ucrânia", declarou Obama.

Como o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, tem programado um encontro com o chanceler russo em Londres, na sexta-feira, Obama disse que ainda há tempo para se empenharem em uma solução que respeite os interesses da Rússia na Ucrânia.

Matéria atualizada às 20h59min do mesmo dia, para adicionar mais informações.

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Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama , alertou a Rússia nesta quarta-feira que o Ocidente será forçado a aplicar o custo a Moscou caso o país não mude o curso em sua disputa com a Ucrânia.

Obama manteve conversações diretas com o novo primeiro-ministro ucraniano, Arseny Yatseniuk, no Salão Oval da Casa Branca, em busca de um impulso diplomático que force o presidente russo, Vladimir Putin, a afrouxar seu controle militar na região da Crimeia, no sul da Ucrânia.

Falando a jornalistas, Obama renovou sua promessa de punir a Rússia com sanções se Putin não recuar e ridicularizou o plano organizado às pressas pelo Parlamento pró-russo da Crimeia de realizar um referendo no domingo sobre se a região deve ser anexada à Rússia.

"A questão agora é saber se a Rússia é capaz de dominar militarmente uma região que faz parte de um outro país, engendrar um referendo apressado e ignorar não só a Constituição ucraniana, mas um governo ucraniano que inclui grupos historicamente em oposição uns com os outros", disse Obama.

Ele afirmou que o processo democrático normal na Ucrânia pode dar à Rússia uma voz maior na Ucrânia ao longo do tempo.

"Há um processo constitucional no local e um conjunto de eleições para avançarem, o que poderia, de fato, resultar em arranjos diferentes ao longo do tempo com a região da Crimeia. Mas isso não é algo que possa ser feito com o cano de uma arma apontado para você", disse Obama.

Yatseniuk declarou que seu governo está ávido e disposto a manter conversações com a Rússia, mas deixou claro que a Ucrânia "é e será parte do mundo ocidental".

"Lutamos pela nossa liberdade, lutamos pela nossa independência, lutamos por nossa soberania, e nós nunca nos renderemos", afirmou.

"Putin, derrube esse muro, o muro de mais intimidação e agressão militar", disse Yatseniuk a jornalistas ao deixar a Casa Branca, referindo-se ao desafio do presidente norte-americano Ronald Reagan à União Soviética em um discurso de 1987 no Muro de Berlim.

Obama assinou uma ordem executiva que permite aos Estados Unidos impor proibições de vistos e congelar quaisquer bens nos Estados Unidos de russos ou ucranianos que provocaram a crise depois da destituição do presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovich, que se alinhava com Moscou.

"Vamos continuar a dizer ao governo russo que se prosseguir no caminho que está seguindo, então, não só nós, mas a comunidade internacional, a União Europeia e os outros vão ser obrigados a impor um custo à Rússia pela violação do direito internacional e suas invasões na Ucrânia", declarou Obama.

Como o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, tem programado um encontro com o chanceler russo em Londres, na sexta-feira, Obama disse que ainda há tempo para se empenharem em uma solução que respeite os interesses da Rússia na Ucrânia.

Matéria atualizada às 20h59min do mesmo dia, para adicionar mais informações.

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