Obama diz haver vácuo significativo em esforço contra ebola
Presidente dos EUA apelou para que mais países ajudem no combate ao vírus
Da Redação
Publicado em 25 de setembro de 2014 às 17h05.
Nações Unidas - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama , alertou nesta quinta-feira que ainda existe “um vácuo significativo entre onde estamos e onde precisamos estar” na reação internacional ao surto de ebola no oeste da África, e apelou para que mais países ajudem.
A epidemia, que começou em uma área remota da Guiné em março, tomou conta de boa parte das vizinhas Libéria e Serra Leoa, matando quase 3 mil pessoas em pouco mais de seis meses. Senegal e Nigéria também registraram casos mas, por hora, têm controle da situação.
"Deter o ebola é uma prioridade para os Estados Unidos", declarou Obama em uma reunião sobre a doença nos bastidores da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York.
“Mais nações precisam contribuir com bens e habilidades, seja transporte aéreo, retirada de pessoal, assistentes de saúde, equipamento ou tratamento”.
“Se agirmos rápido, ainda que de forma imperfeita, isso pode ser a diferença entre 10 mil, 20 mil, 30 mil mortes e centenas de milhares ou até um milhão de mortes”, afirmou.
Mais cedo nesta semana, a Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que o total de infecções pode chegar a 20 mil até novembro, meses antes que o previsto anteriormente.
O Centro para Prevenção e Controle de Doenças dos EUA (CDC, na sigla em inglês) afirmou que entre 550 mil e 1,4 milhão de pessoas podem ser infectadas na região até janeiro se nada for feito.
O Banco Mundial anunciou na reunião na ONU que dará 170 milhões de dólares adicionais para reforçar a mão de obra e os sistemas de saúde em Guiné, Libéria e Serra Leoa. A entidade já havia aprovado 230 milhões de dólares para estes países.
A presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, disse na reunião, por vídeoconferência, que seu país pode estar enfrentando seu maior desafio, enquanto o mundo levou algum tempo para poder responder adequadamente: “estamos reagindo”.
O presidente de Serra Leoa, Ernest Bai Koroma, também apelou por mais ajuda internacional.
“Serra Leoa e suas repúblicas irmãs podem estar na linha de frente desta luta, mas precisamos de um grande apoio por ar e terra do mundo para derrotar uma doença pior que o terrorismo", disse ele também por vídeoconferência.