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Obama defende coexistência de Estados judeu e palestino

A visita de Obama é sua primeira ao exterior desde que ele foi reeleito, no final de 2012, e ocorre apenas dois dias após o novo governo israelense ter sido formado


	"Os Estados Unidos estão orgulhosos de serem o principal aliado e o grande amigo de Israel", ressaltou o presidente estadunidense
 (©afp.com / Win Mcnamee)

"Os Estados Unidos estão orgulhosos de serem o principal aliado e o grande amigo de Israel", ressaltou o presidente estadunidense (©afp.com / Win Mcnamee)

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Da Redação

Publicado em 20 de março de 2013 às 19h24.

Jerusalém - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, reafirmou nesta quarta-feira em visita a Israel a "eterna aliança" e o "laço inquebrantável" que une os dois países, disse que "a paz deve chegar à Terra Santa" e defendeu a coexistência de Estados judeu e palestino..

A visita de Obama é sua primeira ao exterior desde que ele foi reeleito, no final de 2012, e ocorre apenas dois dias após o novo governo israelense ter sido formado.

O governante americano quis deixar claro que seus problemas de "sintonia" com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, "ficaram no passado".

"Os Estados Unidos estão orgulhosos de serem o principal aliado e o grande amigo de Israel", ressaltou Obama logo após desembarcar do Air Force One durante a cerimônia especial de boas-vindas que as autoridades israelenses prepararam para o presidente americano no aeroporto de Ben Gurion, próximo a Tel Aviv, capital do país.

Por medida de segurança, o espaço aéreo do país foi fechado para a chegada do avião de Obama. Ele foi recebido por Netanyahu e pelo presidente de Israel, Shimon Peres, ainda na pista de pouso do aeroporto. A cerimônia contou também com a presença de todos os membros do novo governo e dos representantes das principais instituições do país, além de cerca de 200 personalidades convidadas.

"Vejo esta visita como uma oportunidade para reafirmar o laço inquebrantável entre os dois países", disse Obama, que garantiu que o "interesse fundamental" dos EUA é "estar com Israel" porque essa aliança "faz ambas as nações mais fortes e prósperas, além de transformar o mundo em um lugar melhor".


O discurso do presidente americano destacou os estreitos laços que unem os Estados Unidos, Israel e o povo judeu, apesar de ter se referido também à necessidade de estabecer a paz com os palestinos.

"A paz deve chegar à Terra Santa. Nunca perderemos a visão de um Israel em paz com seu vizinhos", afirmou.

Obama também disse que "deve haver um "Estado palestino soberano" convivendo com "um Estado judeu com sua segurança garantida". Obama ainda agradeceu a Netanyahu por suas palavras sobre o compromisso "total" de Israel com a solução dos dois Estados, pronunciadas minutos antes.

O premiê israelense, que iniciou seu terceiro mandato na última segunda-feira, agradeceu ao presidente americano pelo apoio "inequívoco" ao direito de Israel "se defender perante qualquer ameaça" e por representar os interesses do país nas Nações Unidas.

"Obrigado por apoiar Israel neste tempo histórico de mudanças no Oriente Médio", disse o primeiro-ministro israelense.

Além disso, Netanyahu elogiou a "inquebrantável aliança entre as duas nações", que segundo ele é "mais necessária do que nunca para conseguir uma paz segura e estável" em um Oriente Médio "instável".

Ele também mostrou a Obama, junto com comandantes do Exército israelense, uma bateria - levada ao aeroporto - do sistema antimísseis Iron Dome (Cúpula de Ferro), desenvolvido por Israel com financiamento dos EUA.

Shimon Peres também ofereceu outra cerimônia de boas-vindas para Obama, dessa vez em sua residência oficial em Jerusalém, durante a qual os dois presidentes plantaram uma árvore de magnólia dada de presente pelo americano.


Dezenas de crianças de todo o país participaram da recepção e cantaram pela paz enquanto agitavam bandeiras de Israel e dos Estados Unidos.

Os dois presidentes se reuniram durante quase uma hora para discutir assuntos como a questão iraniana, o processo de paz com os palestinos e a situação da Síria e do Líbano.

Em entrevista à Agência Efe, Nadav Tamir, principal assessor de Política Externa de Peres, que também participou da reunião, afirmou que o presidente israelense ficou convencido do "compromisso dos EUA de abordar o tema do Irã com determinação" e que ele "realmente falava sério quando garantiu que todas as opções estão sobre a mesa".

"Pode ser que haja algumas diferenças em relação às táticas que serão adotadas, mas hoje há um grande consenso sobre a necessidade de compartilhar informações de inteligência na forma de ver todo o contexto e, também, o objetivo", ressaltou o assessor de imprensa.

O presidente israelense pediu a Obama que não permita a saída do arsenal químico da Síria porque isso poderia resultar em "uma tragédia épica" se "caíssem nas mãos de terroristas".

Obama, que também se reuniu com Netanyahu durante esse primeiro dia, visitará amanhã Ramala, onde se encontrará com o presidente palestino, Mahmoud Abbas, e depois fará um discurso para cerca de 500 estudantes israelenses no Centro Internacional de Convenções de Jerusalém.

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