Obama busca voto feminino e ironiza rival em Virgínia
Barack Obama, acusou Romney de estar 50 anos atrasado em termos de políticas para as mulheres e de ter um plano inócuo para criar 12 milhões de empregos até 2017
Da Redação
Publicado em 20 de outubro de 2012 às 08h59.
Washington - Em um discurso direcionado ao eleitorado feminino de Virgínia, um dos Estados-chave para sua reeleição, o presidente dos EUA, Barack Obama , acusou ontem seu adversário, o republicano Mitt Romney, de sofrer de amnésia, de estar 50 anos atrasado em termos de políticas para as mulheres e de ter um plano inócuo para criar 12 milhões de empregos até 2017.
A campanha democrata escolheu Fairfax, um dos condados mais ricos do país, a 30 quilômetros da Casa Branca, para Obama desfiar comentários sarcásticos e esquentar a batalha verbal contra seu rival. Em frente ao seu púlpito, uma placa deixava claro o alvo do discurso: "Certeza de saúde para as mulheres".
Na plateia, cerca de 9 mil pessoas se entusiasmaram com a presença do candidato democrata, vaiando várias vezes as menções ao republicano. "Não vaiem, votem", respondeu Obama. "Ele (Romney) quer fazer vocês acreditarem que, de alguma maneira, vai criar 12 milhões de empregos, cortar os impostos em US$ 5 trilhões, ainda que seja em favor dos americanos mais ricos, e nada disso vai aumentar o déficit público", acrescentou, com ironia.
A apenas 18 dias da eleição, Obama preferiu atacar mais do que discorrer sobre suas próprias propostas. Em especial, para a recuperação da economia. Romney tem defendido um plano de cinco tópicos para criar empregos e optou por voltar atrás em algumas de suas posições, que anteriormente serviram para agradar a direita radical, e agora se tornaram mais moderadas.
"Virgínia, vocês ouviram o New Deal (plano adotado por Franklin Roosevelt, em 1933), vocês ouviram o Square Deal (de Theodore Roosevelt), o Fair Deal (de Harry Truman). Mitt Romney está tentando dar a vocês um Sketchy Deal (um plano superficial, em tradução livre). Não podemos voltar a isso. Ele está mudando, recuando e se esquivando tanto que temos de dar um nome a essa nova condição. Acho é uma 'romnésia'", ironizou o presidente.