O que Detroit poderia vender para se recuperar
De obras de arte a animais de um zoológico, Detroit pode ter que vender bens ou vê-los ir a leilão após declarar falência
Da Redação
Publicado em 20 de julho de 2013 às 17h07.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h31.
A população de Detroit adora seu museu. Prova disso é um plebiscito realizado em 2012, que aprovou a criação de um novo imposto exclusivamente para financiar o DIA. Mas menos de um ano depois, a cidade pode ficar sem as obras. Segundo a Associated Press, o administrador da dívida já enviou uma carta aos chefes do museu na qual afirma que nada é sagrado. A coleção foi avaliada em 2004 em US$ 1 bilhão.
A coleção, que reúne obras de Van Gogh, Diego Rivera, Matisse, Degas e Pieter Bruegel, agora pode acabar nas mãos dos credores. "Seria irônico. Fomos os primeiros dos Estados Unidos a comprar um Van Gogh", disse o diretor do DIA à CNN. Casas de leilão já teriam até pedido avaliações do patrimônio.
Assim como o DIA, o zoológico de Detroit também é de posse da municipalidade e apenas por esse motivo pode ser privatizado ou tomado por credores. O parque tem 3.300 animais. Segundo o Wall Street Journal, cidades como Dallas e Toronto privatizaram seus bichos para gastar menos.
Um parque de 985 acres de área, o Belle Isle deve acabar nas mãos do estado de Michigan, onde fica Detroit. A área abriga um conservatório musical, uma base da Guarda Costeira e um museu.
Cerca de 60 modelos de carros históricos, como o Ford T de 1911, do Detroit Historical Museum, também estão na lista de bens municipais que poderiam acabar em leilões.
O Fort Wayne, sítio histórico que abriga um forte construído em 1848, pertence à prefeitura desde 1948.