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O presidente hutu que busca um terceiro mandato no Burundi

Pierre Nkurunziza, foi vítima de um golpe de Estado hoje enquanto estava fora do país, embora o governo garanta que foi frustrados

O presidente do Burundi, Pierre Nkurunziza (Jean Pierre Aime Harerimana/Reuters)

O presidente do Burundi, Pierre Nkurunziza (Jean Pierre Aime Harerimana/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 13 de maio de 2015 às 16h43.

O presidente do Burundi, Pierre Nkurunziza, foi vítima de um golpe de Estado nesta quarta-feira enquanto se encontrava fora do país, na cúpula da Comunidade da África Oriental na Tanzânia, embora seu governo garanta que tenha sido frustrado.

Pierre Nkurunziza, presidente do Burundi desde 2005 e que pretende concorrer a um terceiro mandato nas eleições previstas para o próximo mês de junho, nasceu em 18 de dezembro de 1964 na província de Ngozi.

Formado em Educação Física na Universidade de Bujumbura, trabalhou como professor universitário até 1994, quando começou a guerra civil no país.

Em 1995 se uniu às Forças para a Defesa da Democracia (FDD), o principal grupo rebelde hutu. Como líder desde 2001, apelou à reconciliação nacional e assinou os acordos de paz de 2003.

Foi vice-presidente do governo de transição estabelecido pelos acordos de paz.

Em 19 de agosto de 2005 foi eleito presidente do Burundi e se transformou no segundo líder da maioria hutu que chegou ao poder por um processo democrático.

Nkurunziza foi candidato presidencial pelo Conselho Nacional pela Defesa da Democracia (CNDD), braço político da ex-rebelde FDD, partido que alcançou a maioria absoluta no parlamento e no Senado. Em 2010 foi reeleito presidente, com 91% dos votos.

Nkurunziza pretendia concorrer de novo às presidenciais deste ano, apesar de inicialmente a Constituição limitar a dois o número de mandatos.

No entanto, o Tribunal Constitucional decidiu a seu favor porque na primeira vez em que foi nomeado presidente foi eleito pelo parlamento e não por votação direta.

Hoje Nkurunziza sofreu um golpe de Estado, liderado pelo general do exército Godefroid Niyombare, mas seu governo informou que este foi frustrado.

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