Ovo de Páscoa é símbolo de renascimento para os católicos
Chineses e persas, assim como romanos e algumas tribos germânicas, consideravam o ovo um símbolo de vida e do renascimento
Da Redação
Publicado em 5 de abril de 2012 às 23h40.
Montevidéu - Uma delícia tentadora, o Ovo de Páscoa chegou até nós oriundo de tradições milenares, que estavam fortemente arraigadas nas comunidades primitivas humanas de base agrícola.
Os chineses e os persas, assim como os romanos e algumas tribos germânicas, consideravam o ovo um símbolo de vida e do renascimento de cada primavera após a longa noite invernal, razão pela qual o adotaram como objeto de culto e de veneração.
A movimentação dos astros, principalmente o Sol, assim como o ciclo das estações, eram de importância vital para as civilizações antigas baseadas na agricultura, o que explica a presença deste símbolo universal em diversas festividades anuais, especialmente nas ligadas à primavera.
Vários povos, como os chineses, os persas e os gauleses, pintavam ovos de diversas aves com cores vivas para evocar o sol da primavera, que aparece nesta época do ano no hemisfério norte, e que para os antigos representava um retorno à vida.
O ovo como símbolo de renascimento também estava presente nas antigas cerimônias da Pesach, a Páscoa judaica, quando se celebra o momento em que o anjo exterminador passou por sobre as moradias dos judeus escravizados no Egito, cujas portas haviam sido marcadas por ordem de Jeová para que escapassem do castigo divino contra os egípcios.
Este rito hebraico foi absorvido pelo cristianismo, religião na qual a tragédia litúrgica da crucificação, morte e ressurreição de Jesus Cristo se entrelaça também com rituais pagãos ligados à fertilidade e à idéia de ressurreição.
Em muitos destes ritos arcaicos, aparecia o símbolo milenar do ovo, arquétipo que, desde o alvorecer da humanidade, leva consigo a magia e o mistério do ressurgir periódico da vida.
Na Alta Idade Média, os cristãos adotaram o ovo como símbolo para festejar a ressurreição de Jesus Cristo na Páscoa de cada primavera boreal (hemisfério norte), depois dos sacrifícios que os fiéis se impõem durante a Quaresma.
Ovos de Páscoa feitos de chocolate, muito semelhantes aos que conhecemos hoje, surgiram inicialmente nos Estados Unidos no final do século XIX, e a partir daí se espalharam pelo mundo como um produto industrial, junto com a lenda do "Coelho da Páscoa", segundo a qual um coelho esteve preso com Jesus no Santo Sepulcro, tendo presenciado a sua ressurreição.
Ao sair dali, o animal teria sido o mensageiro da boa nova e distribuiu, entre os primeiros cristãosm ovos pintados com cores vivas, que representavam a magia do renascimento, do retorno à vida.
Embora esta história, provavelmente medieval, não pareça estar ligada a nenhuma tradição cristã, cabe lembrar que o coelho era para os antigos, assim como o ovo, um símbolo de fertilidade e vida.
A partir do século XX, o Ovo de Páscoa adotou definitivamente o chocolate como matéria-prima e rapidamente de tornou um objeto de consumo que movimenta milhões em qualquer moeda que seja, mas cuja origem mais remota poucas pessoas conhecem.
Montevidéu - Uma delícia tentadora, o Ovo de Páscoa chegou até nós oriundo de tradições milenares, que estavam fortemente arraigadas nas comunidades primitivas humanas de base agrícola.
Os chineses e os persas, assim como os romanos e algumas tribos germânicas, consideravam o ovo um símbolo de vida e do renascimento de cada primavera após a longa noite invernal, razão pela qual o adotaram como objeto de culto e de veneração.
A movimentação dos astros, principalmente o Sol, assim como o ciclo das estações, eram de importância vital para as civilizações antigas baseadas na agricultura, o que explica a presença deste símbolo universal em diversas festividades anuais, especialmente nas ligadas à primavera.
Vários povos, como os chineses, os persas e os gauleses, pintavam ovos de diversas aves com cores vivas para evocar o sol da primavera, que aparece nesta época do ano no hemisfério norte, e que para os antigos representava um retorno à vida.
O ovo como símbolo de renascimento também estava presente nas antigas cerimônias da Pesach, a Páscoa judaica, quando se celebra o momento em que o anjo exterminador passou por sobre as moradias dos judeus escravizados no Egito, cujas portas haviam sido marcadas por ordem de Jeová para que escapassem do castigo divino contra os egípcios.
Este rito hebraico foi absorvido pelo cristianismo, religião na qual a tragédia litúrgica da crucificação, morte e ressurreição de Jesus Cristo se entrelaça também com rituais pagãos ligados à fertilidade e à idéia de ressurreição.
Em muitos destes ritos arcaicos, aparecia o símbolo milenar do ovo, arquétipo que, desde o alvorecer da humanidade, leva consigo a magia e o mistério do ressurgir periódico da vida.
Na Alta Idade Média, os cristãos adotaram o ovo como símbolo para festejar a ressurreição de Jesus Cristo na Páscoa de cada primavera boreal (hemisfério norte), depois dos sacrifícios que os fiéis se impõem durante a Quaresma.
Ovos de Páscoa feitos de chocolate, muito semelhantes aos que conhecemos hoje, surgiram inicialmente nos Estados Unidos no final do século XIX, e a partir daí se espalharam pelo mundo como um produto industrial, junto com a lenda do "Coelho da Páscoa", segundo a qual um coelho esteve preso com Jesus no Santo Sepulcro, tendo presenciado a sua ressurreição.
Ao sair dali, o animal teria sido o mensageiro da boa nova e distribuiu, entre os primeiros cristãosm ovos pintados com cores vivas, que representavam a magia do renascimento, do retorno à vida.
Embora esta história, provavelmente medieval, não pareça estar ligada a nenhuma tradição cristã, cabe lembrar que o coelho era para os antigos, assim como o ovo, um símbolo de fertilidade e vida.
A partir do século XX, o Ovo de Páscoa adotou definitivamente o chocolate como matéria-prima e rapidamente de tornou um objeto de consumo que movimenta milhões em qualquer moeda que seja, mas cuja origem mais remota poucas pessoas conhecem.