Exame Logo

Novo premiê italiano apresenta programa para sair da crise

"É a nossa última chance", admitiu Letta ao listar as medidas que devem ser adotadas por seu governo de coalizão

Enrico Letta: Letta advertiu que uma de suas prioridades será lutar contra a austeridade imposta pela União Europeia para promover o crescimento econômico e combater o desemprego. (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de abril de 2013 às 16h20.

Roma - O novo chefe de Governo italiano, Enrico Letta, apresentou nesta segunda-feira um programa de governo ambicioso, com destaque para o crescimento econômico, para tirar da paralisia a terceira maior economia da zona do euro, mergulhada em uma forte recessão.

"A situação econômica na Itália ainda é grave", admitiu o moderado Letta ao apresentar os principais objetivos de sua agenda na Câmara dos Deputados.

"É a nossa última chance", admitiu Letta ao listar as medidas que devem ser adotadas por seu governo de coalizão, resultado de uma parceria inédita entre as duas principais forças políticas, a esquerda e a direita, que mantêm divergências socioeconômicas históricas.

Letta fixou um prazo de 18 meses para apresentar resultados e "dar o exemplo" da vontade moralizadora da classe política.

Neste sentido, anunciou a eliminação do duplo salário para os ministros que também são deputados.

"A redução da carga tributária sem endividamento será o principal objetivo do governo em todos os campos", disse, no momento em que a Itália acumula uma enorme dívida de cerca de 127% de seu Produto Interno Bruto (PIB).

Seu governo dará prioridade a medidas que combatam "o pesadelo do empobrecimento" da Itália. Reduzirá os impostos para os trabalhadores com contrato permanente, jovens e recém-contratados, e introduzirá um salário mínimo para os pobres.


Letta advertiu que uma de suas prioridades será lutar contra a austeridade imposta pela União Europeia para promover o crescimento econômico e combater o desemprego, principalmente entre os jovens, já que um terço dessa faixa da população não trabalha nem estuda.

"Vai ser um governo europeu e pró-europeu", prometeu Letta, que terá sua primeira viagem ao exterior na terça-feira à sede da União Europeia (UE) em Bruxelas, a quem pediu para se transformar em "motor de crescimento sustentável" para os países da Europa.

Entre as principais medidas que o novo governo quer adotar está a eliminação em junho do imposto sobre a habitação, exigida e prometida por Silvio Berlusconi durante sua campanha eleitoral e introduzida pelo governo cessante de Mario Monti, que afeta cerca de 80% da população.

O governo de Letta, de 46 anos, durante anos o número dois do Partido Democrata, será submetido ao voto de confiança dos deputados às 18h00 GMT (15h00 no horário de Brasília) e a expectativa é que o resultado seja positivo.

O início do governo de Letta, após dois meses de bloqueio político seguido de eleições no final de fevereiro, foi ofuscado no domingo quando um desempregado em desespero provocou um tiroteio em frente à sede do Governo, que terminou com dois policiais feridos. O evento foi lembrado por Letta como um sintoma da crescente agitação social.

O novo poder Executivo terá nove ministros do Partido Democrata, principal partido de centro-esquerda, cinco do Partido do Povo da Liberdade, de Silvio Berlusconi (PDL, direita), três centristas e quatro tecnocratas, muitos deles desconhecidos do público.

Veja também

Roma - O novo chefe de Governo italiano, Enrico Letta, apresentou nesta segunda-feira um programa de governo ambicioso, com destaque para o crescimento econômico, para tirar da paralisia a terceira maior economia da zona do euro, mergulhada em uma forte recessão.

"A situação econômica na Itália ainda é grave", admitiu o moderado Letta ao apresentar os principais objetivos de sua agenda na Câmara dos Deputados.

"É a nossa última chance", admitiu Letta ao listar as medidas que devem ser adotadas por seu governo de coalizão, resultado de uma parceria inédita entre as duas principais forças políticas, a esquerda e a direita, que mantêm divergências socioeconômicas históricas.

Letta fixou um prazo de 18 meses para apresentar resultados e "dar o exemplo" da vontade moralizadora da classe política.

Neste sentido, anunciou a eliminação do duplo salário para os ministros que também são deputados.

"A redução da carga tributária sem endividamento será o principal objetivo do governo em todos os campos", disse, no momento em que a Itália acumula uma enorme dívida de cerca de 127% de seu Produto Interno Bruto (PIB).

Seu governo dará prioridade a medidas que combatam "o pesadelo do empobrecimento" da Itália. Reduzirá os impostos para os trabalhadores com contrato permanente, jovens e recém-contratados, e introduzirá um salário mínimo para os pobres.


Letta advertiu que uma de suas prioridades será lutar contra a austeridade imposta pela União Europeia para promover o crescimento econômico e combater o desemprego, principalmente entre os jovens, já que um terço dessa faixa da população não trabalha nem estuda.

"Vai ser um governo europeu e pró-europeu", prometeu Letta, que terá sua primeira viagem ao exterior na terça-feira à sede da União Europeia (UE) em Bruxelas, a quem pediu para se transformar em "motor de crescimento sustentável" para os países da Europa.

Entre as principais medidas que o novo governo quer adotar está a eliminação em junho do imposto sobre a habitação, exigida e prometida por Silvio Berlusconi durante sua campanha eleitoral e introduzida pelo governo cessante de Mario Monti, que afeta cerca de 80% da população.

O governo de Letta, de 46 anos, durante anos o número dois do Partido Democrata, será submetido ao voto de confiança dos deputados às 18h00 GMT (15h00 no horário de Brasília) e a expectativa é que o resultado seja positivo.

O início do governo de Letta, após dois meses de bloqueio político seguido de eleições no final de fevereiro, foi ofuscado no domingo quando um desempregado em desespero provocou um tiroteio em frente à sede do Governo, que terminou com dois policiais feridos. O evento foi lembrado por Letta como um sintoma da crescente agitação social.

O novo poder Executivo terá nove ministros do Partido Democrata, principal partido de centro-esquerda, cinco do Partido do Povo da Liberdade, de Silvio Berlusconi (PDL, direita), três centristas e quatro tecnocratas, muitos deles desconhecidos do público.

Acompanhe tudo sobre:Crise econômicaCrises em empresasEuropaItáliaPaíses ricosPiigs

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame