Novo conflito? China diz que pode reagir militarmente à visita de Pelosi a Taiwan
China considera ilha parte de seu território; Forças Armadas chinesas dizem que vão defender a "pátria" e "salvaguardar a soberania nacional"
Carla Aranha
Publicado em 1 de agosto de 2022 às 14h25.
Última atualização em 2 de agosto de 2022 às 12h09.
Apesar de alertas da Casa Branca, apresidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, do Partido Democrata, disse que deve incluir Taiwan em seu tour asiático, que começou nesta segunda, dia 1º. A China considera a ilha parte de seu território — os Estados Unidos não contestam abertamente, mas defendem o princípio de "autodefesa" de Taiwan, contrariando o gigante asiático.
As tensões entre os Estados Unidos e a China vêm aumentando desde que Pelosi começou a discutir a possibilidade de incluir Taiwan em seu itinerário, o que é considerado uma afronta pelos chineses. Neste domingo, dia 31, a Força Aérea da China disse que o país“salvaguardará resolutamente a soberania nacional e a integridade territorial”. Em relação a Taiwan, reforçou que as Forças Armadas chinesas possuem "muitos caças capazes de circular a preciosa ilha".
Viagem de Pelosi
A viagem de Pelosi à Ásia acontece poucos dias depois da conversa telefônica entre Xi Jinping e Biden. Durante o bate-papo, no dia 28, o líder chinês reafirmou que se opõe fortemente à ingerência de outros países em relação a Taiwan.
As autoridades americanas não detalharam a agenda de Pelosi na Ásia. Como presidente da Câmara dos Representantes, ela ocupa o terceiro lugar na linha sucessória da Casa Branca e informações aprofundadas sobre seu itinerário de viagem não são reveladas por questões de segurança. Por enquanto, está confirmada sua passagem por Singapura, Coreia do Sul, Japão e Malásia.
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