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Presidente do Europarlamento critica política de austeridade

Para Schulz, "nenhuma economia se recupera se não existe uma reativação econômica com investimentos estratégicos

Escultura com o símbolo do euro diante da sede do Banco Central Europeu, em Frankfurt (©afp.com / Daniel Roland)

Escultura com o símbolo do euro diante da sede do Banco Central Europeu, em Frankfurt (©afp.com / Daniel Roland)

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Da Redação

Publicado em 27 de abril de 2013 às 16h58.

Bruxelas - Os governos dos países da União Europeia vão muito longe na política de austeridade, afirmou o presidente do Parlamento Europeu, o social-democrata alemão Martin Schulz, em uma entrevista ao jornal belga L'Echo.

"A nível nacional, estamos indo longe demais na política de austeridade. O argumento que consiste em dizer que com a redução dos orçamentos públicos volta a confiança dos investidores é manifestamente falso", afirma Schulz, em pleno debate entre defensores da austeridade e ativistas da reativação econômica, em um contexto de recessão e forte desemprego na Europa.

Para Schulz, "nenhuma economia se recupera se não existe uma reativação econômica com investimentos estratégicos".

Ao comentar a posição da chanceler alemã Angela Merkel que defende a ortodoxia orçamentária, Schulz destacou que ela não pode ser acusada de decidir sozinha, "pois existem outros 26 dirigentes ao redor da mesa" e no Conselho Europeu a Alemanha "tem apenas um voto".

Em entrevista ao jornal La Libre Belgique, o primeiro-ministro belga Elio Di Rupo defende a mesma tese.

"A austeridade prejudica a saúde e nos próximos meses teremos que trabalhar dentro da União Europeia para modificar a tendência", afirma.

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