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Nível recorde de radiação em Fukushima poderia matar na hora

Análise das imagens feitas dentro do local permitiu a dedução de que, em uma parte do sarcófago, "a radiação pode alcançar 530 sieverts por hora"

Fukushima: o registro anterior, de 2012 em outro ponto do reator 2, era de 73 sieverts (AFP)
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AFP

Publicado em 3 de fevereiro de 2017 às 09h43.

A empresa Tepco, que opera a central nuclear de Fukushima , anunciou que registrou um nível recorde de radiação no local e um buraco em uma parte de metal do sarcófago do reator número 2.

Uma pequena câmera foi colocada em janeiro nesta unidade e a análise das imagens feitas dentro do local permitiu a dedução de que, em uma parte do sarcófago, "a radiação pode alcançar 530 sieverts por hora". Um homem exposto a uma radioatividade deste nível morreria praticamente na hora.

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"Há uma margem de erro, então o nível pode ser 30% inferior, mas continua sendo elevado", confirmou à AFP o porta-voz da Tokyo Electric Power (Tepco), Tatsuhiro Yamagishi.

O registro anterior, de 2012 em outro ponto do reator 2, era, segundo a Tepco, de 73 sieverts.

"O nível extremamente elevado de radiação medido no local, se for exato, pode indicar que o combustível não está longe e que não está coberto por água", afirmou ao canal público NHK Hiroshi Miyano, professor da Universidade Hosei, que preside uma comissão de estudos para o desmantelamento da central nuclear devastada.

Além disso, os técnicos constataram um buraco de um metro em uma plataforma de metala situada no sarcófago, sob o depósito que contém o coração do reator.

"Pode ter sido provocado pela queda de combustível, que teria derretido e produzido o buraco no depósito, mas isto é apenas uma hipótese", afirmou o porta-voz.

Os reatores 1, 2 e 3 foram os mais danificados e provocaram uma enorme emissão de substâncias radioativas após o tsunami que devastou a central nuclear, em março de 2011.

Os técnicos ainda não localizaram o combustível que supostamente entrou em fusão nas três unidades, das seis que integram a central.

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