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Netanyahu defende lei de identidade judaica por "direito de maioria"

Netanyahu se manifestou sobre a polêmica lei depois que o presidente Reuven Rivlin pediu que o projeto fosse alterado, por considerá-lo discriminatório

A legislação conhecida como "Estado-nação"pretende proteger a identidade judaica do país (Yuri Kadobnov/Reuters)
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EFE

Publicado em 12 de julho de 2018 às 15h33.

Jerusalém - O primeiro-ministro de Israel , Benjamin Netanyahu, defendeu nesta quinta-feira o controverso projeto de lei sobre a identidade judaica de Israel ao considerar que "a maioria tem direito" e "governa", informou a imprensa local.

"Na democracia israelense, continuaremos protegendo os direitos de ambos, indivíduos e coletivos, que estão garantidos. Mas a maioria tem direito também, a maioria governa", disse o premiê durante o memorial do líder sionista Ze'ev Jabotinsky, segundo o site do jornal "Times of Israel".

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"A imensa maioria do povo quer preservar o caráter judaico de nosso país para as gerações vindouras", declarou Netanyahu, que apelou à "combinação de direitos individuais e coletivos como definição do Estado judeu e democrático".

O chefe de governo se manifestou depois que o presidente do país, Reuven Rivlin, pediu nesta semana que fosse feita uma emenda à cláusula 7b do projeto de lei, que está em trâmite no parlamento, por considerá-la "discriminatória", pois ampara a criação de comunidades no país compostas exclusivamente por razão de fé ou nacionalidade.

Rivlin enviou uma carta a Netanyahu, ao presidente do parlamento (Knesset) e ao comitê, que debateu nesta semana o conteúdo da legislação conhecida como "Estado-nação", que pretende proteger a identidade judaica do país e tem categoria constitucional.

O projeto de lei de "Estado-nação" desenvolve a identidade judaica do país, introduzindo pela primeira vez esta questão em uma lei básica que também estabeleceria o direito à autodeterminação exclusivamente do coletivo judeu.

A consideração de Israel como "Estado-nação judeu" foi evitada na Declaração de Independência de 1948 pela oposição de algumas correntes do judaísmo.

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