Negociador palestino rejeita Estado sem Jerusalém Oriental
O chefe negociador palestino, Saeb Erekat, criticou duramente a continuação da construção de assentamentos judaicos em Jerusalém Oriental
Da Redação
Publicado em 14 de março de 2013 às 12h53.
Jerusalém - O chefe negociador palestino, Saeb Erekat, criticou duramente nesta quinta-feira a continuação da construção de assentamentos judaicos em Jerusalém Oriental e assegurou que Israel tenta solapar a possibilidade de que essa parte da cidade possa ser a capital de um futuro Estado palestino.
Em um incomum ato na zona oriental da cidade acompanhado pelos chefes das legações diplomáticas estrangeiras na cidade, Erekat afirmou que, enquanto a comunidade internacional defende a solução de dois Estados, Israel "está determinado a miná-la e fazê-la impossível".
Os dirigentes palestinos têm proibido realizar atividades de cunho político em Jerusalém Oriental e é praticamente inédito, especialmente, que figuras de destaque como Erekat realizem um ato nessa parte da cidade em companhia de diplomatas ocidentais.
Os cônsules de Brasil, Espanha, Chile, Argentina e México, entre outros chefes de legações europeias e de outros países em Jerusalém Oriental, acompanharam Erekat na visita ao assentamento judaico de Givat Hamatosh e o povo árabe de Beit Safafa, ambos nessa região da cidade.
Em Beit Safafa, está sendo construída uma estrada israelense, que partirá em duas a cidade palestina, com o objetivo de ligar vários assentamentos judaicos de Jerusalém Oriental com a parte ocidental da cidade.
Em uma tenda de manifestantes situada junto às obras da nova estrada, Erekat assegurou aos diplomatas que as novas construções previstas no assentamento de Givat Hamatosh, no de Ramat Shlomo, assim como na polêmica zona E1 "pretendem impedir a possibilidade de que Jerusalém Oriental se transforme em capital da Palestina ".
"E não haverá nunca um Estado palestino sem que Jerusalém Oriental seja seu capital. Esta é uma verdade palestina", afirmou o chefe negociador que urgiu à comunidade internacional a adotar medidas concretas para parar "os ditados israelenses".
Erekat enfatizou que quando os palestinos pedem a suspensão na construção de assentamentos, a libertação dos presos ou a reabertura de seus escritórios em Jerusalém Oriental não estão falando "de medidas de construção da confiança", em referência às possíveis condições para retomar o processo de paz.
"Não queremos ouvir esse termo. Queremos que os israelenses cumpram suas obrigações que emanam dos acordos assinados e do roteiro de Oslo, não são condições", ressaltou.
O dirigente palestino disse que Israel deve "escolher entre assentamentos ou paz" e pediu aos representantes diplomáticos que seus países "façam algo para preservar a solução de dois Estados antes que seja tarde demais".
Além disso, destacou que se a comunidade internacional "falhar em aplicar" a lei internacional, o que virá será "a vitória dos extremistas" na região.
Em relação à visita do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, a Israel e à Cisjordânia na semana que vem, Erekat disse em declarações aos jornalistas que espera que o líder americano "tenha êxito em seu empenho de conseguir a solução de dois Estados". EFE
Jerusalém - O chefe negociador palestino, Saeb Erekat, criticou duramente nesta quinta-feira a continuação da construção de assentamentos judaicos em Jerusalém Oriental e assegurou que Israel tenta solapar a possibilidade de que essa parte da cidade possa ser a capital de um futuro Estado palestino.
Em um incomum ato na zona oriental da cidade acompanhado pelos chefes das legações diplomáticas estrangeiras na cidade, Erekat afirmou que, enquanto a comunidade internacional defende a solução de dois Estados, Israel "está determinado a miná-la e fazê-la impossível".
Os dirigentes palestinos têm proibido realizar atividades de cunho político em Jerusalém Oriental e é praticamente inédito, especialmente, que figuras de destaque como Erekat realizem um ato nessa parte da cidade em companhia de diplomatas ocidentais.
Os cônsules de Brasil, Espanha, Chile, Argentina e México, entre outros chefes de legações europeias e de outros países em Jerusalém Oriental, acompanharam Erekat na visita ao assentamento judaico de Givat Hamatosh e o povo árabe de Beit Safafa, ambos nessa região da cidade.
Em Beit Safafa, está sendo construída uma estrada israelense, que partirá em duas a cidade palestina, com o objetivo de ligar vários assentamentos judaicos de Jerusalém Oriental com a parte ocidental da cidade.
Em uma tenda de manifestantes situada junto às obras da nova estrada, Erekat assegurou aos diplomatas que as novas construções previstas no assentamento de Givat Hamatosh, no de Ramat Shlomo, assim como na polêmica zona E1 "pretendem impedir a possibilidade de que Jerusalém Oriental se transforme em capital da Palestina ".
"E não haverá nunca um Estado palestino sem que Jerusalém Oriental seja seu capital. Esta é uma verdade palestina", afirmou o chefe negociador que urgiu à comunidade internacional a adotar medidas concretas para parar "os ditados israelenses".
Erekat enfatizou que quando os palestinos pedem a suspensão na construção de assentamentos, a libertação dos presos ou a reabertura de seus escritórios em Jerusalém Oriental não estão falando "de medidas de construção da confiança", em referência às possíveis condições para retomar o processo de paz.
"Não queremos ouvir esse termo. Queremos que os israelenses cumpram suas obrigações que emanam dos acordos assinados e do roteiro de Oslo, não são condições", ressaltou.
O dirigente palestino disse que Israel deve "escolher entre assentamentos ou paz" e pediu aos representantes diplomáticos que seus países "façam algo para preservar a solução de dois Estados antes que seja tarde demais".
Além disso, destacou que se a comunidade internacional "falhar em aplicar" a lei internacional, o que virá será "a vitória dos extremistas" na região.
Em relação à visita do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, a Israel e à Cisjordânia na semana que vem, Erekat disse em declarações aos jornalistas que espera que o líder americano "tenha êxito em seu empenho de conseguir a solução de dois Estados". EFE