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Negociações sobre programa nuclear iraniano prosseguem

Negociações sobre o programa nuclear do Irã continuavam nesta quarta-feira em Viena

Representantes diplomáticos do Irã e do grupo 5+1: negociações são para selar um acordo final e abrangente sobre a questão nuclear iraniana (Dieter Nagl/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de fevereiro de 2014 às 14h06.

Viena - As negociações sobre o programa nuclear do Irã continuavam nesta quarta-feira em Viena, enquanto em Teerã, o comandante do exército de elite do país exigiu a manutenção das "linhas vermelhas" iranianas nas negociações.

"Um bom trabalho tem sido feito", declarou nesta quarta-feira Michael Mann, porta-voz da chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, que conduz as discussões para as grandes potências.

Em Teerã, o general Mohammad Ali Jafari, chefe da Guarda Revolucionária, o exército de elite do país, reafirmou, por sua vez, a importância de preservar as "linhas vermelhas" determinadas pelo Irã nestas negociações, de acordo com a agência de notícias ISNA.

As tais "linhas vermelhas" dizem respeito ao prosseguimento do enriquecimento de urânio, à manutenção de todas as instalações nucleares, incluindo o reator de água pesada de Arak, e à recusa de discutir o programa de mísseis do Irã.

"Nós não podemos ser otimistas sobre os Estados Unidos, e parece que as negociações terão problemas", acrescentou Jafari, sem entrar em detalhes, de acordo com a agência Mehr.

Um dia antes, o ministro das Relações Exteriores iraniano, Mohammad Javad Zarif, havia criticado as declarações feitas nos últimos meses em Washington sobre possíveis novas sanções contra o Irã, o que, segundo ele, colocam em dúvida a vontade dos Estados Unidos Unidos de alcançar um acordo.

O Irã e os países do grupo 5+1 (Estados Unidos, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha) retomaram na terça-feira em Viena as negociações para selar um acordo final e abrangente sobre a questão nuclear iraniana.


De acordo com a delegação americana, a reunião deve continuar até o final da noite e ser retornada quinta-feira de manhã.

A agenda da chefe da diplomacia europeia Catherine Ashton viu-se comprometida pela escalada de violência na Ucrânia. Ela convocou uma reunião especial de ministros das Relações Exteriores da União Europeia para quinta-feira às 13h00 GMT em Bruxelas, em que presidirá pessoalmente.

Isso não a impediu de se dedicar "a 100% às negociações de Viena", assegurou o seu porta-voz.

Em 24 de novembro, o Irã assinou com o grupo 5+1 um plano de ação de seis meses que prevê o congelamento de algumas atividades nucleares sensíveis, incluindo o enriquecimento até 20%, em troca da retirada de parte das sanções que estrangulam a economia do Irã.

Em vigor desde 20 de janeiro sob a supervisão da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o plano deve agora ser transformado em um acordo global que garanta a natureza pacífica do programa nuclear do Irã. Teerã sempre negou querer desenvolver armas atômicas.

Os negociadores em Viena querem tentar corrigir o quadro (principalmente os prazos) para futuras reuniões em 20 de julho, quando o plano de ação chega ao fim. Ele pode ser prorrogado por até um ano a partir da data de assinatura do acordo por consentimento mútuo.

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Viena - As negociações sobre o programa nuclear do Irã continuavam nesta quarta-feira em Viena, enquanto em Teerã, o comandante do exército de elite do país exigiu a manutenção das "linhas vermelhas" iranianas nas negociações.

"Um bom trabalho tem sido feito", declarou nesta quarta-feira Michael Mann, porta-voz da chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, que conduz as discussões para as grandes potências.

Em Teerã, o general Mohammad Ali Jafari, chefe da Guarda Revolucionária, o exército de elite do país, reafirmou, por sua vez, a importância de preservar as "linhas vermelhas" determinadas pelo Irã nestas negociações, de acordo com a agência de notícias ISNA.

As tais "linhas vermelhas" dizem respeito ao prosseguimento do enriquecimento de urânio, à manutenção de todas as instalações nucleares, incluindo o reator de água pesada de Arak, e à recusa de discutir o programa de mísseis do Irã.

"Nós não podemos ser otimistas sobre os Estados Unidos, e parece que as negociações terão problemas", acrescentou Jafari, sem entrar em detalhes, de acordo com a agência Mehr.

Um dia antes, o ministro das Relações Exteriores iraniano, Mohammad Javad Zarif, havia criticado as declarações feitas nos últimos meses em Washington sobre possíveis novas sanções contra o Irã, o que, segundo ele, colocam em dúvida a vontade dos Estados Unidos Unidos de alcançar um acordo.

O Irã e os países do grupo 5+1 (Estados Unidos, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha) retomaram na terça-feira em Viena as negociações para selar um acordo final e abrangente sobre a questão nuclear iraniana.


De acordo com a delegação americana, a reunião deve continuar até o final da noite e ser retornada quinta-feira de manhã.

A agenda da chefe da diplomacia europeia Catherine Ashton viu-se comprometida pela escalada de violência na Ucrânia. Ela convocou uma reunião especial de ministros das Relações Exteriores da União Europeia para quinta-feira às 13h00 GMT em Bruxelas, em que presidirá pessoalmente.

Isso não a impediu de se dedicar "a 100% às negociações de Viena", assegurou o seu porta-voz.

Em 24 de novembro, o Irã assinou com o grupo 5+1 um plano de ação de seis meses que prevê o congelamento de algumas atividades nucleares sensíveis, incluindo o enriquecimento até 20%, em troca da retirada de parte das sanções que estrangulam a economia do Irã.

Em vigor desde 20 de janeiro sob a supervisão da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o plano deve agora ser transformado em um acordo global que garanta a natureza pacífica do programa nuclear do Irã. Teerã sempre negou querer desenvolver armas atômicas.

Os negociadores em Viena querem tentar corrigir o quadro (principalmente os prazos) para futuras reuniões em 20 de julho, quando o plano de ação chega ao fim. Ele pode ser prorrogado por até um ano a partir da data de assinatura do acordo por consentimento mútuo.

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