Nazistas usavam drogas para manter ferocidade nas batalhas
O pesquisador Norman Ohler afirma que o terceiro Reich usava todo tipo de substância para manter a ferocidade dos seus soldados nos campos de batalha
Diogo Max
Publicado em 10 de dezembro de 2016 às 14h45.
Última atualização em 10 de dezembro de 2016 às 22h18.
São Paulo – Um novo livro que deverá ser lançado nos Estados Unidos no próximo ano já está causando um buzz sobre a Segunda Guerra Mundial.
A obra "Blitzed: Drugs in Nazi Germany "("Intoxicados: drogas na Alemanha nazista", em uma tradução livre), do pesquisador Norman Ohler, afirma que o terceiro Reich usava todo tipo de substância para manter a ferocidade dos seus soldados.
De acordo com uma reportagem publicada neste sábado pelo jornal The New York Times sobre o livro de Ohler, a Alemanha nazista usava grandes quantidades de metanfetamina, distribuídas em milhares de pílulas.
Isso tudo para evitar que as tropas ficassem cansadas – a reportagem traz o caso de um general alemão, relatando aos superiores que suas tropas conseguiam lutar por 17 dias sem dormir.
A estratégia, ainda segundo a reportagem, funcionou no início da guerra, inclusive causando a invasão e a derrota da França, mas não no final, quando os nazistas travaram batalhas selvagens contra os soviéticos.
Ainda de acordo com o New York Times, o pesquisador faz um retrato do vício de Hitler por opiáceos, como Oxicodona, inclusive citando um combo de sedação e estímulo usado pelo líder nazista.
No livro, que já foi publicado na Alemanha e no Reino Unido, o pesquisador afirma que o vício de Hitler teria prolongado a guerra, em parte por conta dos delírios causados pelas drogas.
Apesar de não ser necessariamente uma novidade (há um documentário já lançado sobre o tema), o livro de Oehler tem impressionado muitos estudiosos sobre essa era sombria da história da humanidade.
O pesquisador levou 5 anos entre pesquisas e entrevistas para escrever a obra.