Navios desviam do Canal de Suez e veem custo das viagens subir US$ 1 milhão, após ataques
Embarcações estão contornando a África para fugir de milícias no Iêmen, o que prolonga a rota em até dez dias. Seguro dos cargueiros mais que dobra
Agência de notícias
Publicado em 20 de dezembro de 2023 às 15h29.
Última atualização em 20 de dezembro de 2023 às 15h29.
O transporte marítimo de mercadorias se prepara para ficar semanas sem sua principal rota comercial, o Canal de Suez , por onde passa cerca de 12% do comércio mundial.
Na semana passada, rebeldes do Iêmen — os houthis, apoiados pelo Irã — intensificaram os ataques com foguetes à frota mercante que passa pelo Mar Vermelho com destino ao Suez, como forma de demonstrar apoio ao Hamas, grupo terrorista que trava uma guerra contra Israel.
O transporte marítimo de mercadorias se prepara para ficar semanas sem sua principal rota comercial, o Canal de Suez, por onde passa cerca de 12% do comércio mundial. Na semana passada, rebeldes do Iêmen — os houthis, apoiados pelo Irã — intensificaram os ataques com foguetes à frota mercante que passa pelo Mar Vermelho com destino ao Suez, como forma de demonstrar apoio ao Hamas, grupo terrorista que trava uma guerra contra Israel.
Importante rota comercial
O Mar Vermelho é uma passagem localizada entre a Península Arábica e o continente africano. Em determinado ponto do canal, uma distância de apenas 30 quilômetros ao mar separa esses dois continentes. O Iêmen ocupa uma das margens.
É por meio do Mar Vermelho que se chega ao Canal de Suez, uma importante rota de mercadorias e combustíveis, que partem da Ásia e do Oriente Médio em direção à Europa e aos Estados Unidos.
Seguros mais caros
Cerca de 50 navios atravessam o Suez diariamente. Na medida em que os houthis intensificam os ataques na passagem, diante principalmente da guerra israelense, os seguros cobrados pelos navios seguem uma crescente.
O chamado seguro de risco de guerra é cotado como uma porcentagem do valor do navio pelo período em que uma embarcação está operando em áreas de risco.
Só nesta semana, o valor cobrado subiu para 0,5% do valor da mercadoria embarcada. No início de dezembro, esse percentual estava entre 0,1% e 0,2% aproximadamente.