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Nasa afirma que "El Niño" manterá força e ameaçará os EUA

As mudanças climáticas provocadas por "El Niño" já afetaram a produção mundial de arroz, trigo, café e outros cultivos golpeados pela seca e as inundações

As mudanças climáticas provocadas por "El Niño" já afetaram a produção mundial de arroz, trigo, café e outros (Thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de dezembro de 2015 às 18h07.

Washington - O fenômeno "El Niño" provocou o "caos" ao redor do mundo, sua força não diminui e seu forte impacto chegará aos Estados Unidos em 2016, quando provocará frio no sul do país e um incomum calor no norte, segundo um relatório da Nasa repercutido nesta quarta-feira na imprensa americana.

O relatório, publicado ontem pela agência espacial americana, afirma que as mudanças climáticas provocadas por "El Niño" já afetaram a produção mundial de arroz, trigo, café e outros cultivos golpeados pela seca e as inundações, o que causou um aumento dos preços desses alimentos.

As últimas imagens captadas pelos satélites da Nasa fazem os cientistas se perguntar sobre as similitudes entre o fenômeno atual de "El Niño" e um episódio similar, que em 1997 e 1998 causou severas alterações no clima, desde inundações até secas.

"As imagens são quase idênticas, mostram um nível do mar quase idêntico e incomum ao longo do Pacífico central e oriental. Esta é a amostra de um grande e poderoso 'El Niño'", destacou a Nasa no relatório.

Como consequência, "El Niño" diminuiu este ano a camada de água quente que normalmente rodeia Austrália e Indonésia, enquanto na região oriental do Pacífico tropical as águas da superfície, normalmente frias, cobriram-se com uma grossa camada de água quente.

O resultado destas alterações foi uma diminuição das precipitações no sudeste asiático, assim como a redução das chuvas na Indonésia e o consequente crescimento, perante a falta de água, dos incêndios na região, segundo aponta a agência espacial.

A Nasa também responsabiliza o fenômeno pelas secas no sul da África, as inundações na América do Sul, das ondas de calor na Índia causadas pelo atraso das chuvas da monção e do temporal de furacões sem precedentes que castigou a região oriental do Pacífico tropical.

Nos Estados Unidos, os maiores impactos de "El Niño" são esperados para o início de 2016, segundo adverte a Nasa.

Os meteorologistas da Administração de Oceanos e Atmosfera dos EUA (NOAA, na sigla em inglês) acreditam que o fenômeno provocará meses frescos e úmidos no sul do país e condições relativamente cálidas e secas no norte, o que representa uma transposição dos padrões meteorológicos do país.

Embora se mostre prudente, a Nasa aventura que um inverno chuvoso poderia "aliviar" o estado da Califórnia, golpeado fortemente por uma intensa seca que provocou a perda de centenas de cultivos. EFE

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Washington - O fenômeno "El Niño" provocou o "caos" ao redor do mundo, sua força não diminui e seu forte impacto chegará aos Estados Unidos em 2016, quando provocará frio no sul do país e um incomum calor no norte, segundo um relatório da Nasa repercutido nesta quarta-feira na imprensa americana.

O relatório, publicado ontem pela agência espacial americana, afirma que as mudanças climáticas provocadas por "El Niño" já afetaram a produção mundial de arroz, trigo, café e outros cultivos golpeados pela seca e as inundações, o que causou um aumento dos preços desses alimentos.

As últimas imagens captadas pelos satélites da Nasa fazem os cientistas se perguntar sobre as similitudes entre o fenômeno atual de "El Niño" e um episódio similar, que em 1997 e 1998 causou severas alterações no clima, desde inundações até secas.

"As imagens são quase idênticas, mostram um nível do mar quase idêntico e incomum ao longo do Pacífico central e oriental. Esta é a amostra de um grande e poderoso 'El Niño'", destacou a Nasa no relatório.

Como consequência, "El Niño" diminuiu este ano a camada de água quente que normalmente rodeia Austrália e Indonésia, enquanto na região oriental do Pacífico tropical as águas da superfície, normalmente frias, cobriram-se com uma grossa camada de água quente.

O resultado destas alterações foi uma diminuição das precipitações no sudeste asiático, assim como a redução das chuvas na Indonésia e o consequente crescimento, perante a falta de água, dos incêndios na região, segundo aponta a agência espacial.

A Nasa também responsabiliza o fenômeno pelas secas no sul da África, as inundações na América do Sul, das ondas de calor na Índia causadas pelo atraso das chuvas da monção e do temporal de furacões sem precedentes que castigou a região oriental do Pacífico tropical.

Nos Estados Unidos, os maiores impactos de "El Niño" são esperados para o início de 2016, segundo adverte a Nasa.

Os meteorologistas da Administração de Oceanos e Atmosfera dos EUA (NOAA, na sigla em inglês) acreditam que o fenômeno provocará meses frescos e úmidos no sul do país e condições relativamente cálidas e secas no norte, o que representa uma transposição dos padrões meteorológicos do país.

Embora se mostre prudente, a Nasa aventura que um inverno chuvoso poderia "aliviar" o estado da Califórnia, golpeado fortemente por uma intensa seca que provocou a perda de centenas de cultivos. EFE

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